Síntese “Folclore, Antropologia e História social” E. P. Thompson
Por: jakaliny • 23/1/2017 • Trabalho acadêmico • 687 Palavras (3 Páginas) • 2.310 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
INSTITUTO DE ESTUDOS DO TRÓPICO ÚMIDO
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
Disciplina: Matrizes do Pensamento Historiográficos do século XX
Docente: Eduardo Salgueiro
Discente: Jaqueliny Velozo
Síntese “Folclore, Antropologia e História social”
E. P. Thompson
Xinguara- PA
2016
A síntese a seguir é um capítulo “Folclore, Antropologia e História Social” do livro “As peculiaridades dos Ingleses e outros artigos” escrito pelo Historiador inglês E. P. Thompson e traduzido por Antônio Luigi Negro, Paulo Fontes e Alexandre Fortes é uma obra organizado após a morte do autor por haver contribuições aos estudos históricos no conceito de classes sociais, experiência e cultura e com sua concepção teórico-marxista, conhecido por muitos como o maior historiador do século XX.
A obra Folclore, Antropologia e História Social é uma historiografia do folclore na Inglaterra antes da revolução Industrial no final do sec. XVII e inicio do século XIX pois para o autor essa mudança de modos de trabalhos de produção artesanal para a industrias submeteria a sociedade de costumes caseiros, práticas agrárias a uma sociedade dirigida e de ordens, fazendo com que seus costumes tradicionais mudasse do hábito oral para uma “historia das ideias” expressão usada por Thompson para enfatizar que ficaria somente em pesquisas desses costumes do homem no tempo.
Ao escrever sobre essa historiografia utilizou fontes oitocentista, ou seja, materiais escritos pelos folcloristas desde que utilizados com cuidados já que antes os costumes e tradições eram considerados heranças de uma sociedade primitiva e perdida, e fez com que o cristianismo a denominasse certos ritual como, por exemplo, culto a fertilidades como paganismo sem considerar o seu significado.
As primeiras fontes folclóricas recolhidas que o autor cita no texto são as da família ariana colhidas nas choupanas da Escócia, nos salões de fiandeiras na Alemanha e nos bazares e monastérios de Ceilão, como observa Thapar argumenta que essa herança cultural provocou certa preferencias pela cultura indiana entre os etnógrafos e indólogos europeus, e não teve contribuição para os estudos folclóricos, pois como aborda o autor trazendo a contribuição de Tylor o importante era perceber de como essas tradições ligavam os povos da atualidade com os primitivos e se eram do mesmo tipo sanguíneo, ou seja, tradições biológicas, fazendo com que costumes e crenças fossem examinados com cuidados, percebendo-se uma distância de cultura no tempo e suas transformações, onde esses estudos folclóricos não se teve crédito dentro das universidades britânicas, porem os antropólogos da Grã-Bretanha alegava que foram comparados de modos incorretos fora do seu contexto total.
Na Inglaterra no século XVIII e XIX o folclore como aborda Thompson são fragmentos coletados por padres e estudantes de coisas antigas, onde foram coletados durante a pesquisa em dois vilarejos canções, histórias, adivinhações e provérbios e algumas simpatias. O que o autor enfatiza sobre esses materiais coletados é que eles possam ser reestudados e elaborar novas perguntas procurando recuperar os costumes perdidos e as crenças que cercavam essa população.
O que Thompson pede é a atenção às formas, aos gestos desses costumes, pois eles podem contribuir para o conhecimento Histórico, e certas posições só podem ser entendidas se recuperar os hábitos cotidianos de uma época, não fazendo criticas a essas fontes folclóricas e sim emprega-las para compreender questões desconhecidas pelos antigos folclores, sendo assim, a antropologia pode fazer descobertas não apenas de sociedades particulares e sim, de sociedades no geral, e a história é uma disciplina que trabalham com contextos e processos.
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