A Crise De 1929
Trabalho Universitário: A Crise De 1929. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: tsheylani • 10/10/2013 • 2.001 Palavras (9 Páginas) • 530 Visualizações
SENADOR JOAO BOSCO RAMOS DE LIMA
CRISE DE 1929
MANAUS/AM
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1. Introdução
O ano de 1929 pode ser considerado o marco de uma das maiores crises da história do capitalismo. Foi o ano em que os Estados Unidos foram abalados por uma grave crise econômica que repercutiu no mundo inteiro.
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918),os Estados Unidos, foram os principais fornecedores dos países europeus, exportando grandes quantidades de produtos industrializados, alimentos e capitais (sob a forma de empréstimos).
No pós-guerra, os Estados Unidos, tornaram-se a maior potência econômica do mundo. Em 1920, a indústria norte-americana produzia quase 50% de toda a produção industrial do mundo. Por quase toda a década de 20, a prosperidade econômica gerou nos norte-americanos um clima de grande euforia e de consumo desenfreado, gerando o modo de vida americano (American wayoflife), como modelo de progresso. Viver bem significava consumir cada vez mais.
Porém, no final da década de 20, a produção norte-americana atingiu um ritmo de crescimento muito maior do que a demanda por seus produtos, gerando uma crise de superprodução.
Em 1929, os Estados Unidos conheceram uma profunda crise econômica, com a queda da Bolsa de Valores de Nova York, que gerou uma grave crise interna, um alto índice de desemprego e que acabou afetando vários países do mundo.
2. E.U.A - SITUAÇÃO APÓS A PRIMEIRA GUERRA
A Primeira Guerra fez com que os EUA surgissem como a principal economia do planeta. As transações de produtos industriais e agrícolas se ampliaram com a abertura de créditos aos países aliados, seguidas pela concessão de empréstimos à Inglaterra, França e, posteriormente, Alemanha. A produção norte-americana destacou-se nos setores da indústria bélica, de material de campanha e alimentos. Os EUA se tornaram o maior credor do mundo e no final dos anos de 1920, o país respondia por mais de 42% da produção global.
Enquanto a França, Inglaterra e Alemanha juntas detinham 28%. O fim da guerra provocou uma pequena queda na economia. Mas logo o crescimento econômico foiretornado, quando a França e a Inglaterra passaram a saldar suas dívidas com os EUA. Esse período ficou conhecido como “Big Bussines”, ou grandes negócios, caracterizado por uma superprodução de mercadorias e um mercado em expansão.
2.1 A Economia em 1924
A economia mundial em 1924 parecia retomar o crescimento, embora o desemprego nos países da Europacontinuasse muito alto, com 12% na Inglaterra e 18% na Alemanha. A superprodução foi característica de todo esse período, favoreci da pela política de liberalismo econômico, responsável pelo aumento dos estoques, pela queda nos preços, pela redução dos lucros e pelo desemprego.
2.2 A crise dos Agricultores Norte- Americanos
Com o início da recuperação do setor produtivo dos países europeus, a produção norte-americana começou a entrar em declínio. Essa situação expressou -se principalmente no setor agrícola, com o aprofundamento da queda dos preços dos produtos primários.
A crise dos agricultores seria o prenúncio de 1929, ou seja, na medida em que as exportações diminuíam os grandes proprietários não conseguiam saldar.
Além disso, as ações tinham se sobrevalorizado imensamente num movimento de especulação financeira.
3. MOTIVOS QUE LEVARAM À CRISE
Os motivos que levaram a crise financeiraforam o aumento contínuo da produção industrial, com a falta de consumidores no mercado, como por exemplo, a produção de automóveis, que declinou de 600 mil unidades em março de 1929 para 300 mil em outubro do mesmo ano. Ocorreu também a recuperação da economia dos países europeus, logo após a 1ª Guerra Mundial, que por sua vez eram fortes compradores dos EUA.
Os agricultores também pegavam empréstimos para armazenar seus cereais e logo a pós perdiam suas terras. Então a crise chegou aomercado de ações da Bolsa de Nova York. Ocorreu a compra e a venda de ações e títulos diversos. Não se atentaram para a economia real, como se os preços das ações estivessem acima do valor da empresa. O dinheiro por sua vez foi desviado da produção para os negócios em títulos e ações, e estes negócios estavam com valores muito elevados, o que gerou a especulação, que nada mais é do que operações financeiras que visam lucro, vendendo e comprando papéis que oscilam seus valores conforme o andamento e desenvolvimento do mercado.
Os papéis das ações despencaram, ocasionando o crash (quebra/colapso súbito e total) o que gerou a diminuição de produção nas indústrias, bem como a demissão de funcionários. Milhares de indústrias e empresas rurais foramà falência e pelo menos 12 milhões de trabalhadores norte-americano s perderam seus empregos. Com isso, os EUA reduziramsuas importações e suspenderam os empréstimos a outros países, o que gerou a crise mundial.
Terça-feira, 29 de outubro, foi o dia mais devastador da história do mercado de ações de Nova York, e possivelmente o dia mais devastador da história de todos os mercados. Reuniu todos os aspectos ruins de todos os dias ruins anteriores. [...] A incerteza e o temor foram tão grandes quanto em qualquer daqueles dois dias.
4. REAÇÃO A CRISE
As consequências da crise logo refletiram na vida das pessoas, onde houve principalmente a diminuição do consumo, falência de diversas fábricas, o aumento da taxa de desemprego e de suicídios.
A reação inicial do governo norte-americano à crise econômica contribuiu para aprofundar ainda mais o ciclo recessivo, pois não houve qualquer tentativa do presidente Herbert Hooverde adotar medidas que estimulassem o restabelecimento das atividades econômicas e aliviassem as altas taxas de desemprego norte-americanas.
Abalados pela crise, os Estados Unidos reduziram a compra de produtos estrangeiros e suspenderam os empréstimos a outros países. Um exemplo disso é o Brasil, que tinha os Estados Unidos como principal
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