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Leandro Karnal

Por:   •  5/10/2016  •  Resenha  •  2.462 Palavras (10 Páginas)  •  460 Visualizações

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Texto: KARNAL, Leandro et al. História dos Estados Unidos; das origens ao século XXI. São Paulo: Contexto, 2007 (p. 31-69).

O INÍCIO (Páginas 39 – 40)                                                                

Os Ingleses levam muito tempo para se lançarem ao mar em direção a essas novas terras.        Existem provas de presença Vikings no Canadá quase cinco séculos antes da chegada de Colombo, além de Portugal e Espanha terem se lançado ao mar muito antes e dividirem o título de “Reis do Novo Mundo”. A Inglaterra se contentava em saquear as riquezas espanholas com a pratica oficial de pirataria com os corsários. Ao final do século XV, finalmente encarregaram John Cabot da exploração da América do Norte.

O DIFÍCIL NASCIMENTO DA COLONIZAÇÃO (Páginas 40 – 42)

    Por demorarem muito tempo para explorarem o “Novo Mundo”, os ingleses obviamente não são os pioneiros nas comunicações com os índios que aqui viviam. As primeiras aproximações europeias trouxeram efeitos duplos para essas populações. Foram trazidas doenças novas, tais como Sarampo e a Gripe, causando milhares de vítimas entre os povos nativos, que estavam absolutamente despreparados para tal contato biológico. Por outro lado, restaram cavalos nas terras da América do Norte, que foram trazidos e abandonados pelos conquistadores. Tais cavalos foram domados e utilizados pelos índios, modificando assim as suas táticas de guerra e meios de transporte. Abençoado pela Rainha Elizabeth I, Sir Walter Raleight iniciou a Colonização da América e organizou expedições a essa terra em 1584, 1585 e 1587, expedições estas a terra que ele chamaria de Virgínia. O projeto montado por Sir Walter no final do século XVI se assemelhava imensamente ao ibérico. Além disso, o sistema era caracterizado pela preocupação metalista que marcava a Era Moderna: a fome de ouro e prata. Porém, a expedição de Sir Walter fracassou frente aos ataques indígenas aos colonizadores, a fome e as doenças. Até o final do século XVI não haveriam novas tentativas de colonização da América do Norte.

NOVA CHANCE PARA A VIRGÍNIA (Páginas 42 – 44)

    Nos primórdios do Século XVII, já sobe a dinastia Stuart, a Inglaterra reviveu o impulso colonizador. Semelhantemente como a tentativa anterior, a coroa entregaria a missão colonizadora a particulares. Mas, dessa vez não eram mais nobres individuais, mas sim companhias como as de Londres e Plymouth. Tais companhias eram organizadas por comerciantes e apresentavam todas as características de empresas capitalistas, diferenciando-se assim da Colonização Ibérica, que se tratava de uma Colonização de Estado. A Companhia de Plymouth se instalou entre a região da Flórida e Potomac, enquanto a Londrina ficou entre os atuais Cabo Fear e Nova York. Além das duas companhias inglesas, os Holandeses compraram a Ilha de Manhattan pelo equivalente a 24 Dólares em contas e bugigangas dos índios Canarsees. Apesar do forte desejo do Rei James I de catequizar os índios, nenhum projeto efetivo aconteceu na América durante as ações dessas Companhias. As atitudes diante dos índios foi praticamente a mesma durante o longo da Colonização Inglesa na América do Norte: um total repúdio à integração do índio. O índio permaneceria um estranho, sendo aliado ou inimigo. As duas Companhias tiveram suas atividades encerradas pouco tempo depois (Companhia de Londres em 1624 e Companhia de Plymouth em 1635), ambas por causa das grandes dívidas. Apesar desse fracasso, a Colonização ganhou um impulso que não cessaria.

QUEM VEIO PARA AMÉRICA DO NORTE? (Páginas 44 – 46)

As Colônias fixadas na América do Norte serviriam como um receptáculo para tudo aquilo que a metrópole não desejava. As autoridades inglesas começavam a ver com muito bons olhos a ida de elementos para esses lugares mais distantes. Porém, poucos podiam pagar os altos custos que essa viagem para a América possuía. Sendo assim, aliando-se a necessidade de mão-de-obra, surgiu uma nova forma de servidão nas colônias, a chamada “Servidão Temporária” ou “Indenturent Servant”. Esse sistema consistia em prestar alguns anos de trabalhos gratuitos à pessoa que pudesse pagar a passagem do imigrante. Além desses novos trabalhadores, existem muitos registros de crianças raptadas para serem vendidas no Novo Mundo, órfãos que eram levados pelas Companhias e mulheres que se ofereciam para serem vendidas. Diante de um grande crescimento demográfico e da miséria que esse crescimento trouxe para as grandes cidades, essas “viagens” se tornaram uma importante ferramenta das autoridades inglesas. As condições das viagens, porém, não eram muito boas, assim como as condições de vida dos mesmos. Ao longo do Século XVII ocorreram várias rebeliões de servos na América do Norte, reivindicando melhores condições de vida.

OS PEREGRINOS E A NOVA INGLATERRA (Páginas 46 – 47)

Porém, não podemos classificar os imigrantes apenas como órfãos, mulheres sem futuro e pobres. Existiu também um grupo de imigrantes chamado de “Peregrinos”. Diante das grandes perseguições religiosas vividas na Inglaterra dos Séculos XVI e XVII a América se tornou um bom refúgio para esses grupos religiosos perseguidos. Esses Peregrinos acabaram sendo conhecidos como “Pais Peregrinos” ou “Pilgrim Fathers” e são considerados como fundadores dos Estados Unidos. Não pais de toda a nação, mas sim da parte “WASP” dos Estados Unidos. Ou seja, da parte “Branca Anglo-saxônica e Protestante” ou “White Anglo-Saxon Protestant”. Os “Puritanos” (Protestantes Calvinistas) procuravam de todas as formas validar a ideia por eles defendida de que eles constituíam uma “Nova Canaã”, um novo “Povo de Israel”. Ou seja, um grupo de escolhidos por Deus para criar uma sociedade de eleitos. Para justificarem essa ideia, eles buscavam validar seus pensamentos de acordo com afirmativas que eles procuravam na Bíblia. A população das colônias cresceu muito rapidamente e incluíam inúmeros tipos de colonos. Tomar os peregrinos protestantes como padrão é reforçar uma parte do processo e ignorar várias outras.

EDUCAÇÃO E RELIGIÃO (Páginas 47 – 51)

A educação escolar adquiriu um caráter particular nas colônias. Os ingleses possuíam várias versões da Bíblia na sua língua, sendo assim, eles possuíam a preocupação de que todos aprendessem a ler e escrever. Sendo assim, criou-se um sistema muito bem organizado de Escolas Primárias. A Educação nas Colônias Inglesas possuem sim um caráter religioso, mas não clerical. Além disso, a educação era feita e paga pelos membros da comunidade. Além disso, as Instituições de caráter Superior também possuíam um caráter religioso fortíssimo, já que se destinavam notadamente à formação de elementos para a direção religiosa das colônias. Em todos os documentos sobre educação existe uma mesma preocupação: o conhecimento das coisas relativas à religião. Do Ensino Primário ao Superior, o conhecimento da Bíblia orientava todo o projeto educacional das colônias inglesas. Esse grandioso interesse pela educação tornou as 13 Colônias uma das regiões do mundo com o menor índice de analfabetismo. As 13 Colônias possuíam um nível de educação formal bastante superior à realidade dos Séculos XVII e XVIII, seja na Europa ou no restante da América.  Ainda assim, haviam mais alfabetizados brancos, homens e ricos do que mulheres, negros, indígenas e pobres. A situação religiosa Inglesa era muito diversificada. As cidades das Colônias Inglesas possuíam puritanos, batistas, quakers, católicos e uma infinidade de pequenas seitas protestantes também de outas partes da Europa. Todos acreditavam em Jesus, mas havia uma grande variação daí em diante.

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