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A Crise De 1929-1932

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Por:   •  18/7/2014  •  1.453 Palavras (6 Páginas)  •  581 Visualizações

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A crise de 1929-1932, cuja sua força e profundidade marcaram o mundo do capital, acarretou mudanças significativas para o capitalismo, onde Após a Segunda Guerra Mundial instaura-se uma nova fase de um capitalismo maduro e assinalado pela intervenção do estado como regulador e fiscalizador da economia. No período pós crise (1929-1932) e principalmente pós guerra, a burguesia contesta a economia vigente com base nas propostas de superação da intensa crise do liberalista heterodoxo Keynes, que em seu famoso livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (1936), defendeu a intervenção do estado com a intenção de reavivar a produção, dentre as propostas de Keynes, estavam: geração do pleno emprego e crescimento econômico; instituição de serviços e políticas sociais com vistas a criar demanda e ampliar o mercado de consumo; e um amplo acordo entre capital e trabalho. A partir desse momento, Keynes rompe parcialmente com o liberalismo, pois acreditava que o capitalismo era incapaz de regulamentar as condições de sua própria reprodução e que as escolhas individuais, tanto por parte dos empresários (entesourar ou investir), quanto por parte dos consumidores (poupar ou comprar) poderiam causar a insuficiência de demanda efetiva e o desemprego, levando a uma crise. De acordo com Keynes, cabe ao Estado, a partir de sua visão de conjunto, o papel de restabelecer o equilíbrio econômico por meio de uma política fiscal creditícia e de gastos, realizando o investimento ou inversões reais que atuem nos períodos de depressão como estímulo a economia. Ao keynesianismo agregou-se o pacto fordista, o qual proporcionou mais que uma mudança técnica, com a introdução da linha de montagem e da eletricidade. O fordismo inovou ao combinar produção em massa com o consumo em massa, foi marcado também pelos rigorosos estudos realizados no aumento da produtividade do trabalho, disciplinando os trabalhadores nas novas formas de organização racional da produção, cujo objetivo era diminuir a porosidade de tempo no âmbito da jornada de trabalho (introduzindo a jornada de oito horas), otimizando o processo de valorização do capital. O keynesianismo associado ao fordismo, constituíram os pilares do processo de acumulação acelerada do capital no pós-1945 (os “anos de ouro), com forte expansão da demanda efetiva, altas taxas de lucro (fundada numa superexploração dos trabalhadores), elevação do padrão de vida das massas no capitalismo central e um alto grau de internacionalização do capital. Neste período houve uma melhoria efetiva na qualidade de vida dos trabalhadores fora da fábrica e também uma sensação de estabilidade no emprego (o que aumentava o consumo). Na metade de 1960 iniciou-se o esgotamento dos “anos de ouro”, com uma significativa diminuição dos lucros, origem do desemprego estrutural (causado também pelas tecnologias poupadoras de mão-de-obra), o crescimento das dívidas públicas e privadas e a explosão da juventude em 1968 em todo o mundo. diante disso, o Estado perde significativamente a efetividade prática de sua ação (que começa a ser questionada pelas elites político-ecnômicas), instaurando uma crise fiscal, decorrente da ampliação das demandas sobre o orçamento público e da diminuição dos recursos, tornando a “guerra” na destinação desses recursos cada vez mais acirrada. Diante da situação o Estado vê-se num impasse entre promover ou não as políticas públicas, pois quando a regulação estatal cede aos interesses do trabalho, multiplicam-se as reclamações do empresariado. Para a política social, esse conjunto de tendências e contratendências que constituem o capitalismo em sua fase madura traz conseqüências importantes. O chamado “consenso pós-guerra” permitiu o estabelecimento de alianças entre partidos de esquerda e direita e asseguraram o estabelecimento de acordos e compromissos que permitiram a aprovação de diversas legislações sociais e a expansão do chamado welfare state. Esse “consenso” institucionalizou a possibilidade de estabelecimento de políticas abrangentes e mais universalizadas. Pierson (1991:130) aponta três elementos que marcaram a “idade do ouro” das políticas sociais, como também as origens e o desenvolvimento do welfare state: O crescimento do orçamento social em todos os países da Europa que integravam o OCDE; o crescimento da população idosa nos países capitalistas centrais e o aumento da população economicamente ativa; o crescimento seqüencial de programas sociais no período. Para Marshall, o que realmente marcou a emergência do welfare state foi a superação da óptica secundária e a incorporação de um conceito ampliado sobre seguridade social com o Plano Beveridge na Inglaterra. Para Mishra (1995) o welfare state difere da compreensão genérica de política social e os princípios que o estruturam são aqueles apontados no Plano Beveridge. Na mesma linha de raciocínio Johnson (1990: 17) aponta como as principais mudanças ocorridas e que definem o que é welfare state: introdução e ampliação dos serviços sociais em que se incluem a seguridade social, o serviço nacional de saúde, os serviços de educação, habitação, emprego e assistência aos idosos, as pessoas com deficiência e as crianças; a manutenção do pleno emprego; e um programa de nacionalização. O trabalho de formulação de propostas relativas aos três pilares que constituem o welfare state inglês (saúde, seguros e educação) foi confiado a três Comissões que apresentaram, cada uma, um plano para essas áreas. No Brasil, a política e a economia foram fortemente abaladas pelos acontecimentos mundiais das três primeiras décadas do século XX, e mais ainda após a crise de 1929-1932, quando

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