Escultura e Pintura na Arte Românica

**Escultura Românica

Como a arquitetura é a grande base da arte românica, a escultura e a pintura aprecem como elementos de complementação das obras.

Escultura e pintura estavam em função da Igreja, com funções de: decorar a igreja, transmitir ensinamentos aos fiéis (a maioria da população era analfabeta) principalmente com cenas bíblicas em relevos de pedra permitindo a compreensão do crente leigo ou cenas do cotidiano;  transmitir uma mensagem de eternidade e distanciamento, persuadindo os fieis a levarem uma vida simples e afastada dos pecados mortais.

Expressa-se assim uma regressão técnica, onde o destaque principal da obra não é o processo de produção e seus materiais, e sim a mensagem a qual está transmitindo.

No período românico percebe-se uma volta da utilização de obras monumentais que haviam sido "deixadas de lado" desde o sec.  V, onde houvera  maior produção de pequena estatuaria e trabalhos em metal, desenvolvidos no periodo pré-românico.

O principal fator de impulso da nova produção escultórica foi o caminho de peregrinação em direção a Santiago de Compostela, ao longo do qual foram erguidas novas igrejas, sob organização da Ordem de Cluny. Estes templos, construídos em locais de passagem neste período de grande fé  religiosa, são feitos para o acolhimento espiritual do peregrino e para a exposição de relíquias. A França e o norte de Espanha são os locais onde se podem observar os primeiros exemplos da produção escultórica românica aplicados à arquitetura.

O espaço da escultura na arquitetura incide, principalmente na fachada, local de entrada dos fiéis e merecia maior impacto visual. Ela ocupava os timpanos, as arquivoltas e os capitéis das colunas na fachada.

 

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Os timpanos eram decorados com narrativas como o Pantocrator, representação de Deus como entidade suprema, sentado na cathedra com a mão direita erguida e as Escrituras Sagradas na mão esquerda.

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Arquivoltas no portal principal da igreja de Santiago

No interior das igrejas ou nos claustros, os capitéis demonstravam cenas biblicas, buscando evangelizar pelas imagens.

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O Enforcamento de Judas, séc XII. Catedral de Autun.

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Moisés lançado as águas do nilo

Outros locais onde se via escultura, por exemplo:

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* Pias batismais

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*Gárgulas

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*Cachorradas

Existem também esculturas de pequeno porte, porém em menor quantidade, feitas com materiais como marfim ou madeira que podem ser cobertas de ouro ou prata (crucifixos ou estatuetas). O trabalho em bronze vai ter especial importância em instrumentos litúrgicos, portas de igrejas, pias batismais, tampas de túmulos e relicários.

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Portal principal da Catedral de Taragona

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Relicário de São Tomas Becket

As imagens de vulto redondo, nomeadas de as Virgens românicas possuíam características semelhantes às dos relevos, mas possuíam um semblante mais popular, eram objetos de veneração, concebidos em composições simples e esquemáticas.

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**Pintura Românica

A pintura do românico tem um carater menos revolucionário do que a arquitetura. Ela seguiu a tradição pictural, sobretudo nas iluminuras de manuscritos (como o do Evangeliário de Corbie) e praticou-se, sobretudo, em duas modalidades: