Resumo de Sapiens – Uma Breve História da Humanidade

Resumo de Sapiens – Uma Breve História da Humanidade

Esse livro, sem sombra de dúvidas, foi um dos maiores incômodos a ser lido e um dos mais incríveis, que faz muitas indagações polêmicas relacionado a questões sociais, políticas, religiosas e como o autor relaciona toda a existência do Estado, crenças e desenvolvimento do capitalismo abordando no que ele denomina por realidades inventadas. Nessa gama de perguntas a ser levantadas no desenvolver de sua obra, Harari vai elucidar ao longo da história da humanidade, 3 revoluções essenciais para o ser humano: revolução cognitiva, revolução agrícola e revolução científica.

A "realidade imaginada” é um conceito central em Sapiens. O autor vai fazer várias provocações e talvez a maior delas na obra seja a realidade imaginada, que se refere às ficções que o homo sapiens desenvolveu em histórias, mitos, fantasias e ideias, desenvolvendo e compartilhando até a civilização atual, criando uma coesão social para cooperar em grande escala.

Harari argumenta que a capacidade de os Homo sapiens criarem e compartilharem histórias foi fundamental para o sucesso da espécie. A linguagem permitiu que os seres humanos compartilhassem ideias, crenças e valores, o que por sua vez permitiu a cooperação em grupos muito maiores do que qualquer outra espécie. Ao longo da digressão dos argumentos de Harari, você vai questionando toda a realidade em sua volta, ele nos diz que os seres humanos desenvolveram mitologias e religiões que ajudaram a explicar o mundo, definir normas morais e criar uma realidade imaginada. Isso uniu comunidades e permitiu que elas cooperassem entre si. O autor explora como o dinheiro, uma construção imaginária, desempenhou um papel fundamental na criação de economias complexas. As pessoas compartilham a crença de que notas e moedas têm valor, e isso permite a troca de bens e serviços no mundo todo. Ele também discute como as nações modernas são baseadas em narrativas compartilhadas de identidade nacional, história e cultura. Essas narrativas são frequentemente usadas para unir pessoas, mas também podem levar a conflitos quando diferentes grupos têm ideais contrários.

Instituições modernas, como a ciência, dependem de narrativas compartilhadas. A ciência é baseada na crença de que as teorias científicas são verdadeiras e válidas, mesmo que sejam complexas e abstratas. Da mesma forma, a ficção, como romances e filmes, cria realidades alternativas que as pessoas compartilham e exploram. Harari também aborda os desafios contemporâneos relacionados à narrativa compartilhada, como a disrupção causada pela tecnologia da informação e a polarização política. As redes sociais e a disseminação rápida de informações podem criar narrativas compartilhadas divisivas e até mesmo falsas.

O autor ressalta como as revoluções agrícola, científica e industrial transformaram radicalmente a sociedade humana. Elas nos trouxeram benefícios significativos, como conforto material e avanços tecnológicos, mas também desafios sérios, como desigualdade econômica e ameaças ao meio ambiente. O livro nos lembra que enfrentamos desafios urgentes, como a inteligência artificial, a manipulação genética e a degradação ambiental, que têm o potencial de alterar fundamentalmente a natureza da humanidade. Harari nos encoraja a considerar cuidadosamente como enfrentar essas questões éticas e tecnológicas em evolução.