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RESENHA CRÍTICA: História da República Romana

Por:   •  19/6/2017  •  Resenha  •  2.242 Palavras (9 Páginas)  •  632 Visualizações

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU – FURB

RESENHA CRÍTICA

História da República Romana

ALUNO: JONATHAN DOS PASSOS DE LIMA

OBRA ANALISADA:

SANT'ANNA, Henrique Modanez de. História da República Romana. 1. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2015. 197p.

CREDENCIAIS DO AUTOR

Henrique Modanez Sant’Anna é professor Adjunto III na Universidade de Brasília (UnB), possui interesse especial na história do mundo greco-romano. Tendo se especializado na história político-militar do mundo helenístico, conduz e orienta pesquisas (IC e Mestrado) principalmente sobre Alexandre Magno, os diádocos e epígonos, incluindo as guerras travadas entre os reinos helenísticos e a república romana. Obteve seu doutorado na UnB em 2011, como bolsista do CNPq, com períodos de estágio de pesquisa na Fondation Hardt, em Vandoeuvres, Suíça, e na Universidade da Califórnia, Berkeley, EUA, mediante bolsa Capes (PDEE). Entre 2012 e 2013, obteve a Fellowship in Hellenic Studies da Universidade Harvard, Washington DC, EUA, ocasião em que pôde prosseguir com a pesquisa realizada durante o doutorado. Em 2016, recebeu o Fulbright Junior Faculty Member Award, por meio do qual desenvolverá, na Universidade Cornell, Ithaca, EUA, um projeto de pesquisa sobre o consumo excessivo de vinho na sociedade de corte helenística. É líder do Grupo de Pesquisa Serápis-UnB, ativo no DGP do CNPq desde 2011, e participa como pesquisador da Cátedra Unesco Archai-UnB e do Laboratório de Estudos sobre o Império Romano-USP. Na UnB, sua experiência de ensino inclui cursos introdutórios à história dos gregos e romanos antigos, além de disciplinas optativas (graduação, mestrado e doutorado) sobre diversas temáticas relacionadas à Antiguidade Clássica. É autor de Alexandre Magno: a paixão da guerra (Coimbra: Editora da Universidade, 2011, 103 p.) e História da República Romana (Petrópolis: Editora Vozes, 2015, 197 p.). E-mail: henriquemodanez@gmail.com[pic 1]

OBJETIVO DO AUTOR

Este livro intitulado como “História da República Romana” de Henrique Modanez Sant’Anna, tem como objetivo a apresentação de informações sobre este tema e também objetiva incitar maiores analises críticas por estudantes da área. Segundo o autor, o tema em questão, não recebe tanta importância como o “[...] seu irmão mais jovem, o Império”. (SANT’ANNA, 2015, P.13) O autor ainda ressalta que pontos cruciais são deixados de lado ou são pouco mencionados quando o assunto é Republica Romana, por exemplo:

Foi durante a República que Roma subjugou os povos da Península Itálica, incorporou a Sicília, derrotou Cartago, assimilou um a um todos os principais reinos helenísticos e trouxe para sua esfera de ação reinos orientais tão afastados quanto os da Armênia e Pártia. Foi, portanto, durante o período republicano que a história romana fundiu-se com a história do chamado “mundo helenístico”, termo que desde a metade do século XIX permite a caracterização comum dos vários reinos formados com a fragmentação do Império Macedônico, ocorrida a partir de 323. (SANT’ANNA, 2015, P.13)

Nota-se que nesta apresentação/introdução o autor demonstra, um interesse notável pelo assunto, pois não mediu esforços para realizar este trabalho. Rico em fontes e autores renomados, este trabalho serviria, para talvez, não estudantes iniciais do assunto, mas sim um curso mais avançado, pois senti dificuldades para entender alguns pontos e somente foi possível compreende-los com a leitura de outros trabalhos.

IDÉIAS CENTRAIS DA OBRA

Esta obra em análise, foi dividida em uma breve apresentação, e em mais sete capítulos, onde o autor, discorre sobre variadas informações e análises, de pontos de vista da República Romana, trabalhando com diversos autores como Allen Ward, Fritz Heichelheim, Tim Cornell, Arnaldo Momigliano, Adrian Goldsworthy e em pequenas passagens participações de autores brasileiros como por exemplo a Professora Maria Luiza Corassin, esta obra demonstra que a historiografia brasileira é muito pouco mencionada ou insuficientemente trabalhada em obras sobre história antiga. Os capítulos são os seguintes:

1º Da Fundação da República a Pirro do Épiro, (página 23 à 45)

Neste capitulo o autor trabalha com Tito Lívio sobre o início da Republica Romana, são apontados pontos da democracia romana apresentando funções, conflitos e diferenciações da democracia de Atenas. Os cargos públicos deviam ser assumidos pelos representantes do povo, porém, quem participava das eleições em Roma era apenas os patrícios, deste modo a República Romana era aristocrática.

A Península Itálica é conquistada e integrada aos moldes e costumes Romanos. A guerra contra Pirro do Épiro, surge como ponto de aparição do mundo helenístico. Posterior a morte de Alexandre, a política se torna instável e, a busca incessante por legitimidade torna-se o objetivo dos reis autoproclamados, em busca de uma tradição monárquica Pirro trava variadas batalhas contra os romanos para defender Tarento e após o primeiro combate com a incontestável vitória de Pirro inicia-se uma sequência de conflitos entre as legiões romanas e os exércitos helenísticos, apesar de ter vencido algumas batalhas Pirro e seus soldados são derrotados pelos romanos em demais conflitos. O autor ressalta a soberania do exército romano e detalha sobre os soldados romanos, quem eram, quanto ganhavam e por quantos homens eram formadas as legiões. A invasão de Pirro, marca também o encontro do mundo helenístico com o mundo romano, e isto é de suma importância para a história antiga.

2º Roma versus Cartago ou a disputa pelo Mediterrâneo Ocidental, (página 47 à 72)

Neste capitulo o autor discorre sobre os tratados assinados por Roma e Cartago, antes de seus vínculos se deflagrarem, e também é refletido, muito claramente, sobre as Guerras Púnicas. A primeira Guerra Púnica, foi composta de batalhas terrestres no norte da África e da ilha de Sicília, posteriormente aconteceram conflitos navais onde dois fracassos foram registrados. Cartago teve ampla oportunidade de derrotar Roma, mas a subjugou e Roma saiu vitoriosa, conquistando a Sicília, a Sardenha e a Córsega.

Já a segunda Guerra Púnica inicia-se com a retaliação de Aníbal Barca a Sagunto aliada dos romanos. Com uma audaciosa cruzada dos Alpes, Aníbal liderou o exército cartaginês com grande quantidade de soldados e elefantes. Apesar de ter derrotado os romanos em Trébia e no Lago Trasimeno e de ter trazido grandes perdas aos romanos, Cartago saiu derrotada quando Roma resolveu atacar sob o comando de Cipião em um momento de enfraquecimento de suas tropas frente a traição da Numídia. Forçado a retornar a sua terra para à proteger, Cartago foi obrigada a aceitar duros termos, perdas de territórios e a extinção de sua “autonomia mediterrânica. A terceira Guerra Púnica, a última das guerras, decretou a vitória romana sobre os cartagineses. Cartago e Numância foram totalmente destruídas por Roma, que confirmou sua supremacia sobre o mundo Mediterrâneo, fato de grande importância para a formação do futuro Império Romano.

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