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O filme "Maria Antonieta"

Por:   •  20/4/2017  •  Resenha  •  1.016 Palavras (5 Páginas)  •  4.350 Visualizações

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O filme "Maria Antonieta" conta a história da jovem rainha da França do século XVIII, Maria Antonieta, interpretada por Kirsten Dunst. Ele começa a se passar na Áustria, no ano de 1768, porém a maior parte dele se passa no Palácio de Versalhes, na França. A aliança entre a Áustria e a França precisa ser consolidada pelo casamento, Antonieta está sendo preparada para ser a rainha da França, mesmo contra sua vontade.

O filme dirigido por Sofia Coppola, lançado em 2006 e com o gênero drama, veio cheio de detalhes e muito luxo, chegando bem próximo da realidade da época. No decorrer do filme podemos observar vários banquetes da família real, que estavam muito bem representados. O vestuário no filme também foi bem representado, com roupas da época. Os vestidos das mulheres estavam impecáveis, a atriz que vivenciou Maria Antonieta trocou de peruca diversas vezes. Por mais temático que seja o filme, há algumas passagens em que Sofia deixa implícito alguns traços atuais. A trilha sonora, por exemplo, apresentando músicas do Strokes, demonstra o espírito jovial de Antonieta.

Sofia Coppola quis mostrar no filme que o pavilhão de transferência foi construído exatamente sobre a fronteira dos dois grandes reinos: Antonieta entra por solo austríaco e sai pela França. Ela entrou na França como delfim (dauphin), que era o título do herdeiro aparente da coroa francesa durante as dinastias de Valois e Bourbon. A pirâmide social da época é bem explícita. Mostra-se com muita clareza os luxos da nobreza, a presença do clero e a burguesia aos serviços dos nobres.

Condessa de Noailles, interpretada por Judy Davis, tem como principal função ensinar a futura rainha as normas de etiquetas. Um exemplo disso mostrado no filme é a cerimônia de vestimenta matinal: os direitos de entrada são concedidos aos membros da alta nobreza, os maiores direitos são dados às princesas de sangue real e à governância, podendo estes entrar a qualquer hora. Os menores direitos são concedidos às criadas e apresentadas. A delfim precisa estar atenta para receber devidamente cada entrada e a mesma não deve tocar em nada, a entrega de um objeto é um privilégio restrito ao nobre de maior título do quarto. Por falta de costume, Antonieta sentia-se desconfortável com a situação, achando-a rídicula e desnecessária.

O drama do filme começa quando Antonieta não consegue despertar desejo sexual pelo delfim Luís XVI, interpretado por Jason Schwartzman. Luís XVI demorou a consumar o casamento, o que preocupava algumas pessoas, inclusive sua mãe - Maria Teresa, interpretada por Marianne Faithfull - já que sem o ato sexual, o rei poderia pedir a anulação do casamento. Esse assunto é abordado com ótimo bom-humor por Sofia Coppola. Surgiram até comentários de que a delfim era esteril e em certas cenas, dava a entender que o delfim poderia ser gay. As tentativas da rainha de seduzir Luís XVI são cômicas. Maria Teresa pressiona sua filha diversas vezes por meio de cartas, contando à ela o sucesso e a felicidade de seus irmãos onde até o momento estão realizados em seus matrimônios, ela também fazia questão de lembrar Antonieta que o povo da França precisava dela. Antonieta é aconselhada por sua mãe a começar a estender seus convites a amante do rei Rei Luís XV (Rip Torn), a Madame du Barry (Asia Argento), para assim aumentar seu status e não dar motivos ao rei para a anulação do casamento. Maria Antonieta e Luís XVI viram rei e rainha logo após a morte de Luís XV.

O filme aborda os principais acontecimentos da vida de Maria Antonieta: vê-se o caso de adultério de Antonieta com o conde sueco Fersen (Jamie

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