O COTIDIANO DA SEXUALIDADE

A QUESTÃO DO GENERO

A palavra gênero está relacionada com a diferença sexual. Foi utilizada inicialmente pelas feministas americanas para afirmar sua posição contra as distinções baseadas no sexo, rejeitando o determinismo biológico característico da sociedade deste período referido.

O interesse por temas desta espécie evidencia a maneira como o historiador mostra-se engajado no estudo também da história dos oprimidos. Joan Scott é uma das principais historiadoras neste sentido.

Outro fator a ser considerado no estudo dos gêneros está relacionado a uma nova desconstrução autêntica de fato, rejeitando a oposição tradicional entre o feminino e o masculino e o estudo destes de maneira completamente independente e desvinculada.

A obra “A História das Mulheres no Ocidente” que foi dirigida por Georges Duby busca realizar uma análise da história do gênero da antiguidade até os nossos dias, agregando as inovações apresentadas.

Assim como no contexto historiográfico geral, nos últimos tempos passou-se a desenvolver também estudo no âmbito da história das mulheres o foco na micro história a partir de temas como a maternidade, a sexualidade e o corpo.  

O COTIDIANO DA SEXUALIDADE

A intenção de se estudar o cotidiano sexual e amoroso dos indivíduos que formam a nossa sociedade se deu principalmente a partir dos trabalhos publicados por Philip Aries em 1960. Outro estudo de destaque foi elaborado por Jean Louis Flandrin que análise a história da sexualidade de uma maneira distinta em relação a Michel Foucault, ele se foca nas práticas, nos comportamentos, nos gestos desenvolvidos pelas pessoas.

Estudos como o da sexualidade no âmbito historiográfico só foram possíveis a partir do advento do movimento denominado de Nova História que introduziu temas do cotidiano no sentido da produção acadêmica.

Na produção historiográfica estadunidense se destacam inúmeros trabalhos relacionados ao gênero e ao corpo, confirmando que está temática possui em fértil campo de estudo a ser trabalhado de maneira profunda.  

Muitas fontes podem ser utilizadas no estudo do cotidiano sexual, além das tradicionais amplamente já conhecidas é normativo também o uso de diários, cartas intimas, discursos médicos, registro de cronistas e viajantes. O cotidiano sexual de determinada sociedade está relacionado com o conjunto cultural no qual a mesma esta inserida.