Estrutura Social E Política Da Primeira República
Por: Pedro280 • 14/12/2016 • Trabalho acadêmico • 982 Palavras (4 Páginas) • 355 Visualizações
Brasil: Estrutura Social E Política Da Primeira República, 1889-1930.
Mudanças Demográficas e Sócias.
“Em 1889(...), o brasil era uma país com baixa densidade populacional. No Norte e no Oeste havia extensas regiões praticamente desabitadas ou com uma população muito dispersa.” (p.761)
“Entre 1890 e 1920, a população quase dobrou(...)Esse aumento decorreu do processo de crescimento natural, combinado com a imigração europeia em massa para o Centro-Sul.” (p.761)
“São Paulo foi o estado que absorveu a maior parte dos imigrantes.” (p.761)
“A imigração para o Estado de São Paulo foi o resultado de um planejamento do governo, com o objetivo principal de fornecer mão-de-obra para o setor cafeeiro.” (p.762)
“Após o fracasso de experiências com a parceria, a burguesia do café idealizou um sistema de produção baseado no colonato. O fazendeiro contratava uma família de colonos e pagava-lhes um salário para que cuidassem de suas suas lavouras de café. A colheita em si era paga separadamente(...)” (p.762)
“Os colonos recebiam alojamento e pedaços de terra onde cultivavam produtos de subsistência, cujos excedentes vendiam eventualmente nos mercados locais. Algumas vezes recebiam permissão de manter uma ou duas cabeças de gado.”
“Na prática, os colonos não recebiam qualquer pagamento em dinheiro, mas podiam dedicar-se ao cultivo de gêneros alimentícios, sobre milho e feijão, entre as linhas dos novos cafezais.” (p.762)
“No que se refere aos ex-escravos, deve-se recordar que, nos últimos anos do regime escravista, as relações de trabalho se tinham deteriorado. A crescente ocorrência de fugas ou de revoltas levantou grandes problemas quando se precisou decidir como transformar essa força de trabalho em assalariados. À medida que os trabalhadores imigrantes chegavam às fazendas de café e cresciam os problemas com a população escrava, os fazendeiros convenciam-se cada vez mais da qualidade superior da mão-de-obra imigrante.” (p.763-764)
“No que tange aos trabalhadores rurais livres pobres, já se dedicavam primordialmente à agricultura de subsistência e, portanto, conseguiram manter um grau relativo de independência. ” (p.764)
“(...) a preferencia dos fazendeiros pelos trabalhadores imigrantes(...)em relação à mão-de-obra brasileira trazida de outros estados, é explicada por diversos fatores: o preconceito dos proprietários rurais contra a força de trabalho nativa do Brasil, a existência de poderosos grupos de interesse na Itália prontos a fornecer mão-de-obra em quantidade razoável, o custo relativamente baixo do transporte internacional em comparação com o transporte inter-regional dentro do Brasil.” (p.764)
“(...) embora sobrasse mão-de-obra especialmente no Nordeste, não era suficiente nesse momento para satisfazer às necessidades dos cafeicultores de São Paul, que estavam interessados numa oferta rápida e em grande escala(...) grande parte do excedente de força de trabalho disponível no Nordeste foi absorvida pelo crescimento repentino da borracha no Norte entre 1880 e 1912.” (764)
“(...) o governo italiano, reagindo às continuas queixas de seus conterrâneos sobre as condições de vida nas lavouras paulistas, proibiu (...), quaisquer imigrações subvencionadas para o Brasil.” (p.765)
“Os anos de 1903 e 1904 registraram-se um balanço negativo na imigração líquida para o estado de São Paulo. Com a recuperação da economia brasileira, a imigração voltou a apresentar uma alta acentuada, alcançando um pico nos anos imediatamente anteriores à Primeira Guerra Mundial” (p.765)
“Quando a imigração voltou a crescer na década de 1920, já não estava ligada às oscilações da economia cafeeira.” (p.765)
“(...) os três grupos principais de imigração foram os italianos (1,4 milhão), os portugueses (1,1 milhão) e os espanhóis (577)”. (...) os primeiros estabeleceram-se principalmente no estado de São Paulo (...). A imigração portuguesa foi a mais estável (...), ocupando o primeiro lugar nos dez anos de 1904 a 1913 (...)ocuparam postos no comércio e em empresas de serviço.
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