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História dos homens

Por:   •  9/12/2015  •  Seminário  •  1.047 Palavras (5 Páginas)  •  196 Visualizações

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Diferente dos teóricos escoceses, que acreditavam que o crescimento evolução era paralelo ao de mudanças sociais, os historiadores da revolução franceses acrescentaram os conceitos de classe e de luta de classes.

Duas saídas:

1° Apoiar-se nas massas para construir uma sociedade igualitária. (Interesse dos camponeses)

Montesquieu, Mably e Rousseau acreditavam num passado onde a igualitariedade repartida era mais feliz que o presente.

Morelly (c.1700- d.1755) é o primeiro a explicitar a proposta (pens como Rousseau), que no principio não havia propriedade privada e que a introdução destas foi a causa de todos os males.

Charles-Robert Gosselin que a única coisa que necessita é que os campos “sejam trabalhados de tal modo que todos possam, trabalhando, encontrar assegurada a sua existência”.

Soboul opina que a eliminação do feudalismo debilitou os laços internos que haviam unido o campesinato.

Agullhon recorda-nos que até 1848, “ser camponês não é somente possuir ou explorar algumas parcelas: é participar do uso coletivo de certo número de bens, direitos ou costumes”.

2° Limpar o caminho para o capitalismo ganhar forma. (Interesses da burguesia)

O desenvolvimento capitalista se manifestará contra qualquer projeto de “lei agraria” e programas igualitários no terreno econômico.

Anacharsis Cloots opõe-se a uma divisão igualitária – “isto é legitimar a rapina, é acender a guerra do pobre contra o rico”. “a propriedade é eterna como a sociedade”.

Grupos dos “ideólogos”: Levar a revolução por uma via reformista moderada, com um cientificismo “neutro” que antecipa muitos elementos do positivismo de Comte. Foi uma empresa fracassada, da qual a que teve mais êxito, foi o menos original e menos valioso.

Condorcet (1743-1794) Das matemáticas à história buscava uma ciência “para prever os progressos da espécie humana, dirigi-los e acelerá-los”, “cada terreno tem um dono a quem os frutos pertencem exclusivamente”.

Antoine-Louis-Claude Destutt de Tracy (1754-1836) Coronel deputado pela nobreza em 1789, publica sua obra. Os Elementos de ideologia, de 1803 a 1815. Cujo fim era de função pedagógica para ajudar a criar uma situação social caracterizada pela harmonia dos interesses de cada um com o interesse comum. Afirma que a noção de propriedade era uma das primeiras noções adquiridas pelo homem e que é impossível evitar a desigualdade que procede da sua existência. Acredita ser falso o que alguns historiadores contam sobre o passado em que todos os homens eram iguais.

A luta de classes, que foi um conceito novo adotado pelos historiadores na revolução.

Barnave (1761-1793) Advogado, ex-deputado da Assembleia Constituinte, foi condenado à morte como conspirador pelo tribunal revolucionário de Paris. Escreveu algumas notas que só seriam publicadas em 1843, com o titulo de Introdução à Revolução Francesa. Barnave crê, como os escoceses, que ao grau de desenvolvimento da economia correspondem determinadas formas de propriedade e um marco institucional concreto. Acreditou que as revoluções poderiam ser feitas de forma lenta e suave sem necessidade de violentas comoções. (Perdeu a cabeça e a vida).

P. Roederer (1754-1835) escreveu O espírito da revolução de 1789, tinha consciência da luta de classes da revolução, o livro mostra o enriquecimento progressivo da burguesia que fez dela a força social dominante. Quando a nova classe tornou-se mais rica e culta que a aristocracia, restava reivindicar o seu lugar legitimo na ordem politica. (Que foram os que eles fizeram na revolução).

        Mas a historiografia não foi perfeita, tornaram alguns historiadores esquecidos e acenderam outros para legitimar todo o contexto que foi a revolução francesa. Autores como Barante, Guizot, Mignet, Thiers e Augustin Thierry viram suas edições de livros multiplicadas.

Augustin Thierry (1795-1856) confessa, no prefacio as suas Cartas sobre a história da França, que “em 1817, preocupado pelo vivo desejo de contribuir pela minha parte com o triunfo das ideias constitucionais, pusme a buscar nos livros de historia provas e argumentos para apoiar as minhas crenças politicas”. Thierry não foi capaz de terminar o seu projeto. Os seus escritos teóricos estão hoje esquecidos e é lembrado simplesmente como o autor dos Relatos dos tempos merovíngios. (Historiador romântico, pitoresco e pouco confiável).

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