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O Medievo Ocidental

Por:   •  30/5/2017  •  Resenha  •  520 Palavras (3 Páginas)  •  226 Visualizações

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No livro Idade Média de Umberto Eco, no capitulo Da queda do Império Romano do Ocidente a Carlos Magno, escrito por Filippo Carlà, a passagem historiográfica no coloca em sintonia com aquela época para um melhor entendimento. Logo na introdução, Carlà vai nos dizer que a desagregação do Império Romano do Ocidente é o termo de um percurso histórico longínquo, perceptível desde o século III, de regionalização dos territórios imperiais, que foram se tornando zonas autônomas e não integradas. Complementando o pensamento, nosso autor pontua que a deposição de Rômulo Augusto no ano de 476 é o acontecimento mais visível dessa longa transição.

Dando continuidade ao seu texto, Filippo vai dizer que “A fragmentação política do Império Romano não é o resultado direto da deposição do último imperador do Ocidente em 476.” De maneira direta, o autor pontua que já dois séculos antes as tendências centrífugas se manifestaram na estrutura imperial. Desde a crise do século III o império encontra-se dividido em três grandes partes autônomas. No Oeste, a revolta de Póstumo dá origem à constituição de um império Gálico, formado pela Gália, a Península Ibérica e a Britânia. No Oriente, pelo contrário, o poderio econômico-comercial de Palmira leva à constituição de um verdadeiro império centrado nas cidades caravaneiras. Carlà dá continuidade falando sobre a reorganização do poder na transição do século III e no século IV. Logo após ele explora sobre instalação dos bárbaros e como isso fraguimentou ainda mais um império já fragilizado levando até a deposição de Rômulo Augústo no ano de 476.

Ao introduzir outro ponto do seu texto “Da Cidade ao Campo”, Filippo Carlà vai dizer que para “A historiografia tradicional vê como um dos sinais do fim da Antiguidade o abandono das cidades e a preferência pelo campo.” Essa transição da população para os campos, em conexão com a origem teórica do novo modo de produção feudal, fortemente baseado na autossubsistência e com o declínio da atividade comercial, um dos traços da passagem para a Idade Média. Com isso, as grandes cidades urbanas passariam a ser apenas aldeias com grande extensão de territorial. O texto ainda conta com uma explanação sobre a transformação e a sobrevivência da cidade romana, as diferenças regionais, como a cristianização nas cidades da alta Idade Média pode, por exemplo, ser o centro religioso de uma determinada extensão territorial que não coincide com a região a que ela serve de sede administrativa, ao mesmo tempo em que o fulcro da vida econômica se desloca para o campo.

No texto de Massimo Pontesili, “As Migrações dos Bárbaros e o Fim do Império Romano do Ocidente”,ele vai dizer que nas migrações dos bárbaros um episódio do milenar conflito entre nômades e sedentários. O próprio império é uma vasta zona, caracterizada pela sua estabilidade política, que reage à pressão dos povos setentrionais e orientais. O autor ainda comenda sobre a origem dos germanos e como os bárbaros se puseram contra o império. Já em outro texto, “Os Germânicos.”, Alessandro Cavagna comenta sobre a expansão do povo germânico, as transformações que sofreram, a sociedade perante a guerra e o apego com o místico na religião.

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