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Condiçao pos moderna

Por:   •  17/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.722 Palavras (7 Páginas)  •  444 Visualizações

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UNIVERSIDADE DA AMAZONIA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO:SERVIÇO SOCIAL-7SSN1

PROF:MARIA DA CONCEIÇÃO

ALUNA:ANA PAULA DA SILVA ANDRADE

DATA:23/04/15

        

RESUMO DO LIVRO “CONDIÇÕES PÓS-MODERNA

 

Belém-PA

2015

David Harvey fala no seu texto acerca da importância dos acontecimentos, no âmbito do cenário social, ocorridos no que o final do século XX, que provocou uma série de mudanças no pensamento e no comportamento da sociedade. Nesse período ocorreram inovações nas mais diversas áreas de atuação, sobretudo na ciência e na tecnologia. Para que fosse possível entender esse universo transitório estabelecido no período denominado moderno para o pós-moderno, segundo o autor, era indispensável explicar no livro o que foi o período moderno, estabelecer uma relação de triunfos e fracassos que culminou no surgimento de uma nova ordem social. Tarefa não muito fácil foi caracterizar o período Moderno.

Na parte três , Harvey discute as experiências do espaço-tempo ao longo da história: do começo da modernidade, referindo-se às mudanças das noções de espaço e tempo decorrentes das transformações tecnológicas, políticas e sociais do início da modernidade, o sentido de tempo e espaço dentro do projeto iluminista.E que na modernidade o tempo e espaço é baseado na coletividade (bem comum).Já na Pós-modernidade o foco do pensamento se torna mas individual.Por exemplo,a internet  envolve uma conexão de milhares de pessoas por todo o mundo ,porém trás mudanças de hábitos que leva ao isolamento cada vez maior das pessoase se afasta do que chamamos de coletividade.

Na concepção de Harvey a análise de Foulcout é uma exclusão social dos indivíduos(seu espaço do corpo).Para o autor o esquema de repressão institucionalizados do indivíduo (presídios,manicômios)compromete a generalização de sua abordagem a esferas das relações sociais.

Foucoult fala de heterotopia que são  várias representações conflitantes em uma mesma área.Para ele seria o que ocorre dentro de um espaço fechado,para garantir o isolamento que afaste a possibilidade do controle social por parte do Estado..Sendo assim,o espaço público seria o oposto a heterotopia.A disciplina seria um método de controle minucioso dos corpos,esquadrinhando o espaço e o tempo..Não é necessário impor passos aos vigiados para obter bom comportamento,basta o temor de todos seus atos vistos e analisados.O panótipo seria para se referir a um centro penintenciário.Para foulcoult a escola ,assim como o hospital e a prisão são um local de “sequestro” pois tiram o indivíduo de seu espaço familiar ou social para poder disciplinar as pessoas ,seus comportamentos ,por um bom tempo.

Ele não acreditava que a dominação e o poder eram originários de uma única fonte como o Estado ou as classes dominantes,mas que são exercidos em várias direções.

No tempo e espaço como fontes de poder social o autor diz: Além disso,o dinheiro pode ser usado para dominar o tempo e o espaço”.Inversamente o domínio do tempo e espaço pode ser reconvertido em domínio sobre o dinheiro”,ou seja, trata das modificações das horas de trabalho e também a importância e o domínio que o espaço tem em relação ao poder.

Por exemplo,dentro de uma propriedade privada acaba se tendo um domínio dos trabalhadores,em que o trabalhador não se reconhece,ocorre a redução do tempo de trabalho,porém não reduz a produção de mercadorias.

E no Toyotismo ocorre a ocupação com máquinas no lugar de pessoas,(redução de pessoas) tornando o trabalho mais ágil.Ocorre a organização do tempo em que diminui o tempo e aumenta a produção,porém o trabalho continua o mesmo.

Para Jonathan Raban, 1974, o modernismo foi “vibrante e presente”, já outros teóricos contemporâneos se opunham a essa idéia, considerando o período “ausente na análise crônica”. As justificativas eram as mais variadas possíveis. O autor, faz uma regressão ao período iluminista, para ele o moderno inicia-se a partir dele.O objetivo do Iluminismo seria ter uma sociedade melhor.Então começa ater uma organização do espaço e do tempo.O autor não concorda com o iluminismo,que seria a igualdade a fraternidade,eles apregavam que todos seriam iguais.E para o autor fraternidade não existe na divisão de classes,pois possuem interesses diferentes.

 No iluminismo, onde a razão buscava sobrepor o pensamento teocêntrico vigente durante séculos, abraçou-se a idéia do progresso na busca da “liberdade dos seres humanos”, pregava-se as doutrinas da liberdade, igualdade e fé. Fatores preponderantes para dar início ao projeto da modernidade em foco no século XVIII. Também fala do  significado do espaço e do tempo e como mudaram com a transição do fordismo para Intensificação da divisão do trabalho, fracionando as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador executasse tarefas repetitivas em prol de mais produtividade .Produção em massa e consumo em massa é o grande lema chamado de fordismo, um sistema que usa uma certa forma de organização espacial para acelerar o tempo de giro do capital produtivo. Assim o tempo pode ser acelerado em virtude do controle estabelecido por meio da organização e fragmentação da ordem espacial da produção. O capital é o dominador do espaço-tempo e o faz, em parte, graças ao domínio superior do espaço e do tempo.

A acumulação flexível, se opunha ao fordismo, marcando um confronto direto à sua rigidez, apoiando-se na flexibilidade dos processos produtivos. Com a acumulação flexível, segundo Harvey, começa surgir setores de produção inteiramente novos, prestação de serviços financeiros, mercados diversificados, intensificação da inovação comercial, tecnológica e organizacional. Nas duas últimas décadas, sugere o texto, uma forte busca à compreensão do tempo-espaço é estabelecida. Entendia-se que era possível conseguir um equilíbrio entre as classes dominantes e o proletariado estabelecendo uma nova ordem no contexto social e cultural. Equilibrada, a sociedade ganharia com o impacto positivo nas práticas político-econômicas, oriundas dessa nova ordem. Observa-se, então, o retorno da estética do lugar, expondo a problemática da espacialidade. A temática tempo-espaço ganha uma dinâmica avassaladora com a acumulação flexível, o “tempo de giro na produção” é submetido às relações de troca e consumo. Novos sistemas de fluxo de informações e técnicas de distribuição são criados, possibilitando a circulação de mercadorias em tempo real. Surgem também bancos eletrônicos, as famosas redes fast’s e os cartões de crédito (dinheiro de plástico). Nas relações comerciais, a dinamização da moda em mercados de massa, não mais nos mercados de elite, acelera o ritmo do consumo em diversas atividades, algumas pouco exploradas à época, tais como ornamentos e decoração, recreação, lazer, esporte, música. Isso de certa forma, influencia estilos de vida e proclama a passagem do consumo de bens para o consumo de serviços. Essas mudanças profundas nas relações de consumo forçam as pessoas a lidar com o descarte, provocando a voracidade do sistema tanto produtivo quanto de consumo. Outra vertente na alteração da configuração das relações sociais está na produção e venda da imagem das empresas e dos negócios que elas representam. A imagem passa ter importância crucial em torno do reconhecimento da marca, pois conceitos como qualidade, prestígio, confiabilidade e inovação passam a trazer valor agregado ao produto vendido. A produção e reprodução dessas imagens tornam-se modelo de inovação à medida que, quando mais e melhor a réplica da imagem, tanto maior o mercado de massas de sua construção. Nesse contexto o cinema contribui sobremaneira, lugares e pessoas retratados têm a capacidade de alavancar o turismo, trazer e levar pessoas de um ponto a outro do globo, gerando riquezas, negócios e diversão. Outra singularidade na contribuição da indústria cinematografia à pós-modernidade está no fato dela representar, por meio de filmes como: “Blade Runner” da década de 80 e “The Day After Tomorrow” de 2004, as fragilidades das cidades fragmentadas e as aflições e desejos das pessoas que a habitam. Surgem também questões de difícil interpretação de seus significados. Ainda conforme David Harvey, quanto maior for a efemeridade e a diversidade, maior será a necessidade de se descobrir verdades eternas nela residente. Ressurge, vigorosamente o interesse por valores instituídos, como família por exemplo. A busca e o retorno às raízes históricas são uma ferramenta para busca e reabilitação de hábitos e valores éticos duradouros. Fotos, objetos de arte, artefatos como relógios, quadros, cadeiras, etc., abre uma janela sensorial que leva à cultura da moda consumista.  A questão do “espaço” na relação “tempo-espaço” não foi tão conturbado. Os sistemas informatizados, principalmente nas comunicações por satélite, a partir dos anos 70, encurtaram as distâncias.

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