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A Crise Dos Anos 1920 E A Revolução De 1930

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Por:   •  2/11/2014  •  8.872 Palavras (36 Páginas)  •  615 Visualizações

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Resumo: A CRISE DOS ANOS 1920 E A REVOLUÇÃO DE 1930

A CRISE DOS ANOS 1920 E A REVOLUÇÃO DE 1930

(Marieta Moraes Ferreira) A década de 1920 já foi um período de grandes transformações para o sociedade brasileira. Economicamente, o Brasil viveu um período de altos e baixos, pois ao mesmo tempo em que viu o declínio dos preços do café, houve um significativo crescimento no setor cafeeiro e das atividades a ele vinculadas. Adiversificação da agricultura, maior desenvolvimento das atividades industriais, a expansão de empresas já existentes e o surgimento de novos estabelecimentos ligados a indústria, foram importantes no processo econômico brasileiro. Junto a isso, também havia ampliação nos setores urbanos com o crescimento das camadas médias e da classe trabalhadora.

OS FUNDAMENTOS DO SISTEMA POLÍTICO NA PRIMEIRA REPÚBLICA Três problemas foram fundamentais nesse período: geração de atores políticos, relação entre os poderes executivos e legislativos e o da interação entre poder central e poder regional. A política dos governadores teve como objetivos confinar as disputas políticas em cada estado, impedindo conflitos oligárquicos que ultrapassassem as fronteiras regionais e provocando instabilidade política no plano nacional. A política do café com leite, ou aliança entre Minas Gerais e São Paulo mesclava em maior ou menor grau a instabilidade e imprevisibilidade. O fato político apontado como desencadeador do coronelismo foi o federalismo implantado no país pela constituição de 1891, que concedeu ampla margem de autonomia aos estados e criou um novo ator político, o governador. Já o fato econômico pela manifestação do fenômeno, foi a crise dos fazendeiros, que acarretou o enfraquecimento do poder político dos coronéis. Numa espécie de barganha, onde a moeda era o voto, o poder público alimentava o poder local com uma autonomia extralegal em troca do voto. Como resultado desse modelo, os conflitos políticos foram minimizados e as sucessões presidenciais marcadas por disputas controladas. No início da década de 1920, esse sistema apresentou sinais de esgotamento com a eclosão de vários conflitos no interior das oligarquias. A CISÃO INTRA OLIGARQUICA E A REAÇÃO REPUBLICANA Embora tenham diferentes interpretações sobre a reação republicana, o fato é que percebesse uma dissidência oligárquica interestadual e uma tentativa de construção de um eixo alternativo de poder que ampliasse a participação das oligarquias de segunda grandeza no jogo do federalismo brasileiro, além disso, a reação republicana tinha interesse em mobilizar as massas urbanas, embora as propostas estivessem ligadas aos interesses oligárquicos. Voto secreto e educação eram também propostas desse grupo. Embora Nilo Peçanha tenha se misturado as camadas urbanas do Distrito Federal, proclamando seu discurso progressista, em seu estado natal, seu papel era de oligarca. As diferentes práticas adotadas visando ampliar as possibilidades de vitória da chapa da reação republicana, o desenrolar da campanha sucessória e a aproximação do pleito, evidenciavam os limites dessas estratégias. Os conflitos entre os militares e o governo federal já haviam marcado vários momentos da política republicana. A posse de Epitácio Pessoa e a posterior escolha de civis para ocupar as pastas militares durante seu governo só fizeram acirrar as dificuldades. O arquivo de Nilo Peçanha traz informações significativas sobre suas ligações com os militares ao longo de todo o semestre de 1921. O ponto culminante desse processo de aproximação se deu com o episódio das chamadas “cartas

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