Resistência no ambiente de trabalho
Por: Geicy Kelle • 27/4/2016 • Resenha • 1.356 Palavras (6 Páginas) • 274 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES - CFP
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO: HISTÓRIA
DISCIPLINA: HISTÓRIA MODERNA II
DOCENTE: JOACHIN AZEVEDO
DISCENTE: GEICY KELLE LOPES FERREIRA
A Resistência no Ambiente de Trabalho
CAJAZEIRAS-PB
ABRIL 2016
A Resistência no Ambiente de Trabalho
Umas das principais causas da resistência no ambiente de trabalho, é a resistência a mudanças e suas adaptações, como também a relação no ambiente social, a organização de tarefas e principalmente se adaptar as regras.
Em O Grande Massacre de Gatos e outros episódios da história cultural francesa, Robert Darnton enfoca em um dos capítulos deste livro “Os trabalhadores se revoltam: o grande massacre de gatos na rua Saint- Séverin”.
O autor analisa o relato de vida de dois operários da gráfica, relato feio 20 anos após o ocorrido. Contat que testemunhou o massacre nos conta que eles viviam e dormiam em precárias condições, dormiam em um quarto sujo e gelado, não recebiam nada pra comer, a não ser os restos de comida dos patrões.
Já os gatos de estimação do patrão e de sua esposa tinha mais privilégios que os trabalhadores, além dos privilégios, os gatos uivavam a noite inteira no telhado sujo onde os trabalhadores dormiam.
Certa noite os trabalhadores “resolveram endireitar esse estado de coisa desigual”. O operário Léveillé tinha um talento enorme para a imitação, então rastejou sobre o telhado sujo, até chegar próximo do quarto dos patrões, começou a uivar e miar fazendo com que o patrão não dormisse e nem pregasse o olho durante a noite toda, isso por vários dias.
Depois de vários dias sem dormir, decidiram que estavam enfeitiçados, mais em vez de chamar o pároco, eles decidem se livrar dos gatos e principalmente não assustassem a grise (a gata favorita da patroa).
Jerome e Léveillé, armados com vassouras, vários outros instrumentos, foram atrás dos gatos, os que conseguiram achar, armaram armadilhas feitas de sacos plásticos e depois jogaram na rua os gatos semimortos.
Depois, com todo o pessoal da oficina reunido em torno encenara um fingido julgamento, com guardas, um confessor e um executor público. Depois de considerarem os animais culpados e ministrar-lhes os últimos ritos, penduraram-nos em forcas improvisadas. Atraída pelas explosões de gargalhadas, a patroa chegou. (DARNTON, p.107).
O grande massacre de gatos foi visto como uma piada, mas é tentando entender tal piada, que Robert Darnton analisa a cultura artesanal no antigo regime.
A primeira versão da história é vista como um ataque de revolta contra o patrão, devido as injustiças feita em meio ao tratamento que vinha recebendo os funcionários, que estavam em precárias condições, deixando uma pergunta, mas porque os gatos? E porque a matança foi vista de forma engraçada? O autor vai buscar as respostas em rituais e simbolismos populares.
Onde os ciclos de rituais na era moderna começava com o calendário, sendo o mais importante desse ciclos o carnaval, depois de toda folia, de fazerem o que quiseram, entravamos no período da Quaresma, uma abstinência total. Outro exemplo foi na figura de João Batista, a multidão fazia fogueiras enormes e atiraram objetos, sendo o gato o favorito, com o poder e na esperança de evitar desastres e conseguir sorte durante o ano.
“A tortura de animais, especialmente os gatos, era um divertimento popular em toda Europa, no início da era modera” (DARTORN, p.123). Tudo era uma tendência cultural, os gatos sugeriam feitiçaria, cruzar com um deles na França, significava arriscar-se a se deparar com o demônio. Para se proteger da feitiçaria do gato só tinha um remédio: aleijá-lo.
O poder dos gatos também se concentrava no aspecto intimo da vida doméstica, o sexo. “A gritaria dos gatos podia vir de uma orgia satânica, mas também poderiam ser gatos machos uivando, em desafio uns aos outros, quando suas companheiras estavam no cio” (DARTON, p.129).
O massacre no caso da gráfica, foi um ato de feitiçaria, aproveitou-se da religiosidade dos patrões, o julgamento tendo uma encenação, executaram os gatos de maneira elaborada. Notamos isso na ação dos operários que por ver a sua vida ameaçada em decorrência dos gatos estes os viam como ameaça ao ser humano. A piada funcionou, e usaram o patrão e sua esposa se que eles notassem.
Em “Tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial”, Thompson analisa o sentindo de aproveitamento do tempo, que muda com o decorrer dos anos.
O tempo na Idade Média, por exemplo, era medido pela natureza, Thompson buscou através dos costumes dos povos primitivos, comunidades pequenas, através de suas atividades diárias, muitas vezes iguais, buscou a notação do tempo, onde “o relógio diário é o gado”. A notação de tempo surge na orientação pelas tarefa, surgindo um problema quando se emprega a mão-de-obra
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