Resenha do documento “A Abolição de José Bonifácio”
Por: Steffane Jacob • 22/12/2016 • Trabalho acadêmico • 868 Palavras (4 Páginas) • 307 Visualizações
Resenha do documento “A Abolição de José Bonifácio”
O documento a ser resenhado traz pontos importantes sobre a conjuntura política e social do Brasil XIV. Nele, José Bonifácio- importante figura da independência do Brasil- traz pontos importantes escravidão no Brasil.
O autor inicia a sua argumentação declarando que o documento se atentará para o fato de que deverá haver o encerramento do tráfico negreiro, uma melhoria na vida dos escravos que se mantém cativos e a promoção progressiva da emancipação dos mesmos.
Em primeiro momento, o autor chama atenção pra situação política de outros países, que em primeiro momento argumentaram a impossibilidade de abolição da escravatura, mas que começaram progressivamente a emancipação. Ele argumenta que o Brasil é o único pais com “sangue europeu” (página 12) que ainda comercializa escravos. Bonifácio ressalta que geograficamente o Brasil já é um povo livre e independente, porém, não é possível a criação de uma constituição enquanto a situação escrava permanecer da mesma forma.
O aspecto religioso é um argumento muitas vezes usado por Bonifácio durante a documentação, mais a frente ele usará dos aspectos religiosos para atentar para sua defesa.
Como primeira medida para o processo de emancipação, Bonifácio chama a atenção para o cessar a fomentação de guerras, por parte dos Brasileiros, entre os africanos. No mesmo parágrafo ele defende o fim imediato do tráfico, demostrando como o trajeto em si e a morte durante o trajeto são atentados contra os direitos humanos. Os aspectos civis de igualdade são um ponto de extrema importância para entender a argumentação de Bonifácio, ele se utiliza da alegação de igualdade entre os brancos e negros para refutar, novamente, os aspectos cristãos da necessidade de se abolir a escravidão.
A demografia também é relevante durante o texto. O autor discorre sobre o crescimento da cidade de São Paulo, trazendo dados que demonstram o quão desnecessária é a mão escrava para o crescimento de uma cidade. Nos aspectos econômicos, exemplos de países que não se utilizam da mão de obra negra são trazidas para o documento – tal como Cochinchina- que não se utiliza de mão-de-obra escrava, mas que, apesar disso, consegue manter a economia em.
A consciência ambiental também é abordada no documento, para Bonifácio, um investimento em método agrícolas diferentes, resolvem tanto no aspecto ambiental- maior fertilização e menor danos a terra- como de trabalho. A modernização aparece como argumento para solidificar sua tese, como exemplo, ele traz o fato de que duas carroças poderiam transportar, muito mais rápido, uma quantidade de material agrícola, do que uma quantidade significativa de escravos o fariam.
Voltando ao aspecto demográfico, Bonifácio argumenta que por mais que uma grande quantidade de negros venham para o Brasil, o crescimento populacional continua imutável, ele utiliza de dados numéricos para constatar seu ponto de vista. Ele chama a atenção também para os senhores, que possuem uma grande parte de escravo, mas permanecem estagnados economicamente.
Bonifácio utiliza-se novamente dos aspectos econômicos durante o documento, ele diz que o custo de um escravo, mais todos os adicionais gastos, tais como: sustento, possíveis moléstias, alimentação, e todos os equipamentos agrícolas, tornam uma ilusão de lucro, e que ele se mantém em níveis baixíssimos.
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