Resenha de Barthes - A Aula
Por: Rodrigo Barcelos • 1/4/2016 • Resenha • 319 Palavras (2 Páginas) • 505 Visualizações
RESENHA ROLAND BARTHES - A AULA
O livro é a transcição de uma aula inaugural ministrada pelo Barthes. Ele inicia manifestando a sua satisfação em estar de volta ao Colégio de França, instituição pela qual tem grande apreço. Ele define que o Colégio é um lugar fora do poder, pois ali os professores conseguem exercer livremente a sua pesquisa e disseminação do conhecimento. Nossos discursos estão sempre carregados de poder, então quando temos um espaço de liberdade, devemos nos atentar para o desprendimento do desejo de agarrar. Eis que então ele começa a tratar da questão do poder, que muitas vezes o colocamos de forma única, sendo que esse é plural. Ele fala do discurso de poder como o que engendra o erro. O objeto onde o poder se insere é através da língua, essa que em sua estrutura já é opressiva. A língua não nos impede de dizer, ela nos obriga a dizer, causando uma confusão entre ser mestre dela e seu escravo.
No entanto, ele nos diz que existe uma maneira de trapacear a língua, essa é a literatura. Esta assume muitos saberes, sem limitar-lhes, além de ser categoricamente realista. Ele nos expõe as três forças da literatura. A primeira força é aquela que dá o “sabor” as palavras, concretizando esse saber profundo. A segunda é a força de representação do real, através das palavras, mas também ocorre a manifestação do irreal, a língua utópica. Ele acredita que não devemos unificar tudo, mas sim que devemos ter um aprendizado do plural. Devemos ter o conhecimento de várias línguas, e que uma não reprima a outra, mas que elas coexistam. A terceira força da literatura é a capacidade de jogar com os signos em vez de destruí-los. Ele nos coloca a semiologia como forma de desconstrução da linguística. A semiologia identifica as brechas da linguística, de forma que essas duas estabelecem um forte vinculo, onde uma corrige a outra.
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