Do Renascimento ao Realismo
Por: 00633341274 • 23/9/2019 • Trabalho acadêmico • 3.524 Palavras (15 Páginas) • 169 Visualizações
Claretiano – Centro Universitário
Licenciatura em História
JAENE CRISTINA PORTELA VAZ
ATIVIDADE – CICLO DE APRENDIZAGEM 2
Belém PA
2019
ATIVIDADE – CICLO DE APRENDIZAGEM 2
Aluno(a): Jaene Cristina Portela Vaz
Polo: Belém, PA
Disciplina: História da Arte
Tutor: Reginaldo de Oliveira Pereira
FICHAMENTO
Referência Bibliográfica
MIELZYNSKA, Maria Gabriela; AIELLO, Luiz Venâncio. História da Arte. Batatais/SP: Claretiano, 2014. Unidade 1.
O RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO
Nesse primeiro ponto o autor vem discorrer sobre a fase do Renascimento e seu processo de desenvolvimento ao longo dos anos, ressaltando o renascimento comercial onde perpassa pelo período do Feudalismo que fora um modelo de organização social e política que perdurou na Europa durante grande parte da Idade Média, mas com o passar dos anos foram sucedendo grandes mudanças nos quesitos políticos, econômicos e territoriais.
Outro fator importante foram as Cruzadas que eram expedições que tinham por objetivo não apenas a "libertação" da Terra Santa dos chamados “infiéis”, mas também a expulsão dos muçulmanos de territórios ocupados por estes desde sua expansão territorial iniciada no século 7. Com essas expedições houve um grande avanço e aumento do comércio que levou ao crescimento de feiras que eram realizadas periodicamente para venda e troca de produtos, resultando na urbanização de localidades. Juntamente com esse desenvolvimento em várias áreas, o comércio teve mais ênfase e passou a ter mais demanda de serviços prestados por artesões, o que levou à criação das chamadas "guildas" ou corporações de ofício. As guildas de artistas tiveram papel de enorme influência na transmissão dos conhecimentos de pintura, escultura e arquitetura e mesmo na evolução da linguagem da Arte, que, passo a passo, chegaria à linguagem artística do Renascimento
OS ARTISTAS PRÉ-RENASCENTISTAS
Nesta fase, dentro das guildas de artistas, surgiram nomes que apontavam seguir para o caminho que daria origem ao movimento artístico que ficou conhecido como Renascimento.
Na Itália, apareceram os primeiros artistas renascentistas que outrora faziam pinturas que retratavam apenas cunho religioso, encomendados normalmente pela igreja ou por nobres, com o real objetivo de transmitir conteúdo bíblico aos fiéis que em sua grande maioria eram analfabetos, mas com o passar dos anos a arte foi se moldando e buscando novas concepções como o Naturalismo e Realismo que passaram a ser tendência. Nesse novo contexto, nomes como os dos italianos Giotto, Simone Martinni e Ambrogio Lorenzetti tiveram fundamental importância, pois foram os principais precursores dessa tendência.
FORMAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS E EXPANSÃO MARÍTIMA
Neste ponto o autor vem retratar sobre o surgimento e o crescimento da burguesia que entravam em conflito, em vários aspectos, com os interesses dos senhores feudais. Havia divergência de pensamentos, isso porque o sistema feudal com sua tendência à vida rural, às relações de servidão, à economia baseada no escambo e não no dinheiro representava um empecilho ao crescimento do comércio e das cidades. Durante a Idade Média, muitas regiões europeias tinham seus monarcas, mas o poder destes ficara extremamente enfraquecido pela descentralização promovida pelo Feudalismo, que distribuía o poder por diversos senhores feudais.
Outro ponto que vale ressaltar é a expansão marítima que seria responsável pelo estabelecimento da rota para as Índias via costa da África e pela descoberta do Novo Mundo, que resultou em um grande avanço tecnológico em termos de conhecimentos geográficos e de navegação, sendo financiada pela burguesia que estava vivenciando o momento auge das conquistas renascentistas.
O RENASCIMENTO
O Renascimento foi um movimento cultural e artístico que teve origem nas cidades-estados italianas do século 15, sendo o mesmo uma explosão de tendência ao Naturalismo e a uma aproximação da arte com a realidade que vinham a reboque do Renascimento Comercial e Urbano e do crescimento da nova classe social: a burguesia.
Pode-se dizer, de certa forma, que o Renascimento foi mais do que um movimento artístico, haja vista ter sido a tradução de uma nova visão de mundo que nascia com uma nova realidade histórica, onde o mundo estava vivenciando um grande avanço em várias áreas como por exemplo uma grande descoberta científica pelo polonês Copérnico que descobriu que a terra e outros astros giram em torno do Sol e que ela não era, portanto, o centro do universo. Houve também descobertas tecnológicas como o surgimento da imprensa que consequentemente permitiu uma ampla divulgação de conhecimentos e informações de forma abrupta.
Leonardo da Vinci foi um dos artistas que mais se destacou nessa fase do Renascimento, desenvolvendo uma nova técnica conhecida como “sfumato”, que contribuía para a ilusão de volume e de atmosfera na pintura. O mesmo ganhou destaque também pela sua engenhosidade, pois foi um grande inventor, e pela sua curiosidade científica que o levou a realizar importantes estudos científicos em campos como o da anatomia.
Houve outros artistas que também se destacaram no Renascimento que foram Botticelli, Michelangelo e Rafael que eram patrocinados pelo “mecenato” grupo composto por membros da elite, geralmente governantes da alta burguesia, principalmente nobres, cujas obras serviam como uma espécie de símbolo da grandeza, do espírito progressista e mesmo da generosidade daqueles que os patrocinavam.
No Renascimento foi mudada a concepção dos indivíduos para com os artistas, antes vistos como meros artesões, agora com mais prestígio na sociedade, passaram a ser vistos como gênios e intelectuais. Michelangelo era conhecido como “artista solitário” com obras impressionantes, como suas esculturas e seus afrescos na Capela Sistina, com seus métodos de trabalho que contrariavam os métodos coletivos desenvolvidos nos séculos anteriores pelas guildas. Em termos estéticos, Michelangelo também foi revolucionário. Com ele teve início o movimento que ficou conhecido como Maneirismo.
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