Resenha por Isabella Camargo Barbosa

Caso Eloá Cristina Pimentel

Resenha por Isabella Camargo Barbosa

Eloá Cristina Pimentel nasceu no dia 5 de maio de 1993 em Maceió (AL),

filha de Ana Cristina Pimentel e Everaldo Pereira dos Santos, posteriormente indo

morar em São Paulo. Ana Cristina descreve a filha como: gentil, carinhosa, amável,

querida por todos ao seu redor e não via maldade nos outros.

Em 2015, começou o namoro de Eloá de 12 anos com Lindemberg

Fernandes Alves de 19 anos, no primeiro momento o relacionamento causou

estranheza pela família da jovem, resultando em diversas regras no relacionamento.

Um namoro conturbado com diversas idas e vindas, onde boa parte desses

rompimentos eram realizados por Lindemberg, até o momento que Eloá com 15

anos decide não reatar o relacionamento.

Em negação, o jovem começou a perseguir a ex-namorada. Na terça-feira dia

13 de outubro de 2008 no período da tarde, ele invade a residência de Eloá sendo

surpreendidos por outros três colegas que estavam realizando uma atividade

escolar sendo eles: Iago Vilera, Victor Campos e Nayara Rodrigues.

Armado, Lindemberg ameaça os jovens que facilmente obedecem a ele, a

polícia é acionada e com a chegada do primeiro policial no local, houve uma

tentativa de conversa sem sucesso e ele acaba disparando alguns tiros contra o

policial. Somando quase 8 horas de cárcere privado os dois garotos são liberados e

acabam se deparando com várias viaturas e a imprensa.

A tentativa inicial da polícia era vencer esse sequestro por cansaço, sendo

assim cortaram água, luz, não enviaram comida. Porém todas tentativas sem

sucesso. Todo o sequestro foi transmitido pela imprensa, sendo possível ele saber

todos os passos da polícia, o que estavam falando e pensando em fazer, facilitando

sua forma de agir.

Completando 50 horas de sequestro ocorreu a primeira entrevista ao vivo de

Lindemberg na televisão com Sonia Abrão. A entrevista repercutiu por todo o Brasil,e com isso outras emissoras também entraram em contato com o sequestrador,

consequentemente o caso ganhou cada vez mais espaço na mídia.

Posteriormente, no dia 14 de outubro, Nayara é liberada, porém em uma

tentativa de negociação orientada pela Polícia Militar (PM), a jovem retorna ao

cativeiro em primeiro momento por ligação até se aproximar cada vez mais até o

momento que acaba sendo mantida de refém novamente.

Houve várias tentativas de negociação sendo todas falhas pela parte do

sequestrador, chegando a 100 horas de sequestro na sexta-feira dia 17 de outubro

de 2008 a polícia resolve agir, tudo sendo transmitido ao vivo em diversos canais

televisivos, Lindemberg ao perceber que iriam invadir encosta uma mesa na porta

para bloquear a entrada dos policiais, sendo assim quando a polícia explode a porta

eles não conseguem entrar de imediato, nesse processo o sequestrador dispara um

tiro contra Nayara (sendo atingida no maxilar) e dois contra Eloá (um na cabeça e

outro na virilha), alguns policiais entram pela janela do apartamento, ele não reage.

Eloá faleceu 30 horas após o fim do sequestro no dia 18 de outubro de 2008,

Nayara passou por cirurgias e atualmente segue sua vida normalmente e

Lindemberg foi acusado de 12 crimes e condenado por todos eles somando mais 98

anos de prisão, posteriormente a justiça reduziu sua pena para apenas 39 anos.

Ao analisar o caso Eloá Pimentel é explícito o plano inicial de Lindemberg,

retirar o irmão do apartamento, invadir e matar a jovem como em relatos da Nayara

onde cita que Eloá se propôs de voltar com o criminoso e mesmo diante disto ele

afirma não estar ali para reatar o namoro e sim matar a jovem. No entanto ao invadir

acaba sendo surpreendido por mais três pessoas na residência e seu plano inicial

acaba saindo do eixo. O caso ficou marcado por diversos fatores incluindo: domínio

do criminoso no sequestro, o despreparo policial, sensacionalismo da mídia e o

meio