Da História Social à Historia da Sociedade
Por: JadeF • 27/11/2016 • Resenha • 1.222 Palavras (5 Páginas) • 1.382 Visualizações
Uniso – Universidade de Sorocaba
Curso de Licenciatura em História
Disciplina: Sociologia
Professor: Dr. Jefferson Carriello do Carmo
Alunos: André Fávero, Jade Figueiredo e Rafael Buchholzer
Data: 23/11/2016
HOBSBAWM, Eric J. De la história social a la história de la sociedade. In: HOBSBAWM, Eric J. Marxismo e história social. México: Instituto de Ciências de la Univerdad Autónoma de Puebla, 1983. P. 21- 44.
O ensaio começa com uma introdução falando sobre as intenções do ensaio relacionados a história social. Com o intuito de fazer com que os leitores identifiquem as opiniões dos autores com pontos de vista diferentes e também verem a confusão feita por conta das motivações ideológicas ou políticas das investigações ou de sua utilização e seu valor científico.
Como a história social se encontra em destaque, mostra-se um medo de coincidir ideologicamente com outro autor. E mostra-se necessário definir a inclinação ideológica de cada um, há a necessidade de encontrar hoje a onde se encontra a história social depois de duas décadas de grande desenvolvimento, porém ele é pouco sistemático e há a necessidade de descobrir a onde está indo.
O ensaio é dividido em cinco partes para ajudar o entendimento do leitor.
A primeira parte fala sobre a dificuldade de definir o conceito de história social até recentemente, e até o boom atual do assunto se usou três significados.
O primeiro significado dito pelo autor fala sobre o conceito que se referia a história das classes baixas ou pobres e de movimentos sociais. O segundo significado fala que o conceito era usado para referências de estudos sobre multiplicidade das atividades humanas, e fala que esse tipo de história social não estava relacionado as classes mais baixas. E o terceiro significado, que o texto diz ser o mais comum e o que mais interessa, fala que o social se usava em combinação com a história econômica.
Hobsbawm fala que acha que existem duas razões para o domínio econômico sobre o social, a primeira razão ele diz ser por conta de uma certa postura da teoria econômica, e a segunda razão seria a vantagem simples que levou a economia a outras ciências sociais.
Também fala que apenas depois de 1950 começou a desenrolar seriamente a discussão sobre a história social, e fala que foi no final desta década que primeira revista foi fundada sobre o assunto.
E finaliza na primeira parte falando que a história social jamais irá poder ser uma especialização como a história econômica e outros tipos de história, pois seu objeto de estudo não pode ser isolado.
A segunda parte inicia-se falando dos desafios e problemas que se enfrenta hoje em dia os historiadores sociais, e que em primeiro lugar se quer saber o quanto se beneficia o historiador desta especialidade das outras ciências sociais e em segundo lugar fala sobre a tendência mais como conversão do que como convergência.
Hobsbawm fala que a história da sociedade não pode ser escrita mediante a explicação de alguns modelos de outras disciplinas, mas precisa do desenvolvimento de desenhos existentes para transformá-los em modelos.
E nessa segunda parte ainda fala que a sociologia e a economia não oferecem modelos e quadros analíticos que podem ser usados para estudar transformações históricas e socioeconômicas de larga duração.
A segunda parte finaliza falando sobre Marx saber que para os modelos econômicos servirem à análise histórica não poderiam estar separados da realidade social e institucional ou das organizações de parentesco, e não mencionar as estruturas e as disposições especificas a certas formações socioeconômicas ou culturais.
A terceira parte se inicia questionando em como escrever a história da sociedade, e ainda diz que é impossível dar uma definição ou modelo de “sociedade”, mas ainda fala que é necessário fazer algumas observações.
A primeira observação feita é que a história da sociedade é história e que o tempo cronológico é uma de suas dimensões. E além de interessados nas estruturas, seus mecanismos de continuidade, e mudanças, e seus padrões de transformação, também há a preocupação com o que realmente aconteceu. E fala que a história cíclica tem em seu lugar em nossa disciplina, que nos dá para avaliar as possibilidades do presente e do futuro, e a história comparada se ocupa com o passado.
A segunda observação fala que a história social é a história de determinadas unidades de pessoas que vivem juntas e que são definidas em termos sociológicos. E divide-se em outras duas análises sobre a questão da confusão de diferentes etimologias de “sociedade”.
A primeira análise é devido à dimensão, complexidade e alcance dessas unidades variam de acordo com os diferentes períodos históricos ou tão diferentes quanto as etapas de desenvolvimento. E a segunda análise fala que o que chamamos de sociedade não é mais que um dos vários conjuntos de inter-relações humanas segundo as quais as pessoas são classificadas ou se classificam a si mesmas muitas vezes em forma simultânea e com justaposições.
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