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Teorias de David Ricardo

Por:   •  12/10/2015  •  Resenha  •  2.013 Palavras (9 Páginas)  •  951 Visualizações

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Nome: Naumy Ortolani Carvalho

Curso: História – Turma B

Disciplina: História do Pensamento Econômico

Relatório do texto: “David Ricardo: Análise das Quotas de Participação”-E.K Hunt

Este relatório tem como objetivo expressar os conhecimentos adquiridos através da leitura do texto referido.

O texto começa referindo-se ao contexto em que David Ricardo refletiu sobre os fatores econômicos que o levaram a formular teorias para melhorar o funcionamento desse sistema, Ricardo foi um dos principais contribuidores para a economia Inglesa e mundial do século XIX e proporcionou grandes mudanças nos setores de produção, fundamentou suas teorias com base na obra “A Riqueza das Nações” de Adam Smith.

As questões econômicas na Inglaterra passavam por profundas mudanças inerentes da revolução industrial que acontecia em toda Europa, isso afetou intensamente o sistema monetário do país, e esse foi um dos focos das pesquisas de Ricardo.

Este sistema era baseado em ouro, pelo qual grande parte da moeda e do dinheiro de papel poderiam ser trocados, esse processo foi suspenso após o final das guerras Napoleônicas, pois o valor da moeda Inglesa não poderia ser comparada ao valor do ouro.

Uma de suas primeiras publicações intitulada “O Alto Preço dos Metais Preciosos: Uma da Depreciação das Notas Bancárias” retrata a instabilidade monetária do país e aponta os problemas decorrentes da emissão de moeda-papel, daí surge a Teoria Quantitativa da Moeda, onde mostra que a emissão monetária acima das necessidades, causa elevações nos preços. A oferta de moeda e sua velocidade de circulação no sistema econômico definem os níveis dos preços e de produção de bens e serviços.

Outra obra ressaltada pelo texto foi “O Ensaio Sobre a Influência de Um Baixo Preço do Trigo Sobre os Lucros de Estoque”  critica as Leis do Trigo que proibiam a importação dos cereais sempre que o preço interno tivesse alguma queda, por esse motivo defende o livre comércio de cereias. O preço dos cereais estaria vinculado diretamente às repartições de renda, ao crescimento da população, às vantagens recíprocas do comercio internacional e aos níveis dos salários de subsistência, sendo de suma importância para o progresso econômico e social.

David Ricardo produziu teorias para “aliviar” as consequências da instabilidade do valor do dinheiro em seu país, e medidas foram tomadas para a reestabilizar a nação. Os planos consistiam em limitar a oferta de moeda-papel e a troca dele por outros meios de negociação comercial, mais tarde adaptou-se á esse plano o uso de uma moeda mista.

Seus trabalhos voltados aos assuntos que eram discutidos e priorizados na época o fizeram um dos maiores pensadores de assuntos ligados á economia e á política, incluindo os aperfeiçoamentos da agricultura que era o principal fator da produção inglesa, porém, sofreu inúmeras críticas por ser um autor abstrato, mas seus conhecimentos econômicos eram inegáveis.

As aplicações de suas teorias facilitaram o aumento de produção, da força de trabalho e do acúmulo de capital, principalmente o que era proveniente do comércio exterior.

A Teoria do Valor de Troca, trata-se  da  valorização do trabalho que é tido como expressivo produto de troca, e que valeria tanto quanto qualquer outro bem de consumo, pois o trabalho é necessário em qualquer tipo de produção. Existia também a necessidade de estabilizar o valor comercial e o capital investido nele, assim pretendia facilitar as trocas e a amortizar os efeitos causados pelas alterações de preços , que variavam por decorrência de acréscimos e decréscimos no fluxo monetário , referia-se a preço como o trabalho incorporado nas produções.

Para que algo tenha valor de troca é necessário que tenha alguma utilidade, e quanto mais o produto for escasso mais valor ele terá, pode-se também medir o valor de um produto através da quantidade de  trabalho e a remuneração investida para produzi-lo, pois o capital engloba também a remuneração, pensando assim a mão de obra  esteve presente durante toda a história, em consequência a troca dela por algo de valor seria algo natural.

O trabalho não é sempre o mesmo, isso depende dos bens produzidos, são distintos tanto quantitativamente quanto qualitativamente, o que afeta diretamente as trocas salariais, porém, se um trabalhador é melhor remunerado do que outro, trará o mesmo efeito econômico para o produtor, pois ele terá a necessidade da aplicação de mais capital para aumentar a quantidade de trabalho e obter maior lucro de produção. O lucro seria proporcional ao capital investido nas produções e não afetariam no valor de troca , o valor de um bem tem relação com a quantidade de trabalho que ele demanda para ser produzido.

Toda produção proveniente da apropriação de terras pode apresentar variações no valor dos bens, pois uma compensação deveria ser paga ao proprietário da terra pelos poderes que eles teriam sobre o solo. A terra para Ricardo é um bem livre, e deve-se pagar por seu uso quando a sociedade progride e o consumo aumenta , isso traz a necessidade de trabalhar terras de segundo nível, com menor fertilidade,as que possuem maiores condições de cultivo valem mais, terras menos produtivas dependem de maior aplicação de trabalho para obter o mesmo lucro que com as terras mais preparadas , a renda dessas terras dependerá do seu grau de produção, os produtos finais, mesmo sendo os mesmos, serão de qualidade e investimentos distintos , não podem sofrer alterações em seus valores de troca, independente do trabalho e da terra em que foram cultivadas , regula-se o preço para que ambos tenham o mesmo valor, o proprietário da terra superior terá maio lucro e deverá aplicá-lo para produzir ainda mais.

Para Ricardo o que determina o valor econômico de uma mercadoria é a quantidade de trabalho aplicada á ela, sendo o trabalho o único elemento que realmente gera valores, o produto que demandar mais trabalho para ser produzido valerá mais do que o de fácil produção. Logo os trabalhadores geram toda a riqueza.

A distribuição dessas riquezas também é tratada por Ricardo, o progresso dos rendimentos é o que determina os salários e os lucros. Os salários seriam distribuídos conforme a mão de obra aplicada na produção,no entanto, esse valor não sofre variações e será proveniente apenas do que o fundo salarial dispõem através do que o produtor lucrou. Isso leva Ricardo a afirmar que o que o trabalhador receberá será suficiente apenas para sua subsistência e perpetuação de sua classe, sem expectativas de melhorias nas condições de vida.

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