A Cultura Centro oeste

Cultura Centro-Oeste

1. Danças típicas

a. Cururu e o Siriri

Uma dança encontrada nos estados de Goiás e Mato Grosso é o Cururu; com um caráter religioso, introduzida pelos missionários jesuítas nas festas cristãs. Os instrumentos musicais utilizados são viola de cocho e ganzá, qual é tocado por homens que improvisam toadas trazendo desafios, grupos quais são formados por homens acima dos 40 anos. (OSORIO 2012)

O siriri é uma dança da região de mato grosso, feita em pares, em roda e fileiras, ao som de reco-reco, viola de cocho e tambor. As pessoas vestem calças escuras, blusas de mangas compridas em tons neutros, sapato social e chapéu. Improvisados, os grupos incorporam elementos cênicos dentro da dança – estandartes de santos, arranjos de flores, balaios, peneiras, quadros com motivos da flora e da fauna – e as chamadas figuras lendárias. (OSORIO 2012)

A quantidade de vezes que cururu se apresentam nas noites de festival é menor em relação ao siriri: geralmente, há duas apresentações de cururu e oito de siriri. Os grupos de cururu tem o foco nas músicas e nas toadas, se relaciona com as dinâmicas de Cuiabá, expondo formas de viver a cidade. Enquanto a música é voltada para o aspecto religioso, o siriri entoa cantigas que falam do dia-a-dia. Outra distinção é que as letras de siriri podem obter um tamanho e estrutura variáveis, com rima ou sem, tornando-se semelhante algumas cirandas infantis. (OSORIO 2012)

2. Comemorações culturais

A uma invenção e uma reinvenção de duas manifestações culturais festivas no estado de Goiás, são as Cavalhadas que ocorrem durante a festa do Divino Espírito Santo, em Pirenópolis; e a Procissão do Fogaréu, parte da Semana Santa na cidade de Goiás, que trazem o símbolo da cultura e da identidade de goiana. Atualmente, compõem o calendário turístico do estado, expressando uma identidade cultural nata. (BRANDÃO, 1974)

1. Procissão do Fogaréu

O evento da Semana da Santa da Cidade de Goiás, é a Procissão do Fogaréu, caracteriza através de uma representação teatral da perseguição de Jesus pelos soldados romanos. Dura em torno de duas horas, acontecendo na madrugada da quarta para a quinta-feira Santa, com diversos personagens que se reúnem à porta da antiga igreja da Boa Morte, percorrendo pelos trechos fixos da cidade. Personagens são conhecidos como “farricocos”, são 40 homens vestidos de túnicas coloridas e utilizam trochas de fogo durante o percurso. (BRANDÃO, 1974)

b. Cavalhadas

As Cavalhadas de Cristãos e Mouros, ocorre no Divino Espirito Santo, em Pirenópolis, uma série de eventos, como: Folias, Reinados, Cavalhadas, Pastorinhas, Danças de Tapuios, Congos. Um evento folclórico qual é repetido ano após ano, com pequenas modificações, mas conservando um acontecimento o qual se repete sob os olhos daqueles que praticam e viram diversas vezes. Alguns que tem uma vida modernizada e urbana não compreende a necessidade da mesma cavalhada, anualmente, com a média de 150 anos, com os mesmos galopes, falas e os mesmos resultados. (BRANDÃO, 1974)

3. Artesanatos

Os artesanatos têm o potencial de dizer muito sobre o lugar e as pessoas, mantem um laço estreito entre a manutenção da tradição e a introdução de novos elementos do presente na sua produção. A comunidade utilizava como um modo de suprir a necessidade de utensílios no cotidiano, uma complementação da renda qual era baseada em pesca e na agricultura. Para não se perder a tradição foi aplicado a renovação, trazendo virtudes na produção da cerâmica decorativa. (TAVARES; LORENSONI; 2011)

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