Filme Maria Antonieta análise
Por: purposepride • 22/11/2017 • Projeto de pesquisa • 1.388 Palavras (6 Páginas) • 1.534 Visualizações
Filme Maria Antonieta
Diretor: Sofia Coppola.
Roteirista: Sofia Coppola
Local: Palácio de Versalhes.
Ano de produção: 2006.
Atores principais: Kirsten Dunst como Maria Antonieta, Jason Schwartzman como Luís XVI, Rip Torn como Luís XV, Judy Davis como Condessa de Noailles, Asia Argento como Madame Du Barry, Marianne Faithfull como Maria Teresa e Molly Shannon como Tia Vitória.
Fonte de base: a diretora Soffia Coppola, se baseou nolivro biográfico de Antonia Fraser e Stefan Zweig firmando que tinha uma descrição um tanto mais humana de Maria Antonieta.
Gêneros: História, Biografia e Drama.
Público destinado: Pessoas que esperam uma reavaliação do papel da arquiduquesa austríaca na história da França.
Filmes realizados anteriormente por Sofia Coppola: Encontros e Desencontros, Um Lugar Qualquer e As Virgens Suicidas.
• Análise do filme Maria Antonieta, com objetivo de compreender como a sociedade francesa se portava durante o absolutismo monárquico e identificar, a partir da figura da mesma, as características da corte do Antigo Regime e a diferenciação social existente reforçada pela ritualização dos atos rotineiros dos reis.
A Revolução Francesa foi um acontecimento histórico que fez parte da chamada “Era das Revoluções Burguesas” que iniciou na Inglaterra no século XVII. Ela foi um conjunto de revoluções e acontecimentos políticos, que aos poucos revolucionaram a França, entre 1789 e 1799, levando seus ideais mundo à fora, principalmente iluministas, que se caracterizaram pela crítica ao terceiro estado, que era dotado de desigualdade. Teve como consequência a o fim desse Antigo Regime, dos vestígios do feudalismo, dos privilégios da nobreza e de uma maior participação política da burguesia, com melhores condições de vida e trabalho para os trabalhadores camponeses, conquistando vários direitos seu concedidos por lei, como a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
O filme “Maria Antonieta”, de Sofia Coppola, foca principalmente na vida levada pela figura da rainha, rei e da corte, deixando claro qual era o papel dos mesmos na revolução, dando pouco enfoque as condições de vida da classe mais desfavorecida da população, o terceiro estado, seu modo de vida, necessidades, pobreza, entre outras coisas, e deixando também de mostrar vários acontecimentos importantes nesse período, como foram profundamente e detalhadamente trabalhados em sala de aula.
A França antes da revolução era dotada de desigualdade, em que o primeiro estado, sendo composto pelo clero, representando a igreja, e o segundo estado a nobreza (corte) eram privilegiados, sendo isentos de pagar impostos, além de receber pensões e exercer cargos públicos, com títulos comprados, vivendo às custas do rei, e o terceiro estado, que era formado pela maioria da população, eram os camponeses, trabalhadores, burgueses e artesãos, que não eram isentos de nada e os mais desfavorecidos. A França era regida pelo Antigo Regime, que é absolutista de economia mercantilista, permitindo e a interferência do rei na mesma.
A burguesia queria maior participação política, e ser reconhecidos por isso, e os trabalhadores e camponeses queriam uma melhor condição de vida e trabalho, e foram esses os principais motivos que levaram a junção dos mesmos a lutarem contra essa França desigual. A nobreza vivia em um amplo luxo, desde de banquetes de alto padrão ao lado de rei até mesmo em bailes e festas particulares, gastando também em roupas, sapatos, coisas fúteis comparadas as necessidades da classe mais desfavorecida da população.
As roupas e costumes da rainha, de quando ainda era princesa da Áustria, eram bem diferentes do que ela acaba tendo que se acostumar e adotar na França, a diferença cultural era grande, mesmo que o casamento dela com Luís XVI tenha sido fruto de interesse político, essa diferença fica é mostrada logo no início do filme, quando Antonieta vai cumprimentar as pessoas que iriam acompanhar ela até a França, a mesma já se dá um abraço neles, que inicialmente estranham, por não terem esse tipo de comportamento lá. O rei Luís XV cumprimenta Maria e a faz vários elogios, enquanto Luís XVIU nem sequer olha para a mesma, demonstrando uma total indiferença.
Maria Antonieta precisava ter um filho com o rei, Luís XVI, para o mesmo ser o herdeiro do trono e ela consumar seu casamento, o que com o passar dos anos não vinha acontecendo, mesmo recebendo conselhos até de sua mãe, que achava que o motivo de a relação sexual não ter acontecido ainda era culpa da mesma
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