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O Feudalismo. Junior; Hilário Franco

Por:   •  1/2/2018  •  Resenha  •  1.718 Palavras (7 Páginas)  •  1.439 Visualizações

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Fichamento: O feudalismo. Junior; Hilário Franco.

O autor busca primeiro definir o  uso dos termos “sociedade feudal”, “modo de produção feudal” e “civilização feudal”.

O termo feudalismo aparece só no século XVII, então o uso do termo “feudalismo” é anacronio. Mas também é dificio de nomear esse período.
O autor então utiliza desse nomenclatura para identificar o período, mas pontua a necessidade de utilizala no plural “sociedades feudais” e etc...

“Levando esse aspecto em consideração, seria talvez mais correto que os rótulos estivessem no plural...”pg. 08, Junior;Hilario Franco.

O autor também delimita o espaço e o tempo que ira trabalhar:

  • Espaço: Europa Ocidental, para evitar analogias com outras regiões.
  • Tempo: séculos X-XIII, podendo avançar e retroceder para analisar o inicio e o final do feudalismo.

Chamando a atenção para o fato que nas sociedades feudais, não existia unidade, sendo assim cada região tinha suas peculiaridades, não tinha um progresso nem retrocesso simultâneo.

Por fim, o autor propõe um estudo sobre o feudalismo desde sua formação com a quedo do império romano, junto com a chegada dos povos germânicos, buscando jugir dos rótulos que foram empregados a esse período, chamando esse rótulos de simplistas.

Capitulo um: A gênese.

O autor busca a origem do feudalismo, como indica o titulo, vai indicar a crise do século III no império romano, formação dos impérios germânicos e os problemas do império Carolingio no século IX.

O autor analisa o período através da separação de sete categorias, tornando assim mais fácil o entendimento.

O primeiro aspecto: Ruralização da Sociedade romana.

No inicio do Imperio romano, a base da economia era agrária, mais que pela má qualidade da terra, foi dando o espaço para o crescimento do comercio no território.

O autor apresenta contradições que estavam presente na sociedade romana.
“ ... enfraquecimento da camada de pequenos e médios proprietários rurais e a concentração de terra na mão de poucos...” pg. 10. Junior; Hilário franco.

  • As conseqüências dessas contradições foram: a mão de obra escrava, que precisava estar sempre sendo renovadas.
  • Caída dos rendimentos, pois os pobres não tinham condições de pagar impostos e os poderosos fugiam deles.
  • A necessidade de diversão, que servia para maquiar os problemas sociais da época.

Devido a esses problemas citados, não havia como continuar com as conquistas, o sistema escravista e imperialista não se auto-sustentavam. “Era crise.

Desse modo, a crise se espalhou pelas cidades romanas de quatro maneiras.

  • Lutas sociais, contrações do comercio e do artesanato, junto da presença do banditismo.

Problemas esses que levou a saída dos mais poderosos das cidades para o campo. O que levou o estado a se posicionar de forma que os encarregados da administração ficassem proibidos de sair das cidades.

Devido aos problemas na mão de obra, houve uma busca por soluções, um novo sistema passou a ser utilizado, e que deu origem ao “colono”.

  • Novo sistema; a terra passou a ser dividida em duas partes, uma parte era a terra do senhor, a outra a do camponês. O proprietário das terras entregava os lotes para um individuo e esse teria de produzir nessa terra e dar uma parte ao proprietário. Significando para o camponês livre e para o escravo, comida, moradia, proteção e melhora de condição.
  • Colono: Tinha vinculo com a terra, sem jamais poder abandoná-la, juridicamente um homem livre, mais escrevo da terra.

Segundo aspecto: enrijecimento da hierarquia social.

Na Roma clássica, o que caracterizava a diferença social ente um individuo e outro era a liberdade. No século III pela situação de crise econômica, ira acontecer uma quebra com essa noção de tida na antiguidade.

  • As funções seriam mantidas pelas hereditariedade, camponês com a terra, artesão com suas especialidades e a corporação de controle estatal.

Com essa tendência, de desaparecimento das cidades, aumentava a distancia social entre a aristocracia e a massa popular.

O autor vai pontuar a existência de dois sistemas monetários que ocorria ao mesmo tempo, devido ao distanciamento social

  • Padrão ouro: Aristocracia e Estado
  • Padrão bronze: massa popular.

Algo que não iria mudar com a chegada dos povos germânicos no território mais que reafirmou os privilégios da aristocracia.

A sociedade germânica, ao se estalar nos territórios romanos, sofreu diversas modificações, divido a inferioridade numérica. Essas sociedades germânicas estavam se encaminhando para o mesmo sentido de polarização que Roma, tendo seu inicio, quando lhe foram oferecidas as Hospitalitas ( terras dadas a aristocracia germânica, esse também mantinham em suas terras homens livres e escravos).

A sociedade Romana e germânica passam a ter estruturas semelhantes, assim moldando uma nova sociedade.

Terceiro aspecto: Fragmentação do poder central.

Essa fragmentação é resultado de diversos fatores, ruralização, auto-suficiência latifundiária e a dificuldade  de comunicação.

As invasões germânicas fragmentaram ainda mais o poder central, com a formação da aristocracia germânica, junto das hospitalitas.

Essa fragmentação também foi resultados de outras políticas, como:

  • Beneficium: O rei consedia terras a seus servidores em troca de serviços prestados (império merovíngios)
  • Immunitas: territórios que ficavam isentos de servidores reais, e que ganhavam autonomia para exercer funções administrativa, recrutar militares, fazer justiças, cobrar impostos e multas ( política generalizado no império de Carlos Magno).

Assim, os proprietários de terras tinham proveito de atribuições que antes servia ao estado.

Quarto aspecto: Desenvolvimento das relações de dependência pessoal.  

Resultado da ruralização de Roma, devido as grandes distancia entre uma terra e outra gerava o isolamento de grupos, junto da fraqueza do estado, pessoas mais humildes buscavam segurança e sustento junto a indivíduos poderosos; e sujeitos poderosos buscavam poder e prestigio junto as pessoas humildes.

Na Roma clássica, também ocorria relações de dependência, indivíduos humildes que se colocavam a serviços de poderosos, buscando ajuda econômica e jurídica e em troca prestavam pequenos serviços e davam apoio nas assembléias.

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