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Origens do Processo de Industrialização e Modernização Brasileira

Por:   •  22/5/2019  •  Resenha  •  2.080 Palavras (9 Páginas)  •  180 Visualizações

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

LEONARDO SANTOS DA SILVA RA: 818118680

RELATÓRIO DAS UNIDADES 1 E 2

 MATÉRIA: ARQUITETURA BRASILEIRA E HABITAÇÃO

SÃO PAULO, 2018

UNIDADE 1 - Origens do Processo de Industrialização e Modernização Brasileira

Por volta dos de 1870 ainda rural inicia-se uma aglomeração da população urbana mesmo que em uma porcentagem demasiadamente baixa. Esse processo de urbanização de fato começa a ser mais forte no século XIX, nesse período já notamos o surgimento das práticas arquitetônicas na então capital federal Rio de Janeiro, e a consolidação dessas cidades só vem de fato no começo do século XX.

 Tudo começa no início do século XX, quando a economia cafeeira concentrada na região do Vale do Paraíba, compreendido entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, começa a impulsionar a economia brasileira em um momento em que o grão estava em alta cotação na europa trazendo grande lucro pro eixo Rio-São Paulo, e esse processo possibilitou a criação de grandes centros urbanos com grande concentração de renda e infraestrutura principalmente no interior de SP. Para escoar o café as cidades começaram a investir em infraestrutura de linhas férreas e assim com a concentração da vez maior houve o aumento da demanda de serviços, mecanização do campo e o incremento cada vez maior da infraestrutura foram tornando a cidade cada vez mais robusta entretanto mesmo com a instalações das indústrias ainda era necessário impor praticamente quase tudo o que se consumia pois o pais não tinha passado por um processo real de industrialização. Essa industrialização iniciou-se com o empresário Barão de Mauá e deu-se de fato na Era Vargas (1930 - 1945) com a implantação de indústrias de base e melhorias nas condições de trabalho.

Embora tenham ocorridos muitos golpes a era getulista (1937 a 1945) foi um dois mais populares o que rendeu a Vargas o título de “Pais dos Pobres” e é reconhecida por mediador a medida que favorecia tanto a elite quanto as camadas mais podres, dando seu esforço em prol do fortalecimento da indústria e em acordos e direitos trabalhistas para melhorar e ampliar a qualidade de vida dos trabalhadores. Getúlio então apostou na intervenção do estado para a questão habitacional de sua população, o que culminou em um consenso entre diferentes setores da sociedade, na aposta que deveria ser dever do estado garantir condições dignas de moradia para quem mais necessitasse. Nesse período houve um impasse entre elite e o governo, pois, a elite lucrava muito com os cortiços e o governo alegavam que esse tipo de habitação gerava diversas condições de insalubridade por isso era necessário fazer diversos estudos entorno de possibilidades construtivas que inviabilizasse o investimento. O governo Vargas passou a desenvolver o projeto sobre as habitações e formas de financiamento desse tipo de construção, por meio de mecanismos que fomentassem a incorporação e também regulassem o que já existia. Com a meta de melhorar a qualidade de vida Vargas criou 2 órgãos de muita importância para habitação social, algo que marcou o início de uma política pública para tal fim. Tais leis eram o Instituto de Aposentadoria e Pensão (IAPS) e do inquilinato. A ideia do governo Vargas era implementar leis que pudessem normatizar a relação entre inquilinos e proprietários a fim de reduzir os custos com moradias populares tirando do governo essa responsabilidade, assim, em 1942 instaurou-se a lei do inquilinato taxações restritivas que congelavam os valores das moradias, mas que viriam também a congelar a construção e distribuição de moradias.

Nesse contexto, em 1931, realizou-se o 1º Congresso de Habitação, em São Paulo, coordenado pelo Instituto de Engenharia, em que se tinha como metas principais "desenvolver o baixo custo dessas edificações e expor as vantagens de uma habitação para a família e para a sociedade" e as "vantagens de se ter uma cidade em que cada família seja bem instalada" (MARTINS, 2011, p.10).

No início do século XIX, o rio de janeiro, atual capital federal, começa a passar por um momento de “embelezamento” e higienização da cidade inspirada naquela realizada em Paris com discursos em relação a proliferação de doenças nos cortiços - Esse modelo de habitação surgiu ao longo de processos históricos, como a abolição da escravatura, que fez com que antigos escravos ficassem sem local para morar, sofrendo o preconceito da elite e tendo que buscar formas mais baratas de moradia, mas também devido ao aumento populacional mais ao passar do tempo os cortiços de bairros eram construídos geralmente pelas próprias indústria e próximas a elas para evitar o efeito pendular. Esse discurso culminou na destruição desses casarões onde, em sua maioria, moravam pessoas de baixa renda sem um qualquer planejamento de realocação desses indivíduos. E Sem qualquer alternativa tiveram que morar em morros e periferias dando início as famosas “favelas” ou Aglomerados subnormais segundo o IBGE. Assim, com a expulsão dos moradores das áreas centrais, o movimento de ocupações de morros e encostas se intensificou, principalmente entre os anos 1920 e 1940, quando a taxa de urbanização brasileira alcançou a impressionante marca de 31,24% (SANTOS, 2009, p.25).

As casas higiênicas, novo padrão de moradia que se difundiu a partir do final do século XIX, deveriam incorporar inovações técnicas e sanitárias, com espaços mais amplos, bem iluminados e ventilados. As tipologias que passaram a predominar foram as vilas e avenidas, que apresentavam instalações sanitárias melhores, maior preocupação com ventilação e iluminação naturais e cozinhas individualizadas (VAZ, 1994)

E sobre esse conceito que surgiu uma obra importante na época, a Vila Operária da Gamboa no qual consiste em um edifício de apartamentos idealizado por Lúcio Costa e Gregori Warchavchik no Rio de janeiro em 1931 quando o tema de habitação social estava em pauta na sociedade. Essa obra é característica do movimento moderno e conta com 14 unidades habitacionais distribuídas em dois pavimentos. A planta de cada unidade é formada por um quadrado dividido internamente em quatro partes iguais: uma parte é destinada à sala, duas aos quartos e a outra parte é dividida entre cozinha e banheiro. As áreas de circulação interna foram suprimidas visando obter o aproveitamento máximo do espaço interno.

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