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Fichamento História Ibérica

Por:   •  23/9/2018  •  Resenha  •  1.737 Palavras (7 Páginas)  •  246 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB

CENTRO DE INTERAÇÃO ACADÊMICA – CIAC

CENTRO DE EDUCAÇÃO – CEDUC

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

CURSO DE LICENCIATURA EM PLENA EM HISTÓRIA

COMPONENTE CURRICULAR: História Ibérica

Docente: Socorro Cipriano

Discente: Flávia Teles Fernandes Costa

Fichamento

Campina Grande

Setembro – 2018

DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. 3. Ed. São Paulo: Editora Contexto, 2015. Pág. 23-43.

  1. O islã no tempo

  • Bizâncio, Pérsia e Arábia: o panorama geopolítico dos séculos VI-VII.

De início, o autor começa afirmando que o surgimento do islã aconteceu no começo do século VII, sendo localizado especificamente na península Árabe, no qual este mesmo território já havia sido palco de uma revolução monoteísta, o que acabou facilitando o receber da nova crença.  Portando, observa-se também que o território da Arábia perto da Pérsia e do Império Bizantino, duas grandes superpotências do Oriente Médio na época. Com isso, o Império Bizantino não carregava em suas ideais características da cristandade ocidental, como a separação entre Igreja e Estado, cujo essa característica era chamada de “cesaropapismo”.

Deste modo, ocorreu diversos conflitos políticos e de fé cristã, que fizeram propagar a discussão sobre qual seria a real natureza de Cristo, a incógnita se o Cristo seria um ser divino ou humano. Com isso, depois de vários concílios ecumênicos, decidiu-se a real natureza do Cristo como dual, tanto divina como humana, e essa visão teve maior aceitação nas regiões centrais do império. Entretanto, outro grupo chamado de monofisistas, encontrados no Oriente Médio e considerados hereges e alvos da intolerância imperial, acreditavam apenas na natureza divina de Cristo.

Diante disso, Bizâncio além de enfrentar diversos conflitos internos, teve também de enfrentar muitos inimigos externos vindos do Oriente, resultando uma perda significativa de seu território. Com isso, as guerras intermináveis fizeram com que ocorresse a inviabilidade da Rota da Seda, por onde era comercializado através das caravanas sedas e outros produtos para o mundo mediterrâneo, e portanto, a partir da inviabilidade os comerciantes tiveram que explorar outros caminhos para transitar suas mercadorias, beneficiando através das novas rotas, a cidade de Meca.

  • A revelação islâmica

Nessa perspectiva, ao falar sobre o islã, deve-se levar em consideração que o seu fundador é o profeta chamado de Maomé (Muhammad), cujo ele nasceu em uma época de muita ignorância, antes da revelação que a tradição islâmica acredita. Portanto, outro ponto a ser levado em consideração é que nem toda a população do deserto da Arábia eram beduínos (nômades e pastores), pois, mais especificadamente no oásis, havia também a presença de pequenos centros urbanos, na qual predominava a agricultura palmácea.

Diante disso, os povos beduínos tinham o seu estilo de vida caracterizado na valorização da solidariedade, movimento, tendo sua cultura oral enaltecendo o seu próprio clã, a honra com todos os membros, e com isso, esses valores constituíam também uma grande importância para toda a sociedade Árabe. Além disso, os beduínos também eram considerados pobres e a população em geral era politeísta.  Portanto, a sociedade estava dividida de maneira que o parentesco entre membros superava qualquer outra lealdade, caracterizando assim uma sociedade organizada no modelo tribal.

        Em primeiro lugar, entende-se sobre Maomé que ele foi criado como mercador e pertenceu a um clã considerado um dos mais poderosos da cidade de Meca, o clã dos Coraixitas. Além disso, sabe-se também que ele casou por volta dos 25 anos de idade com uma mulher mais velha e rica que ele, a quem tinha o nome de Khadija. Sobretudo, foi por volta dos seus quarenta anos, que Maomé passou a receber vozes e visões, que acreditava ser do arcanjo Gabriel a mando de Deus. Entretanto, essas revelações passaram a ser cada vez mais frequentes, na qual as visões falavam sobre um deus onipotente e onipresente, a quem todos deveriam se submeter e venerar, logo, a palavra islã significava justamente esse termo de submissão.

        Consequentemente, Maomé passou a assumir o seu papel como profeta, e suas mensagens tinham papel de pregar, converter, e ser formador de uma comunidade de crentes e seguidores. Entretanto, o Alcorão que contém todas as revelações dadas a Maomé, só teve sua versão definitiva trinta anos após a morte do profeta, sendo essa versão aceita por todos os mulçumanos hoje em dia.

        A partir dos seus primeiros ouvintes, mesmo sendo um tamanho mínimo de pessoas, foi o bastante para causar na elite comercial de Meca uma grande irritabilidade, que gerou repressões contra os ouvintes de Maomé, fazendo com que Maomé e seus seguidores fugissem para al-Medina. Com isso, essa fuga é conhecida como a hijra, sendo um importante marcador temporal de onde começa início do calendário muçulmano. Diante de conflitos diversos que enfrentou em Medina, Maomé transformou-se em um líder político e militar, conseguindo com seu poder cada vez um maior número de seguidores a aceitar a nova fé.

  • O que é o islã?

Primeiramente, para compreender o islã, devemos saber que essa religião segue cinco pilares que consistem nos deveres dos fiéis. Portanto, o primeiro pilar consiste no Shahada ou testemunho, que é a confissão que efetua a conversão, no qual o seguidor acredita num Deus eterno, inato, onisciente e onipresente. Já o segundo pilar, consiste no Salat, que é a reza que os muçulmanos devem cumprir cinco vezes ao dia, podendo ela ser feita em qualquer lugar e muitas vezes é feita em coletividade.

Diante disso, dando sequência aos pilares que sustentam a fé islã, encontra-se no terceiro pilar o Zakat ou a esmola, que consiste na entrega de uma quantia da sua renda total para ações sociais, como refeições comunais, assistência aos mais pobres e debilitados, entre outros. Posteriormente, o quarto pilar é chamado de Ramadan e é caracterizado pelo mês do jejum, no qual os fiéis se abstêm durante um mês inteiro de relações sexuais, comidas e bebidas, desde o nascer do sol até o pôr do sol. Portanto, esta forma de jejum é um modo de comemoração do recebimento do Alcorão, sendo assim um período de alegria e confraternizações.

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