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PLANO DE AULA POSITIVISMO

Por:   •  17/10/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.077 Palavras (17 Páginas)  •  261 Visualizações

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MILENA DOS SANTOS SILVA

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Atividade apresentada à Anhanguera-Uniderp, como requisito parcial de avaliação semestral do Curso de História.

                                                               Profª. Ailton Salgado

São Bernardo do Campo

2018

1. PROGRESSO

Progresso, do latim Progressus, que significa avanço, é a ideia de que o mundo pode se tornar gradativamente melhor no que diz respeito a ciência, tecnologia, qualidade de vida e etc. Tratamos aqui sobre a ideia de Progresso pelo Iluminismo, pelo Positivismo durante o Movimento Republicano Brasileiro e pelo Imperialismo na África.

Iniciando pelo Iluminismo, esclarecemos que esse é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, correntes intelectuais e atitudes religiosas. O uso do termo Iluminismo justifica a ênfase nas ideias de progresso, assim como a defesa do conhecimento racional como meio para a superação de preconceitos e ideologias tradicionais. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.

O Iluminismo não foi um movimento homogêneo, trata-se de uma postura e uma mentalidade em comum que envolve filósofos, matemáticos, físicos, e intelectuais de uma determinada época que procuravam, acima de tudo, se deixar guiar pelas “luzes da razão” para dar sua contribuição ao progresso intelectual, social e moral.

Há ainda uma confiança no desenvolvimento do “espírito científico” e nas ideias de progresso. A popularização do conhecimento científico deu uma certa confiança ao “espírito das luzes” de que alcançaríamos um maior grau de desenvolvimento. Os pensadores iluministas tinham como ideal a extensão dos princípios do conhecimento crítico a todos os campos do mundo humano. Supunham poder contribuir para o progresso da humanidade e para a superação dos resíduos de tirania e superstição que creditavam ao legado da Idade Média. A maior parte dos iluministas associava ainda o ideal de conhecimento crítico à tarefa do melhoramento do Estado e da sociedade.

O Positivismo é uma corrente sociológica cujo precursor foi o francês Auguste Comte. Surgiu como desenvolvimento sociológico do Iluminismo, falado acima, e das crises sociais e morais do fim da Idade Média. Propõe à existência humana valores completamente humanos, afastando radicalmente teologia ou metafísica. Assim, o Positivismo - na versão comteana - associa uma interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento a uma ética humana, desenvolvida na segunda fase da carreira de Comte. Todavia, é importante enfatizar que a palavra "Positivismo" não é unívoca, pois há correntes de outras disciplinas que se consideram "positivistas" sem guardar nenhuma relação com a obra de Comte.

O positivismo de Comte chega ao Brasil por volta de 1850 e desempenha um papel central tanto no processo de Abolição da Escravatura quanto no de Proclamação da República no Brasil. O positivismo influenciou especialmente a alta oficialidade do exército e algumas camadas da burguesia brasileira, que se empenharam no movimento republicano no final do século XIX. Apesar de unidos pela mesma causa, os militares, a burguesia e os intelectuais brasileiros se desentendem após a proclamação da república, já que os, militares tinham essa visão (positivista) de que eram os mais preparados para governar. Ao fazer uso do lema “ordem e progresso” os republicanos e bem mais a frente os militares que toma o poder a partir de 1964 colocavam à população brasileira que para haver progresso seria necessário ter a “ordem”, ou seja, todos deveriam respeitar e aceitar as regras impostas pelo governo, qualquer protesto era visto como sinal de contrariedade ao progresso brasileiro.

A conformação atual da bandeira do Brasil é um reflexo dessa influência na política nacional. Na bandeira lê-se a máxima política positivista Ordem e Progresso, surgida a partir da divisa comteana “ O Amor por princípio e a ordem por basa; o progesso por meta” representando as aspirações a uma sociedade justa, fraterna e progressista.

O imperialismo ou neocolonialismo do século XIX se constituiu como movimento de domínio, conquista e exploração política e econômica das nações industrializadas europeias (Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Holanda) sobre os continentes africano e asiático.

A “partilha” da África e da Ásia se deu fundamentalmente no século XIX (pelos europeus), mas continuou durante o século XX. No decorrer deste, os Estados Unidos e o Japão ascenderam industrialmente e exerceram sua influência imperialista na América e na Ásia, respectivamente.

A “corrida” com fins de “partilha” da África e da Ásia, realizada pelas potências imperialistas, aconteceu por dois principais objetivos: 1º) a busca por mercados consumidores (para os produtos industrializados); 2º) a exploração de matéria-prima (para produção de mercadorias nas indústrias). A industrialização europeia se acentuou principalmente após as inovações técnicas provenientes da 2ª fase da Revolução Industrial.

O domínio da África e da Ásia, exercido pelos países industrializados, teve duas principais formas: 1ª) a dominação política e econômica direta (os próprios europeus governavam); 2ª) a dominação política e econômica indireta (as elites nativas governavam). Mas como as potências imperialistas legitimaram o domínio, a conquista, a submissão e a exploração de dois continentes inteiros? A principal hipótese para a legitimação do domínio imperialista europeu sobre a África e a Ásia foi a utilização ideológica de teorias raciais europeias provenientes do século XIX. As que mais se destacaram foram o evolucionismo social e o darwinismo social.

Um dos discursos ideológicos que “legitimariam” o processo de domínio e exploração dos europeus sobre asiáticos e africanos seria o evolucionismo social. Tal teoria classificava as sociedades em três etapas evolutivas: 1ª) bárbara; 2ª) primitiva; 3ª) civilizada. Os europeus se consideravam integrantes da 3ª etapa (civilizada) e classificavam os asiáticos como primitivos e os africanos como bárbaros. Portanto, restaria ao colonizador europeu a “missão civilizatória”, através da qual asiáticos e africanos tinham de ser dominados. Sendo assim, estariam estes assimilando a cultura europeia, podendo ascender nas etapas de evolução da sociedade e alcançar o estágio de civilizados. O domínio colonial, a conquista e a submissão de continentes inteiros foram legal e moralmente aceitos. Desse modo, os europeus tinham o dever de fazer tais sociedades evoluírem.

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