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O Papel dos germânicos na queda do império romano do ocidente

Por:   •  22/10/2018  •  Seminário  •  576 Palavras (3 Páginas)  •  274 Visualizações

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Para entender a queda do império romano, é preciso recuar no tempo e analisar os fatores que debilitaram o império, dentre esses fatores está a chamada ‘’crise do sec.III’’, que tinha como principal característica a anarquia militar, resultado do aumento em importância do exercito na vida politica em detrimento das instituições naturais como o senado, dessa forma, as tropas sediadas dentro e fora de Roma, teriam se empenhado ao longo do sec.III, em fazer e desfazer imperadores, tendo como critério a capacidade deles de satisfazerem suas vontades.  

Durante grande parte do sec. IV Roma foi militarmente forte, porem, na ultima metade do sec. IV iniciou-se a onda de invasões barbaras, começando com a vitória dos visigodos em Adrianópolis em 378, que acabou esmagando o império romano do ocidente.  Existe a ideia de ‘’assassinato’’ do império, de acordo com essa tese, os bárbaros teriam apenas consumado um destino inevitável, sem condições de resistir a um abalo, as invasões barbaras teriam posto o império abaixo sem muita dificuldade. O mundo romano já passava por perturbações econômicas desde a segunda metade do sec.II, tais como a perda do valor da moeda, a diminuição brutal da coleta de impostos e a crise agrícola, que teve como sua principal causa a elevada taxação sobre a terra marginal, levando-a a não ser cultivada. Essa taxação foi incentivada pelo orçamento militar e indiretamente resultante das invasões barbaras

A fragilidade da economia mediterrânea explicaria a divisão, em 395, entre o império do ocidente e oriente. Sustentado por essa frágil estrutura, o estado teria sido obrigado a restringir seu campo de ação, essa mesma necessidade, acabaria por obrigar o império do ocidente a se fragmentar em uma serie de pequenos territórios ‘’meio romanos’’ e ‘’meio bárbaros’’, esses últimos entrariam em um processo de fragmentação territorial que culminaria com o triunfo do feudalismo no sec.XII.

 O império do oriente era mais rico e populoso, e a riqueza estava uniformemente distribuída, ao contrario do ocidente. Devido ao maior número de recursos econômicos no oriente, a renda do governo era menos limitada. No sec. V, imperadores em Constantinopla pagavam grandes quantias para enfrentar os bárbaros enquanto os governantes ocidentais eram soterrados por cargas fiscais. Não se pode afirmar que a crise do sec.III tenha sido a maior responsável pela queda do império, podemos dizer que ela foi uma crise no alto império.

Efetivamente, entre o final do sec.IV e inicio do sec.V, as pressões barbaras aumentaram em todas as fronteiras do império. Fugindo dos hunos, uma parte dos ostrogodos marchou para oeste, e provocou movimento semelhante ao dos visigodos que obtiveram refúgio no império em 376. Os dois impérios não souberam coordenar esforços para combater a ameaça representada pelos bárbaros, ao contrário, houve até mesmo uma politica deliberada dos imperadores do oriente com o intuito de desviar a atenção dos bárbaros para o ocidente, mediante inclusive o pagamento de tributos. Constantinopla foi salva, mas o mesmo não aconteceu com Roma. Ao contrário do que se pensa, o império romano não caiu no sec. V: continuou a sobreviver no oriente, conhecido como império bizantino até a conquista turca em meados do sec. XV. Qualquer explanação da queda do ocidente deve levar em conta a sobrevivência do oriente.

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