COMO NOS TORNAMOS HUMANOS
Por: saviolima98 • 15/5/2018 • Resenha • 1.063 Palavras (5 Páginas) • 573 Visualizações
COMO NOS TORNAMOS HUMANOS
CUNHA, Eugénia. Como Nos Tornamos Humanos . Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2010
Nome: Sávio dos Santos Lima
Por mais que a autora tornou o tema demasiado simples, o livro não deixa de ter muitas partes técnicas e recheado de termos onde a tentativa de comentar seria redundante. Portanto, selecionei algumas das muitas partes curiosas do livro.
“Não descendemos dos macacos [...] Não descende, partilha com eles ancestrais comuns” (CUNHA, Eugénia. 2010, p.12)
Há uma confusão sobre a nossa evolução, que é como ela se faz. Não descendemos do macaco, somos da mesma ordem deles. Nossa evolução se dá a partir de infinitas causalidades, que acaba causando diversas ramificações, que já são catalogados pela ciência, como: Ordem, Sub-ordem, infra-ordem. Família, sub-família e espécie. Nossa espécie é uma das muitas ramificações dessa evolução, somos únicos: Homo sapiens.
“Porque a África é um bom sítio para se viver e para se morrer” (CUNHA, Eugénia. 2010, p.24)
Um dos pontos que mais devemos destacar a partir desse livro é a África como território do princípio de toda existência humana. As condições climáticas e geomorfológicas da África acabaram por contribuir para a formação e expansão do homem, toda a grande diversidade estrutural africana que foi constituída após a intensa movimentação tectônica, preparou o homem moderno para a adaptação e seus posteriores desafios no povoamento do resto da terra. Diferente do que a política Europeia prega.
“É fundamental que se enfatize que a história da evolução humana está muito longe de poder ser reduzidas às descobertas de fósseis.” (CUNHA, Eugénia. 2010, p.28)
Considerando que o homem não é só físico, mas também químico, biológico, psíquico, geológico e cultural, a história não pode ser contada através de uma só via do conhecimento estruturado a partir da evolução, que aqui é o paradigma usado para a tentativa de reconstruir essa história. É inerente a um conhecimento válido a transdisciplinaridade, diferente disso acabaríamos em uma representação pobre do real.
“A especialização leva a extinção” (CUNHA, Eugénia. 2010, p.47)
A diferença do homem e sua grande vantagem para expandir sua existência por um tempo indeterminado é sua falta de especialização, o que parece paradoxal, mas é logicamente simples de se pensar. Se qualquer animal especialista por acaso fique sem seus objetos de especialização (Alimentos, habitat) evidentemente ele irá se extinguir por não conseguir se adaptar. O homem não é especialista, mas pode se adaptar facilmente, é o ser que povoa todo o globo terrestre e o explora. O que também nos leva a pensar nessa expansão de dominação dos homo sapiens, se vai explorar também outros planetas do nosso sistema solar, o que curiosamente já está sendo pensado/articulado.
“Com H.Erectus surge uma série de mudanças comportamentais” (CUNHA, Eugénia. 2010, p.59)
O homo Erectus mostra uma evolução definitivamente importante para nossa evolução. A começar por seus instrumentos líticos que nos evocam uma cultura já lapidada, com instrumentos bifaces e de multiusos. O que também nos mostra um aumento significativo na cognitividade. E não menos importante saída da África, onde desde então começou a exploração que chegou até onde estamos.
“Torna-se assim crucial saber a razão de uma acumulação tão grande ossos humanos num só sítio. Uma das explicações mais aceitas desta questão intrigante aponta para se estar perante pré-história de um enterramento, de um comportamento de algum modo intencional” (CUNHA, Eugénia. 2010, p.66)
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