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História do Café A Sua Trajetória e Auge no Brasil

Por:   •  27/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  672 Palavras (3 Páginas)  •  177 Visualizações

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Império do café (pp              )

MARTINS, Ana Luzia. História do Café. São Paulo. Ed. Contexto, 2008.

Ramo de café, um símbolo, um destino

O presente trabalho visa abordar o processo de difusão no Brasil durante o período imperial e sua importância na construção do Império e na formação das práticas culturais do país. A obra descreve a sua influência desde a composição dos símbolos nacionais, como ramos de café no escudo do império, até a formação de uma elite cultural e política.

Trajetória do café

  • Vale da Paraíba

Por encontrar condições favoráveis a cultura do café se estabeleceu no vale da Paraíba. O local passou a ser considerado a base de uma sociedade regressista, um dos germes do conservadorismo no Brasil. Isso por que a partir de 1823 os cafeicultores se fizeram representar por políticos profissionais junto ao executivo e legislativo.

  • A “onda verde” invade o sertão

Do Vale da Paraíba o café atingiu o oeste paulista, onde eliminou de forma lenta e segura a cultura tradicional de subsistência e a cana-de-açúcar.

Foi através de Campinas que os cafezais avançaram em duas direções: rumo a oeste para Limeira e Rio Claro e São Carlos, atingindo o ponto extremo e desabitado de Araraquara rumo ao norte atingindo Casa Branca e Mococa.

Tal processo ficou conhecido como “onda verde” devido as grandes extensões de paisagens verdes que a cultura formava, porém esta denominação pode ser questionada, principalmente com relação ao planalto ocidental de São Paulo, pois em tempo algum atingiu mais que 15% da superfície.

  • Sertões de Araraquara

Em São Paulo e Araraquara o café dividia espaço com outros seguimentos econômicos voltados para o mercado interno.

O avanço cafeicultor passou a acompanhar três etapas: café, imigrantes e ferrovias”.

  • Em direção à terra roxa

As longas distância para dos portos para a escoação do produto foi resolvida através do escoamento fluvial pelo Mogi-Guaçu. Tal solução foi buscada devido a fertilidade do solo.

  • Minas Gerais

Nas Minas Gerais o café foi o responsável pelo povoamento, pelo desenvolvimento da infraestrutura, e posteriormente, pela industrialização.

  • Em terras capixabas

Aqui os cafezais, provenientes do Rio de Janeiro, substituía a economia canavieira e valia-se da mão de obra escrava, por isso enfrentou problemas após a abolição.

Processo de plantação e produção do café

O plantio do café no Brasil foi iniciado de maneira incorreta, pois naquela época não possuíam conhecimentos e preparos adequados. Para determinar a fertilidade do solo, baseavam-se na exuberância da vegetação, levando desta forma o modelo extrativista ao extremo.

Outra prática adotada eram as coivaras, ação herdada dos índios e consistia em queimadas como forma de renovar o solo, porém o resultado era o contrário do esperado, reduzindo assim a durabilidade do pé de café. Tais praticas explicam a itnerância dessa cultura.

  • Formas de plantar

- Plantio nos morros: o café era plantado nas encostas de cima para baixo, em linha reta para facilitar a colheita. Mas como causava a erosão do solo, algumas vezes, adotaram o sistema de curvas de níveis.

- Semear ou plantar: o café poderia ser plantado através de sementes semeadas, método adotado pelo governo, ou mudas colocadas em covas com 30cm de profundidade, ou quando o solo era muito fértil, em buracos abertos pelos escravos com bastões. A última metodologia foi a adotada nas primeiras lavouras.

Colheita

A colheita era a parte mais trabalhosa e que exigia um maior emprego de mão de obra.

Ela ocorria usando os seguintes processos:

- Derriça: Consistia em correr as mãos pelas galhas de cima para baixo.

*Colheita de lençol: quatro escravos estendiam um lençol sobre dois reiqueres de cafeeiro e um quinto escravo derramava os frutos.

* Processo de terra: segurar o galho com uma mão e derrubar os frutos com a outra.

Após qualquer um desses métodos o procedimento era encher peneira com os grãos e joga-los para cima para se livrar das folhas. Em seguida os frutos eram colocados em balaios ou quicambos pesadíssimos e carregado por escravos até os carros de paixão ou carros de boi, sendo levados para tanques de lavagens e depois para os terreiros onde seria preparado para o mercado.

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