A Agricultura No Egito
Ensaios: A Agricultura No Egito. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Carla_27 • 30/7/2014 • 861 Palavras (4 Páginas) • 1.231 Visualizações
Tema: Agricultura no Egito Antigo
Problema: Caracterize a agricultura no Egito Antigo, e qual a influência do Rio Nilo?
O Processo Agrícola no Egito Antigo se caracteriza pela forma como o plantio ocorria, em intervalos de cheias do rio Nilo, sendo este o fator fundamental para o triunfo das técnicas de agricultura. A principal cultura egípcia era a de cereais, o trigo e a cevada, basicamente semeados em um solo de extrema fertilidade. Para melhor exemplificar o contexto em se apresenta a agricultura, dissertar sobre a influência do Nilo no solo Egípcio é importante. Para isso, os textos de Roland Oliver (A Experiência Africana. Capitulo V / O Fausto do Egito, 1994), Ciro Flamarion S. Cardoso (O Egito Antigo / Economia e Sociedade, 2004) e Jean Yoyotte (História geral da África, II: África antiga. Capitulo III / O Egito faraônico: sociedade, economia e cultura, 2010) irão dar suporte suficiente para defender os argumentos usados.
Segundo Roland Oliver, a agricultura no Egito Antigo era praticada no solo de única fertilidade, devido a um processo interessante que ocorria todos os anos, entre agosto e outubro, quando o vale do Nilo, entre as regiões das cataratas e do delta eram submersos pelas águas do Nilo, isso ocasionava em uma disposição de camadas de lodo ricas em minerais, tornando o solo Egípcio naturalmente adubado, as sementes eram lançadas a terra, e os animais tangido de modo a andar sobre elas e assim enterrá-las, necessitado apenas de um mínimo de trabalho manual.
Segundo Jean Yoyotte, a prosperidade e a vitalidade do Egito Antigo, até o século XIX da Era Cristã, estiveram ligadas a cultura de cereais, havia um sistema de bacias de inundações que controlavam e distribuíam as águas das enchentes, depositando limo no interior de diques de terra, porém este sistema só durou ate o triunfo da irrigação permanente. Entretanto esse sistema só possibilitava uma colheita por ano, liberando mão de obra para outros trabalhos. “Os antigos também praticavam a irrigação permanente, obtendo água de canais ou bacias escavadas até o lençol subterrâneo.” (Yoyotte, 2010:70). Durante muito tempo os Egípcios usavam apenas a força de seus braços e pernas, para carregarem água, sendo que a irrigação por meio de valas eram feitas apenas para vegetais e árvores frutíferas. É possível que a invenção do shaduf, tenha permitido a colheita de cereais duas vezes por ano em alguns lugares. “Por não armazenar água, os egípcios ainda não eram capazes de atenuar as consequências de enchentes anormalmente baixas, que ocasionavam a infertilidade em várias bacias, e de enchentes excessivamente altas, que devastavam as terras e as habitações.” (Yoyotte, 2010:70).
Segundo Ciro Flamarion S. Cardoso, Os Egípcios tinham nas atividades agrícolas o setor fundamental da economia, podendo ser constatada em algumas cenas representadas em pinturas nas tumbas, e as produções básicas (trigo duro e cevada) eram feitas em um período muito curto. “A vida agrícola se desenvolvia segundo um ciclo bastante curto, se considerarmos as produções básicas - cereais (trigo duro e cevada em especial) e linho.”(Cardoso,2004:28), as 3 estações do ano eram determinadas pelo processo de inundação do rio Nilo, em julho – outubro, ocorria a inundação, em novembro – fevereiro, a saída
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