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INSTRUMENTOS NAVEGAÇÃO E O MAR

Por:   •  11/8/2016  •  Resenha  •  1.033 Palavras (5 Páginas)  •  268 Visualizações

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INSTRUMENTOS NAVEGAÇÃO E O MAR

GESTEIRA, Heloisa Meireles. O astrolábio, o mar e o Império. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.21, n.3, jul.-set. 2014 p.1011-1027.

Heloisa Meireles Gesteira possui graduação em História pela PUC-Rio (1988) mestrado em História social da cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1996) doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2001) Atualmente é pesquisadora adjunta do Museu de Astronomia e Ciências Afins e professora agregada da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro-atuando principalmente nos seguintes temas: invasão holandesa, história social da ciência, história do Brasil colônia.

Este trabalho é uma resenha do artigo o astrolábio, o mar e o império. De Heloisa Meireles Gesteira, que trata de alguns textos escritos pelos cosmógrafos do Reino, entre os séculos XVI e XVII, que pretende evidenciar as bases técnicas e científicas que possibilitaram a expansão marítima europeia destacando as relações entre elas e os “instrumentos”, bem como seu uso. Além de marcar os conteúdos científicos relacionados aos artefatos utilizados para as medições, é também verificar como a ciência e o conhecimento adquirem significado prático, estratégico e simbólico no contexto da expansão ultramarina de Portugal.

A autora pretende dá uma leitura de alguns tratados de navegação, em particular os textos de Manuel Pimentel o que para ela é Interessante os trechos que discorrem sobre os usos e descrições dos instrumentos necessários para as navegações oceânicas e as partes relativas aos roteiros, o que também poderia ser denominado hidrografia. Além de destacar que o Regimento dos pilotos previa o ensino de noções básicas de matemática o que refletiu para a articulação entre os interesses políticos e a importância que o controle sobre as rotas e localização de terras distantes passou a ter para os europeus. Ela investiga e analisa os roteiros dos livros de Manoel Pimentel que apresentam os princípios básicos da esfera e as noções necessárias para a navegação. Como também não pretende entrar em debate sobre o nível de formação dos pilotos, se eram bem ou mal preparados na escola em Portugal, embora apareçam reclamações acerca desse tema nos livros dedicados à náutica, desde Pedro Nunes até Manuel Serrão Pimentel.

O que interessa para autora é explorar de que maneira esse saber se constituiu nos livros de marinharia (roteiros, informações sobre a declinação magnética dos lugares, tabelas dos graus, minutos e segundos de latitudes e longitudes dos lugares) e até que ponto os instrumentos previam a perícia de quem os usava, tanto para coletar os dados observados como para calcular a partir da consulta às tabelas de declinação dos astros e de localização de lugares. O que nos parece e tentaremos demonstrar é que o uso dos instrumentos nos permite afirmar que, mesmo com homens dotados de um saber prático, os pilotos, ou alguém numa embarcação, deveriam ter controle sobre as regras básicas da arte de navegar.

Notou-se no texto em questão que o principal marco dos portugueses foi o avanço dos instrumentos como meio de comunicação as rotas do Atlântico e contribuíram para as observações astronômicas relacionadas ao posicionamento geográfico das embarcações durante as viagens em alto mar. De certa forma também contribuiu para que os cientistas descobrissem que a terra é uma esfera e não um quadrado como muitos idealizaram a ajudou o homem desbravar não somente novas terras, mas o conhecimento prático, geográfico e cientifico. Apesar de importante para reunir as informações anotadas pelos diversos pilotos durante as viagens, Heloísa Meireles Gesteira não descarta erros de localização nas cartas de marear e nas tabelas de latitude e Longitude por conta de interesse de informação que havia por parte do europeu o que levava os cartógrafos manipular o livro. Entre essas e outras questões não podemos ter a certeza que as técnicas usadas nas navegações eram totalmente confiáveis por não haver uma formação cientifica nos séculos XV e XVI, que pudesse preparar os pilotos para estar em alto mar uma vez que era exigida

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