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RESENHA Aula 1 – “O dia que durou 21 anos”

Por:   •  23/6/2017  •  Resenha  •  451 Palavras (2 Páginas)  •  415 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

GRADUAÇÃO EM GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

RESENHA Aula 1 – “O dia que durou 21 anos”

PROFESSOR: Luis Jardim 

ALUNA: Daniely Oliveira Bonfim Nº USP 10374257

O documentário brasileiro “O Dia que durou 21 anos” é dirigido por Camilo Galli Tavares, no qual relata a participação do governo dos Estados Unidos na preparação, desde 1962, que culminou no golpe político-militar brasileiro de 1964. Com base em documentos históricos, gravações sonoras originais e até depoimentos dos que participaram, de ambos os lados. O documentário traça as perspectivas norte americanas para com o Brasil no momento do golpe e apresenta como a influência estadunidense foi determinante para o futuro da política nacional.

A grande derrota estadunidense para a pequena ilha do Caribe representou uma alternativa a América Latina, que sempre foi compreendida como a grande área de influência norte-americana. Assim, enxergando a relação do Brasil com os seus vizinhos e principalmente com Fidel, o governo americano visualizando o Brasil como uma “nova Cuba” da América do Sul orquestra silenciosamente o golpe político-militar brasileiro.

As políticas de independência econômica projetadas pelos governos brasileiros desde a Era Vargas, como: a substituição de importações, a PEI e até mesmo a criação da OPA por Juscelino Kubitschek. Com caráter desenvolvimentistas, buscavam propiciar uma autonomia aos países da América Latina. Entretanto, estas políticas representavam para o governo estadunidense uma ameaça nascendo dentro do seu quintal, o que não seria admissível.

Camuflada pela corrupção e pela ameaça comunista a influência estadunidense em solo nacional tornou-se cada vez mais presente. Seja com a “Aliança para o progresso”, financiando campanhas ou até mesmo com a criação de órgãos como o IPES.

Ademais, a renúncia de Jango e a presidência da república sendo assumida por João Goulart ligaram o sinal de alerta na Casa Branca. Com Kennedy dando carta branca para o diplomata Lincoln Gordon articulasse com os membros das forças militares brasileiras o afastamento do presidente João Goulart.

        Goulart manteve suas políticas, o que após o comício da Central do Brasil ficou insustentável:

[...] “O que se pretende com o decreto que considera de interesse social para efeito de desapropriação as terras que ladeiam eixos rodoviários, leitos de ferrovias, açudes públicos federais e terras beneficiadas por obras de saneamento da União, é tornar produtivas áreas inexploradas ou subutilizadas, ainda submetidas a um comércio especulativo, odioso e intolerável.[1] ”[...]

Naquele momento o destino brasileiro já estava traçado. Na madrugada de 31 de março os militares tomam o poder com o respaldo bélico dos EUA. Sem resistência aquele fatídico dia duraria 21 anos que transformaram a história nacional.  


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