RESUMO: Uma Breve História do Teatro Brasileiro moderno.

RESUMO: Uma Breve História do teatro brasileiro moderno.

Com o objetivo de discutir o teatro político produzido no Brasil nas décadas de 1960, 1970 e 1980, com foco principalmente no Arena e no Oficina, o autor faz uma breve revisão da história do teatro brasileiro nas primeiras décadas do século XX, enfatizando as preocupações ideológicas e políticas do teatro brasileiro nas décadas de 1960 e 1970.

Em sua discussão, além de discorrer sobre os referidos grupos envolvidos, o autor também reflete sobre o TBC – Teatro de Comédia Brasileiro – em sua matriz identitária e a atuação do espetáculo Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, 38 anos, segundo Gerd Hilger, como aponta Ferreira, este seria o início do teatro moderno brasileiro.

A Semana de Arte Moderna realizada no Rio de Janeiro em 1922 foi vista como uma ruptura com a arte oligárquica e o início da construção conceitual da arte moderna no Brasil. No entanto, a modernização artística do Brasil está longe de ser nacional, e o modo de apresentação tem um forte padrão internacional. Portanto, a Semana de Arte Moderna pode ser considerada uma ruptura com o modo tradicional de criação de arte europeia. Isso abriu portas para novos conceitos de produção, como a introdução de fenômenos psicológicos e questões sociais nas peças.

Ao contrário da literatura e das artes plásticas, o teatro brasileiro só evoluiu em meados da década de 1940 da "comédia de costumes" - comédia com personagens e situações típicas - para o drama sobre questões brasileiras contemporâneas. Martins Pena (1815-1848) foi um dos pioneiros do gênero. Esse gênero de drama aborda questões da sociedade brasileira, analisando o comportamento e os costumes humanos com uma sutil ironia.

Ziembinski é creditado por modernizar o teatro brasileiro por meio de técnicas inovadoras de atuação, graças ao seu conhecimento dos aspectos artísticos europeus, incluindo o gosto pela direção. Vale lembrar também que na época o país passava por um processo de industrialização imposto pelo governo de Getúlio Vargas, que afetou as questões e temas tratados na cena teatral, bem como a literatura que circulava pelo Brasil.

Durante o período 1945-1964, houve um surto criativo nas produções artísticas teatrais, mas esse surto criativo não foi resistido pelo golpe militar de 1964, mas foi reprimido pela repressão, perseguição e censura da Lei do Regime nº 5, esta repressão atingiu principalmente dois grupos de teatro. O grupo Oficina foi fundado em 1958 por José Celso Martinez Corrêa (1937) e o grupo Arena foi fundado por José Renato em 1953, destacando-se a presença de Augusto Boal (1931-2009).

Este período de ditadura militar foi marcado por profundas mudanças políticas e sociais, e as trupes buscaram o teatro para denunciar e reivindicar a injustiça social e incitar a população à ação. Nesse contexto, vale ressaltar que o teatro desempenhou um papel de revolta contra o período da ditadura brasileira, mobilizando-se para contestar e opor-se à imposição da ordem vigente.

Em 1948, um grupo fundamental na história do teatro brasileiro foi o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Décio de Almeida Prado (1988) é o principal responsável por (TBC), peça voltada para o teatro contemporâneo nos Estados Unidos e na França, com atores estrangeiros também desempenhando o papel de professores, participando de escritores brasileiros como processo de construção profissional

Segundo o autor, o TBC foi fundado em 1948 e inicialmente organizado para amadores, mas rapidamente se profissionalizou. Assim, apesar de esses eventos acontecerem principalmente no Rio de Janeiro, além de contribuir para a modernização da prática cênica, também dá fama a São Paulo.