União Africana: Alternativa para o desenvolvimento
Por: a_edimar • 18/8/2015 • Artigo • 795 Palavras (4 Páginas) • 346 Visualizações
UNIÃO AFRICANA: UMA ALTERNATIVA PARA DESENVOLVIMENTO?
A criação da União Africana ( UA) em Durban, na África do Sul, em 9 de julho de 2002, teve a finalidade de conduzir os esforços conjuntos dos países africanos para um nível superior em termos de desenvolvimento. Ela foi criada em substituição à Organização da Unidade Africana (OUA), fundada na Etiópia em maio de 1963.
Naquele momento histórico as principais tarefas da OUA foram conduzir os processos de libertação nacional, propiciar apoio econômico, militar e diplomático aos movimentos de luta pela descolonização, contribuir para a sua unidade e divulgação de suas atividades, o que no geral, teve sucesso.
A União Africana (UA) surge noutro contexto histórico, a globalização; sem o apartheid na África do Sul; Angola e Moçambique livres de conflitos e havia avanços democráticos no continente africano.
No contexto da globalização tornou-se importante a existência de blocos regionais econômicos para as grandes negociações que se apresentavam e, ainda se apresentam, a UA veio para suprir esse papel no continente africano, e dessa forma superar os desafios do desenvolvimento econômico da África.
Além disso, a União Africana surgiu como elemento de cooperação e benefício mútuo entre os países pertencentes a ela, embora só isto não seja o suficiente para o total desenvolvimento do continente. Há também as questões sociais, institucionais e a estabilidade política. Mesmo assim, segundo a observação de alguns analistas a UA assemelha-se na estrutura e formatação à União Europeia e surpreende pela sua complexidade e gigantismo, atualmente há 53 países membros da organização.
A UA foi criada também para eliminar o flagelo dos conflitos, seus principais órgãos são a Assembleia de Chefes de Estado e de Governo; o Conselho Executivo, integrando pelos Chanceleres; o Comitê Permanente de Representantes, composto pelos Representantes Permanentes dos Estados – Membros em Adis—Abeba ( Etiópia); e Comissão da UA; o Parlamento Pan – Africano, a Corte de Justiça; o Conselho de Paz e Segurança; o Conselho Econômico e Social e a Corte de Justiça, os Comitês Técnicos Especializados e Instituições Financeiras.
O Presidente da Zimbabwe, Robert Mugabe, é o atual Presidente em exercício da UA. A presidência da Comissão é exercida por, Nkosazana Dlamini Zuma, sul-africana e ministra dos Negócios Estrangeiros da África do Sul, e também já exerceu o cargo de ministra da Saúde e dos Negócios Estrangeiros. É uma das governantes com uma carreira mais longa na África do Sul.
Recentemente, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama esteve com a presidenta da Comissão da União Africana em Addis Abeba analisando a agricultura, a energia e o abastecimento da energia elétrica viável para as populações pobres das zonas rurais africanas. Também discutiu com Nkosazana Dlamini Zuma, questões sobre a paz e segurança chegando à decisão de trabalharem juntos nestes dois ítens, em particular na solução das crises no Sudão do Sul e Burundi.
Barack Obama foi o primeiro presidente norte-americano a visitar as instalações da organização da União Africana, foi uma visita histórica.
Outra atuação recente da UA foi o lançamento, em Zimbabwe, da campanha contra casamento de crianças sob o lema "Somos Filhas e Não Esposas". Segundo o comissário da UA para os Assuntos Sociais, Mustapha Sidiki Kaloko, o lançamento da campanha no Zimbabwe vai encorajar o chefe de Estado zimbabweano e presidente em exercício da UA, Robert Mugabe, no seu compromisso de sensibilizar os homens para as questões relativas às mulheres e às jovens. A importância deste ato em Zimbabwe reside no fato de 31% das jovens antes dos 18 anos serem casadas, um dos índices mais altos da África.
...