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PLANO DE METAS DE JUSCELINO KUBITSCHEK

Por:   •  30/5/2015  •  Tese  •  1.346 Palavras (6 Páginas)  •  494 Visualizações

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PLANO DE METAS DE JUSCELINO KUBITSCHEK

Planejamento estatal e consolidação do processo de substituição de importações

BIOGRAFIA:

 Juscelino Kubitschek de Oliveira (12/9/1902 Diamantina Minas Gerais 22/8/1976 São Paulo). 

Eleito presidente da república em 1955.

Morreu em acidente automobilístico, no dia 22 de agosto de 1976.

INTRODUÇÃO:

O planejamento estatal brasileiro, consubstanciado no Plano de Metas de Juscelino Kubitschek, é considerado um caso bem-sucedido de formulação e implementação de planejamento. O Estado conseguiu articular grande somas de investimentos privados, de origem externa e interna.

 PLANEJAMENTO ESTATAL

O planejamento estatal começou a ser utilizado amplamente na União Soviética, com o primeiro plano quinquenal de 1929, no momento em que praticamente toda a economia mundial começava a enfrentar os duros anos da Grande Depressão.

O Plano de Metas teve origem em economistas da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina) e do BNDE (Banco Nacional do Desenvolvimento) -Grupo Misto – que tinham como objetivo indicar os pontos de estrangulamento da economia brasileira, tratando-os como setores críticos que impediam um adequado funcionamento da economia. O Brasil a aquela época, um país que tinha a sua economia sustentada em bens primários, uma agricultura pouco desenvolvida e centrada principalmente no cultivo, produção e exportação de café, produto este que perdia valor no mercado externo.

PLANO DE METAS -“50 ANOS EM 5”

Em seu mandato presidencial, Juscelino Kubitscheck lançou o Plano Nacional de Desenvolvimento, também chamado de Plano de Metas, que tinha o célebre lema "Cinquenta anos de progresso em cinco anos de governo".  O objetivo - destaque a chamada política desenvolvimentista, ou seja, fazer o Brasil crescer e se desenvolver, (pautava-se em um conjunto de medidas que atingiria o desenvolvimento econômico de vários setores, priorizando a dinamização do processo de industrialização do Brasil).  O plano tinha 31 metas distribuídas em 5 grandes grupos: Energia, Transportes, Alimentação, Indústria de Base, Educação, e, a meta principal ou meta-síntese: a construção de Brasília, como Capital do país. Que é o símbolo do governo de JK.

REALIZAÇÃO DO PLANO DE METAS

A implantação da indústria automobilística;

A expansão das usinas hidrelétricas;

A criação do Conselho Nacional de Energia Nuclear;

A criação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE);

A expansão da indústria do aço;

A criação do Ministério das Minas e Energia;

Construção da nova capital do país.

A INAUGURAÇÃO DE BRASÍLIA 

Brasília foi construída (as obras começaram em novembro de 1956, depois de Juscelino sancionar a lei nº 2.874) a fim de ser a nova capital do Brasil. A ideia era transferir a capital do Rio de Janeiro para o interior do país. Ao transladar a capital para o interior, o governo pretendia desenvolver a região central do país e afastar o centro das decisões políticas de uma região densamente povoada. Pessoas de todo o país, especialmente do nordeste (chamadas de candangos), foi contratada para a construção da cidade, O projeto da cidade, chamado Plano Piloto, foi criado pelo urbanista Lucio Costa e a construção pelo arquiteto Oscar Niemeyer, Brasília foi construída de 3 a 4 anos. Com capital oriundo de empréstimos internacionais, JK conseguiu finalizar e inaugurar Brasília, em 21 de abril de 1960. Nesta época, o centro cívico da cidade já tinha sido totalmente construído (Palácio do Governo, Catedral, Edifícios dos Ministérios, Parlamento, Palácio da Justiça, etc.).

ANOS DOURADOS

Anos 50 conhecido romanticamente como anos dourados.

Desenvolvimentismo de JK dominou a sociedade brasileira na década 50, sendo que essa foi influenciada pelo estilo de vida e cultura Norte-Americana, através do principal meio de comunicação, a televisão.  

Ao longo da década de 50 houve uma súbita Industrialização e desenvolvimento na economia brasileira, passando de meio rural pra urbano. E o que caracteriza esse fato, são o numero empresas instaladas no Brasil cresceu 3 vezes, a popularização dos bens de consumo – eletrodomésticos e carros – e a construção de Brasília projeta sob as ideias da arquitetura moderna europeia.

 Manifestações Artísticas e Culturais realizadas através do teatro e cinema retratavam os problemas sociais, as rádios com diversificados programas e suas músicas dando inicio a bossa nova.

Melhora na Infraestrutura – aumento de estradas pavimentadas - e o Crescimento do Setor Comercial – aumento do numero de empregos e ajuste salarial anual, considerado o maior da historia do Brasil e em valores reais tirando a inflação, chegava a R$ 1.580,00.

JK é considerado Presidente Bossa Nova, pois ele tinha tudo a ver com o espirito otimista e de esperança que os anos 50 tiveram. E tudo isso foi possível graças ao governo de JK, que se preocupou em fazer do Brasil um pais industrializado, moderno e dinâmico nos moldes desenvolvimentistas.

CAPITAL ESTRANGEIRO

Balanço do Governo de JK - Foi um investimento no setor industrial para ampliar o desenvolvimento econômico brasileiro, JK considerava impossível o  progresso da economia sem a participação do capital estrangeiro. Para alcançar os objetivos do plano de meta, era necessária a intervenção maior do Estado na economia, então, a entrada de capitais estrangeiros no país, principalmente pela indústria automobilística. Ressalta-se que nesse período o Brasil iniciou o processo de endividamento externo.

Dependência Externa – pontos positivos: com a implantação das empresas estrangeiras o país ganhou um novo capital as multinacionais geraram empregos, na indústria automobilística, de cigarros, farmacêutica e mecânica com o tempo fortaleceram a economia do país e os investimentos na indústria se tornaram ainda mais fáceis.

Pontos negativos: o investimento na industrialização deixou de lado a zona rural, prejudicando o trabalhador do campo e a produção agrícola, a migração e o êxodo rural descontrolados fez aumentar a pobreza, a miséria e a violência nas grandes capitais do sudeste do país. O acelerado processo de industrialização registrado no período, porém, não deixou de acarretar uma série de problemas de longo prazo para a econômica brasileira. A emissão monetária (ou emissão de papel moeda) ocasionou um agravamento do processo inflacionário, enquanto que a abertura da economia ao capital estrangeiro gerou uma progressiva desnacionalização econômica, porque as empresas estrangeiras (as chamadas multinacionais) passaram a controlar setores industriais estratégicos da economia nacional, porem deixou nosso país mais dependente do capital externo.

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