Grande relevância econômica o Piauí colonial representava para o Brasil.
Por: Weverton Matos • 2/2/2017 • Resenha • 3.263 Palavras (14 Páginas) • 330 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS – CCHL
LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: HISTÓRIA SOCIAL E POLÍTICA NO PIAUÍ
PROF: VALDINAR FILHO
PIAUÍ COLONIAL:
UM RESUMO
Martins Fernandes
Weverton Matos
TERESINA – PIAUÍ
JANEIRO – 2017
Grande relevância econômica o Piauí colonial representava para o Brasil. A atividade pastoril era a principal atividade da região. O texto em questão ocupa-se em descrever a sociedade piauiense da época, bem como o seu contingente populacional que era constituída por mestiços, mulatos, vermelhos, mameluco, negros e brancos.
A história cronológica do estado vai de 1822 a 1889. O Piauí e sua história vieram a ser construídos a partir de documentos encontrados no Pará e no Maranhão, especificamente em 1965. A partir das fazendas é que se iniciou o núcleo populacional. Tais fazendas se tornaram vilas e, posteriormente, cidades.
Três referências são encontradas no século XIX: Ribeiro do Maranhão, Goiás e Capitania do Piauí. Os bandeirantes Domingos Jorge Velho e Domingos Afonso Sertão foram aqueles que “colonizaram” a jovem capitania de São José do Piauí, com preponderância na atividade de gado bovino e equino.
A referida capitania era formada por sete vilas: Mocha (Oeiras), Parnaguá, Valença, Jerumenha, Marvão, Campo Maior e Parnaíba. Na população se encontravam brancos, mulatos, mestiços, vermelhos, mulatos e negros, igualmente divididos em faixas etárias: até aos 7 anos, de 7 a 14, de 14 a 70, de 70 aos 90, de 100 aos 120.
Sobre a capitania, também foi elaborado um mapa que tratava acerca da localização, limites geográficos, população, grupos étnicos, economia, dentre outros. O Padre Miguel de Carvalho, em 1697, elaborou a primeira estatística da qual podemos nos utilizar. O primeiro governador geral do Piauí foi João Pereira Caldas, segundo os documentos de vigários, onde também havia uma descrição resumida das pessoas livre e cativas, fogos e fazendas, cidades, vilas e sertões.
Os tais escritos relatavam como se configurava a população, o que se dava pela cor, sem especificações precisas da quantidade de mestiços, vermelhos e negros. Similarmente não revelam se eram escravizados ou alforriados, mas pontuam que a população ativa se encontrava entre os 14 aos 70 anos de idade.
A população valorizava a atividade pastoril e quase não se interessava pela atividade agrícola. O texto descreve que o causa se devia aos vadios e preguiçosos, facínoras e malfeitores. Ele também elenca acerca dos tipos de agregados, que seriam dois: a) as pessoas que não possuíam terras e viviam de arrendamento de pequenas porções de terra; b) outros que nada fazem.
Através dos agregados, os fazendeiros se faziam mais respeitados, posto que lhes dava um ar de poder. Os criminosos ficavam na extremidade do Piauí com o Ceará, seu principal covil, onde não havia certeza sobre os limites da sua jurisdição. Os índios, sejam quais fossem, eram denominados vermelhos.
A capitania possuía 260 léguas de comprimento, embora a largura não tenha sido catalogada com exatidão. O clima era considerado saudável, contanto, quente, tendo lagoas e outros lugares que produziam no tempo de chuva. A corrupção era existente. Apenas os ribeiros do Gurgueia e do Parnaíba eram perenes entre os outros existentes.
Das sete vilas, uma por ser mais populosa, passou a ser cidade. Descreveram as vilas a nível geográfico, econômico, população e limites fronteiriços. A vila da Mocha era a mais populosa com 1567 fogos e, posteriormente, tornou-se cidade a fim de ser a sede da capitania com 252 pessoas constituindo a população. Ao derredor da cidade se encontravam os índios Gurguês, Jaicós e Acroás - o que dava 736 almas.
O ouvidor Antonio José de Morais Durão ao tratar da Capitania de São José do Piauí fez bem mais do que descrevê-la. Na verdade, promoveu diagnósticos, construiu prognósticos, além de sugerir remédios para os problemas de saúde da região. Na sua “Descrição da capitania de São José do Piauí” encontram-se descritas seis vilas, das quais passaremos a discorrer segundo este personagem histórico.
A Vila de Parnagoá se localiza a 90 km de Oeiras. Lá existe um lago com a circunferência de 5 légua, com abundância de peixe. Enquanto as outras vilas possuem oficinas públicas e rendas de Câmaras, não é possível encontra-las nessa vila. Há um sítio próximo denominado “Brejo”, onde a população é mais numerosa e não se encontra justiça constituída, embora exista um aumento de cultura e negócio.
No distrito daquela Vila encontra-se o sítio de “As Pimenteiras” com 30 ou, no máximo, 40 léguas. Constam em seu seio aldeias com muitos índios conhecidos pelo mesmo nome do sítio. Por anos, se conservaram pacíficos, porém, agora matam e se constituem um problema para as fazendas mais próximas.
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