Resumo Iluminismo
Por: João Paulo Dos Santos • 4/10/2022 • Resenha • 1.224 Palavras (5 Páginas) • 128 Visualizações
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ILUMINISMO
- Mudança de comportamento e mentalidade por conta do surgimento de novas ideias;
- As ideias vindas do Iluminismo existem desde o Renascimento Cultural.
- Século XVIII: Século das Luzes;
- A imagem de que o mundo estava imerso nas trevas e o único modo contornar essa situação era com o conhecimento;
- Definição de Immanuel Kant (1724-1804): um processo de esclarecimento, a partir do qual o ser humano sairia de sua menoridade graças ao uso da razão e ao exercício da liberdade de pensamento;
- Oposição entre a luz iluminista e as “trevas” do pensamento religioso da Idade Média.
- Precursores do movimento: Descartes, John Locke, Isaac Newton;
- Analogia ao Mito da Caverna (Platão): uma sociedade imersa em trevas, mas que pode conhecer a verdadeira realidade por meio do conhecimento lógico e racional;
- Empirismo (investigação) e Racionalismo (supremacia da razão);
- Enciclopédia: publicada na França entre 1751 e 1772, sob a direção dos filósofos Denis Diderot e Jean D’Alembert – compreendia 17 volumes e organizada com base na “árvore de conhecimentos humanos”.
- Manifesto do pensamento iluminista que, em nome da razão, valorizava o estudo das ciências, das artes, da geografia, da história, libertando o conhecimento dos preceitos religiosos;
- Desafiava os dogmas católicos ao classificar a religião como um entre outros ramos da filosofia.
- John Locke
- Defendia que as pessoas nascem com direitos naturais, como direito a vida, a propriedade;
- As pessoas, em coletivo, decidiram sair do seu estado de natureza e a partir de um contrato, montar a sociedade e o Estado para proteger esses direitos naturais. Nesse sentido, caberia ao Estado garantir a manutenção desses direitos e, caso o governante – por Contrato Social – não cumprisse com suas obrigações, caberia a própria sociedade o direito de rebelião;
- Muito presente no processo de Revolução Inglesa.
- Além de se chocar com a Igreja, os iluministas bateram de frente com o absolutismo e o Antigo Regime: uma sociedade caracterizada pela rígida estratificação social, com 3 grandes restados: o clero, a nobreza e o povo;
- O Antigo Regime era uma sociedade que celebrava a desigualdade, legalizando privilégios os quais somente uma pequena parcela dos súditos do rei podiam desfrutar (o Absolutismo como base de sustentação).
- Montesquieu (1689 – 1755)
- Principal obra: O espírito das leis (1748);
- Sustentava a divisão do poder do Estado em 33 instâncias: executivo, legislativo e judiciário;
- Os governos, nesse modelo, deveriam executar as leis elaboradas pelas assembleias representativas da sociedade, e a justiça ficaria a cargo de um poder independente;
- Monarquista, mas contrário à concentração de poder;
- “A lei deve ser como a morte”: a lei tem que chegar para todos da mesma forma.
- Voltaire (1694 – 1778)
- Principal obra: Dicionário filosófico (1764);
- Era a favor de uma “monarquia ilustrada”: considerava que o Estado não deveria existir para servir ao rei, mas para atender as necessidades dos súditos e defender a “felicidade pública”;
- “Somos todos iguais como homens, mas não somos iguais na sociedade”;
- Ironizava a Igreja e o Absolutismo, defendendo a liberdade de expressão;
- “O povo tolo e bárbaro precisa de uma canga, de um agulhão e feno. Se a canalha se põe a pensar, está tudo perdido”: olhar negativo em cima da maior parcela da sociedade, precisam ser conduzidos pois não conseguem pensar por si só e se o fizerem tudo dará errado;
- Condenava o Absolutismo, porém defendia a necessidade de uma Monarquia centralizada em que o rei seja assessorado pelos filósofos (“monarquia esclarecida”);
- A sociedade, segundo Voltaire, devia ser reformada mediante o progresso da razão e o incentivo à ciência e a tecnologia;
- Introduziu reformas na França como a liberdade de imprensa, um sistema imparcial de justiça criminal, tolerância religiosa e redução dos privilégios da nobreza e do clero.
- Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778)
- Principais obras: Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1754) e Contrato social (1762);
- Rousseau defendia que, em seu estado natural, o homem era bom, e só se corrompia na sociedade;
- Afirmava que as primeiras sociedades humanas vivendo em conformidade com a natureza, revelam a igualdade ideal. Com o desenvolvimento da economia e da propriedade, sugiram as ambições, a competição, o individualismo, corrompendo-se a natureza humana;
- Thomas Hobbes na obra Leviatã (1651) sustentava que a natureza humana era essencialmente egoísta: “O homem é o lobo do homem”;
- O Estado seria um organismo surgido de uma espécie de “contrato” ou “pacto” entre as pessoas, que delegavam a uma autoridade o poder de frear as ambições destrutivas de cada um;
- O contrato social proposto por Rousseau era totalmente diferente;
- Para resgatar o espírito de fraternidade característico do indivíduo natural, defendia um Estado representativo da soberania de povo: o soberano só seria legítimo como mandatário do povo, do contrário, seria tirano;
- Opunha-se à monarquia; considerava a República como a forma mais perfeita de governo.
- Fisiocracia
- Nome dado à primeira escola de economia científica, surgida no século XVIII, onde o sistema econômico era visto como um organismo regido por leis inerentes ao cosmo;
- Nesta escola econômica desenvolveu-se a ideia da terra como fonte de toda a riqueza;
- A palavra fisiocracia possui origem nas raízes grega “fisios” (natureza) e “kratia” (governo), que dão origem à expressão “governo da natureza”;
- Com tal conceito em mente, foi desenvolvida pelos fisiocratas a ideia central de governo da natureza e de liberdade de ação, em oposição aberta as complexas regulamentações governamentais que estavam por trás do mercantilismo;
- Principais características do pensamento fisiocrático
- Ordem natural: conceito introduzido pelos fisiocratas, em que a economia funcionava por uma ordem natural inerente e pré-existente. De acordo com essa premissa, as atividades humanas deveriam ser mantidas em harmonia com as leis naturais;
- “Laissez faire, laissez passer” (deixe fazer, deixe passar): expressão creditada a Vincent de Gournay e que é resumo de um conceito caro aos fisiocratas, que determinava que os governos não deveriam interferir nas atividades humanas, sendo que estas
estariam em conformidade com as leis naturais;
- Ênfase na agricultura: era consenso entre os fisiocratas que a indústria, comércio e manufatura estavam subordinadas à agricultura, e, em menor proporção, à mineração, por serem estas as fontes de riqueza, enquanto que os demais setores não detinham o fator produção, sendo, na concepção fisiocrata, meros transformadores;
- Reforma tributária: sendo a agricultura a atividade nuclear no desenvolvimento do modelo fisiocrata, os seguidores de tal doutrina econômica acreditavam que países como a França (a esmagadora maioria dos fisiocratas era de intelectuais franceses) deveriam unificar a série de impostos existentes, transformando-o num único imposto, a ser cobrado da atividade agrícola, tendo como foco principal os grandes donos de terra.
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