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MERCOSUL

Por:   •  2/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.513 Palavras (7 Páginas)  •  269 Visualizações

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- O autor fala que o MERCOSUL tem sido muito valorizado pela política externa brasileira desde a sua criação no início dos anos 1990.

- Alguns anos depois de sua criação, o governo começou a desenvolver estratégias para amentar sua influência no MERCOSUL.

- Na visão brasileira, América do Sul não é apenas uma região geográfica específica, mas também é uma forma de conquistar mais autonomia político-econômico e uma oportunidade de diminuir a influência dos EUA.

- O governo Fernando Henrique Cardoso organizou a primeira cúpula de Presidentes sul-americanos em Brasília, em setembro de 2000.

-Lula aprofundou esta estratégia, o que levou à criação da Comunidade Sul-Americana na cúpula presidencial Cuzco de dezembro de 2004. O nome foi mudado mais tarde para a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL).

- Para o autor, o MERCOSUL era inicialmente um projeto de integração pragmática que se direcionava principalmente da ampliação das relações comerciais, mas cada vez mais, tornou-se um símbolo de ativismo político progressista e ideologias de esquerda.

 - No Brasil, ele se tornou o carro-chefe dos que defendiam o  desenvolvimento, o anti-imperialista e as ideias nacionalistas.

- O autor observa que para a maioria de seus partidários, o Mercosul não é simplesmente uma associação econômica ou um instrumento estratégico, mas uma identidade supranacional que fornece a seus países-membros, uma maneira de sobreviver em um mundo globalizado

- No entato, o autor aponta que o alargamento e institucionalização do MERCOSUL enfrentou obstáculos, várias instituições foram criadas, mas a sua autonomia e eficácia permanecem duvidosas.

- Para o autor, o lançamento da Iniciativa para a Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana, em 2000, e a criação de um Comité de Representantes Permanentes em 2003, um Tribunal de Apelações em 2004, um Fundo Estrutural de Convergência do Mercosul, em 2005, e um parlamento comum, em 2006, não só teve pouco impacto, mas, na verdade serviu para disfarçar as significativas deficiências do bloco.

-Neste ponto, quanto ao Brasil, o autor fala que essas deficiências no Mercosul não são necessariamente uma desvantagem, segundo ele alguns observadores argumentam que os interesses do Brasil são melhor servidos por não abrir mão de qualquer soberania aos órgãos regionais.

- Mas é certamente um golpe para a liderança do Brasil.

- A percepção de que o MERCOSUL está se tornando um fardo, em vez de um ativo levou alguns políticos, entre eles o candidato presidencial por duas vezes José Serra (PSDB), a defender a ideia de diminuir a importância do MERCOSUL por acreditar que o país seria mais capaz de perseguir seus objetivos estrangeiros próprios, em vez de depender de acordos onerosos com parceiros imprevisível.

- O autor falou também sobre a proposta de criação da UNASUL, que visa unir dois blocos existentes regionais de livre comércio, o Mercosul e a Comunidade Andina, bem como para integrar Chile, Guiana e Suriname.

- O autor destaca que o esquema foi originalmente concebido para servir o objetivo do Brasil de redefinir sua área de influência, como a América do Sul. No entanto, mais tarde foi sequestrado pelo presidente Hugo Chávez e tornou-se um instrumento da Venezuela, em vez de brasileiro.

- Em soma, nem MERCOSUL-por causa de seu mau funcionamento, nem UNASUL-por causa da ideologia e da rivalidade acabou por ser um sólido trampolim para a liderança brasileira.

- O autor explica que na América do Sul faltaram condições que poderiam promover a integração regional, como: demandas em comum, liderança e desenvolvimento institucional.

- Em uma parte do texto o autor se dedica falar sobre a Falta de Suporte Regional para as Metas Globais do Brasil

- Exemplo: assento permanente no de Segurança da ONU

- A Argentina, principal parceiro regional do Brasil, se posicionou como o adversário mais ferrenho de seu principal dessa pretensão brasileira, o que se constituiu em um golpe para a imagem do Brasil como um líder regional.

- Outro exemplo, também sob o governo Lula, foi em 2005 quando o Brasil apresentou um candidato para o cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

- Haviam quatro candidatos: um da União Europeia, outro das Ilhas Maurício, e contraditoriamente um uruguaio e um brasileiro.

- Isso mostrou não só que o Mercosul não foi capaz de concordar com um candidato conjunto, mas também que o Brasil não poderia mesmo recolher apoio da maioria para a sua posição (Argentina apoiou o uruguaio).

- Em contraste a esses episódios, o Brasil ganhou o apoio regional para as seus objetivos na Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (MINUSTAH).

- Mas não foi o suficiente para cimentar as ambições mais elevadas do Brasil;  o autor considera que o terremoto de 2010 devastou não só o Haiti, mas também a única coisa que o Brasil havia conseguido na América Latina.

- Em outro momento do texto o autor destaca que há dois países na América Latina que estão em uma posição estrutural para disputar reivindicações brasileiras para a liderança: Argentina e México. Visto que têm economias consideráveis, território vasto, população ampla, ricas dotações de recursos naturais, e frequente ativismo internacional.

- Tais países tentam impedir o objetivo diplomático de outros impedindo qualquer país de "representar" toda a região.

- Uma das respostas do Brasil para esta competição tem sido a de excluir México a partir da redefinição da sua região, afastando o conceito de América Latina. Parece, então, que, para o Itamaraty, o México já não pode ser considerada um rival regional: ele pertence a outra região.

- Mas esse tipo de estratégia não é possível com a Argentina, oficialmente reconhecida como seu principal parceiro regional. Para a Argentina, no entanto, este parceria é baseada na igualdade, em vez da supremacia brasileira.

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