IDEALIZAÇÃO DO ENSINO E UNIVERSIDADE DEMOCRÁTICA

CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA

DISCIPLINA: EDUCAÇÃO BRASILEIRA

PROFESSOR: Rafael Nogueira Costa

DISCENTE: Cíntia Campelo Pereira                           DRE: 116045085

IDEALIZAÇÃO DO ENSINO E UNIVERSIDADE DEMOCRÁTICA

INTRODUÇÃO

O conceito de democracia surgiu na Grécia Antiga, em 510 a.C., quando Clístenes, aristocrata progressista, liderou uma rebelião contra o sistema de tirania da época, no qual a política era baseada no uso da violência como forma de ascensão ao poder. Com tal rebelião, este sistema foi derrubado, dando início a reformas que implantaram a democracia na cidade. Atenas foi dividida em dez unidades denominadas “demos”, que era o elemento principal dessa reforma. Por isso, o novo regime passou a se chamar “demokratia”, que é formada do radical grego “demo” (povo), e de “kratia” (poder). Nesse sentido, democracia significava uma forma de governar em que a grandeza do poder é passada ao povo e ao mesmo tempo, sustentada pelo povo.

Dessa forma, igualdade é o princípio fundamental da democracia. Essa igualdade se expressa em duas vertentes: a isonomia, que significa a igualdade de todos perante a lei, e a isegoria, que significa a igualdade de poder para se manifestar perante a assembleia, a igualdade de participação no espaço público das decisões políticas.

OBJETIVO

O seguinte trabalho tem por objetivo dissertar a cerca da democracia no contexto do ensino e da universidade. Para tal, foram utilizadas as seguintes questões norteadoras: O que é uma universidade democrática para você? Como tornar o ensino um ato de democracia plena?

DESENVOLVIMENTO

A palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder), sendo um regime de governo em que todas as decisões são tomadas através da aprovação da população, a qual elege seus representantes por meio do voto. Há alguns tipos de democracia: democracia direta, democracia indireta, democracia semidireta, democracia deliberativa, democracia liberal e social democracia.  

A democracia direta acontece quando os cidadãos participam diretamente das decisões políticas através de votação, em formato de assembleia ou consultas populares. A democracia indireta (ou representativa) acontece quando o povo elege representantes que são responsáveis por tomar decisões em seu nome. Esses representantes são eleitos para um mandato político e devem agir e votar de acordo com as necessidades de quem os elegeu. A democracia semidireta, também chamada de democracia participativa, é um modelo no qual existe a eleição de representantes políticos, mas também existe a participação dos cidadãos através de consultas públicas ou iniciativas populares. Na democracia deliberativa a sociedade civil organizada representa um papel central como interlocutores das autoridades públicas. Este sistema defende que o exercício da cidadania se estende para além da mera participação no processo eleitoral, exigindo uma participação mais direta dos indivíduos no domínio da esfera pública, em um processo contínuo de discussão e crítica reflexiva das normas e valores sociais. Na democracia liberal, o Estado não deve interferir na economia e nos direitos dos cidadãos. Há conceitos importantes para esse sistema, como: estado laico (separação entre Estado e religião) e princípio da isonomia (igualdade entre os cidadãos). Já a social democracia é uma corrente política que tem como princípios igualdade, justiça social e liberdade. Para conseguir atingir o ideal de justiça social no capitalismo a social democracia apoia a intervenção do Estado como regulador do funcionamento político, econômico e social. A combinação de proteção do Estado aos direitos sociais e políticos, intervenção econômica e busca por justiça social e igualdade é chamada de bem-estar social.

Nesse contexto, introduz-se o conceito de universidade, a qual refere-se à instituição de ensino superior que compreende um conjunto de faculdades ou escolas superiores destinadas à especialização profissional e científica. A administração desta instituição é feita pela Reitoria, órgão de qualquer instituição de ensino superior. As suas principais competências são planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar todas as atividades.

Dessa forma, tomando ciência dos conceitos envolvidos na definição de democracia, uma universidade democrática, em minha opinião, é aquela na qual os seus membros tenham participação ativa nos debates e discussões para que decisões conjuntas sejam tomadas a fim de garantir satisfação e promoção de justiça e cidadania nos corpos técnico, discente e docente constituintes de tal instituição. Tendo ciência da existência necessária de um órgão administrativo para uma universidade, a democracia deve estar presente na formação de tal corporação. Sendo assim, escolha por um representante dentro da instituição deveria ser feita diretamente e essencialmente pelos membros da universidade, o que, de fato, não ocorre.

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