CONCEITO DE CONTEMPORANEIDADE
Por: marues • 2/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.409 Palavras (6 Páginas) • 2.260 Visualizações
CONCEITO DE CONTEMPORANEIDADE
INTRODUÇÃO
Este trabalho de produção textual tem por objetivo compreender o conceito de Contemporaneidade onde será refletido sobre todos os conteúdos trabalhados no semestre e reanalisando sua relação sobre a história do tempo presente e o que a idade contêmporanea no mundo atual.
DESENVOLVIMENTO
Contemporaneidade ou Idade Contemporânea é considerada como uma característica particular ou estado de ser contemporâneo, quando se trata de um conceito, uma prática ou referencial ainda adotado por uma sociedade ou parte desta quando a segue ou acompanha todas as épocas, ou seja, qualidade de existir ao mesmo tempo; coexistência. O que acontece na época presente. (Etm. contemporâneo + (i)dade). Foram Louis Halphen, Alphonse Aulard e Pierre Renouvin os autores que promoveram as primeiras experiências de pesquisa universitária sobre a França contemporânea. Essas iniciativas dos historiadores profissionais pretendiam retirar a história recente das mãos dos historiadores amadores, mas a desconfiança sobre o tempo recente permaneceu.
A Revolução Francesa no ano de 1789 d.C. tem uma enorme influência com o início desse período da história do mundo ocidental. A Idade Contemporânea compreende o espaço de tempo que vai da revolução francesa aos nossos dias. Ela é marco inicial desenvolvendo e consolidando o capitalismo e, consequentemente contribuiu significavelmente para as grandes disputas dos europeus em busca pelas posses dos territórios, das matérias-primas existentes e mercados consumidores. Nessa época surge então corrente filosófica iluminista que pregava a razão como importante influência nesse período. Esperava assim que essa ciência iria buscar novos caminhos para resolver os problemas da espécie humana e assim tivessem avanços para desenvolver métodos que iriam contribuir para descobrir novos conhecimentos.
A relação entre presente e passado interligando memória e história, oportuniza a reescrita de pessoas considerado como atores de sua própria identidade onde passado é construído através do presente.
É muito comum pensar que a historia trata apenas do passado. Ledo engano! A história é dinâmica, é pruri. [...] quando pensamos na evolução histórica, é preciso voltar no tempo e conhecer o chamado “pai” da história, Heródoto. A maneira como era a escrita ontem e hoje é de fundamental importância para que reconheçamos a evolução pela qual passou nossa disciplina. [...] mas apesar de ultrapassada, essa forma de escrever a história tem importantes contribuições que não devem ser ignoradas. (NISHIKAWA, 2009, P.1)
O tempo presente tem uma relação particular com o passado, uma inter-relação entre os acontecimentos sabendo que a história de hoje contribui significavelmente para o historiador articular e relacionar os fatos através da exposição das situações desconhecidas que tecem os laços sociais. Pensando assim, a história de hoje é de suma importância e fornece todas as informações necessárias exposta por várias pessoas de um mesmo contexto social da história oral.
Falando de tempo presente, a história vem sendo questionada e encontram-se vários impasses em sua construção pelo fato de não possuir uma definição exata, se baseia apenas em acontecidos que podem ser modificados dependendo dos tipos de metodologias e conhecimento real dos fatos e de como aconteceu sua investigação. Mesmo sabendo que a história ainda não possui uma definição exata de conceito, pode se considerar sua cronologia, a época vivenciada, lembranças e testemunhas vivas, do qual o historiador se posiciona perante a situação e se relaciona com o passado revendo e revisando suas perspectivas, isto é, olhar o resultado do presente e sua relação com o passado.
Ferreira (2000) afirma que:
A despeito de todos os problemas estruturais da história do tempo presente, é necessário fazê-la. Não há escolha. É necessário realizar as pesquisas com os mesmos cuidados, com os mesmos critérios que para os outros tempos, ainda que seja para salvar do esquecimento, e talvez da destruição, as fontes que serão indispensáveis aos historiadores do terceiro milênio.[...] A demanda social pelo estudo da história recente tem assim levado a comunidade dos historiadores a rever suas posições. Mesmo que a busca da “verdade histórica” permaneça a regra de ouro dos historiadores (e mesmo que se saiba que jamais se chegará a ela), e que a denúncia das falsificações deva ser preocupação constante, isso não significa a retomada de certos pressupostos tão caros aos historiadores do passado, tais como a necessidade da famosa visão retrospectiva para se conquistar maior objetividade, ou a desqualificação das fontes orais, consideradas subjetivas e distorcidas rompendo com a concepção que defendia a necessidade do distanciamento para a realização da análise histórica. Assim, a falta de distância, ao invés de um inconveniente, pode ser um instrumento de auxílio importante para um maior entendimento da realidade estudada. (p.10).
Surge então uma preocupação de caráter necessariamente pedagógico com o intuito de mudar a situação onde a prática real dos fatos fugia dos modelos históricos científicos. Então, um grupo de republicanos envolvidos na pesquisa de refazer uma nova história pregava que o período contemporâneo abordava situações em que a política era de fundamental importância nesse processo. Sua principal finalidade era produzir novas explicações e interpretações críticas da história contemporânea vinculada na política.
Ferreira (2000) afirma
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