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A FORMAÇÃO DO IMPÉRIO PERSA

Por:   •  11/4/2021  •  Monografia  •  1.345 Palavras (6 Páginas)  •  169 Visualizações

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FORMAÇÃO DO IMPÉRIO PERSA

A leste da Mesopotâmia, viviam os medos e os persas, povos de origem indo-europeia que desenvolveram uma intensa atividade pastoril, devido à inexistência de grandes rios. Entre 612 a.C. e 550 a.C., a região do atual Irã foi dominada pelos medos.

Havia a preponderância dos medos sobre os persas, mas com o declínio da hegemonia dos medos, Ciro, rei dos persas, em 558 a.C., uniu os dois povos e fundou o Império Persa, o maior até então organizado na Ásia Ocidental.

Em 522, Dario I subiu ao poder. O processo de expansão iniciado por Ciro foi continuado pela ação do império Dário, que dominou as planícies do Rio Indo e a Trácia. Dada as grandes proporções assumidas pelo território persa, Dário viabilizou a ordenação de uma geniosa reforma administrativa. Com ele, o Império Persa atingiu o apogeu. Seus domínios estendiam-se desde a Trácia, na Europa, até a Ásia Central. Dario consolidou o despotismo real, dando a si mesmo um caráter semi-divino.

ADMINISTRAÇÃO

A administração do Império Persa foi inovada pelo imperador Dário I que dividiu o império em vinte províncias, chamadas satrapias. A autoridade máxima das satrapias era o sátrapa, eram os administradores locais nomeados pelo rei, que deveriam arrecadar tributos, realizar o recrutamento em seu nome e lidar com crises e revoltas. O imperador também colocou uma tropa em cada satrapia para vigiá-las, evitando a concentração de poderes nas mãos dos sátrapas. Para conseguir manter-se informado sobre o que ocorria no reino, Dario I criou o primeiro sistema de correios que se tem notícia, construindo para isso estradas que ligavam as cidades-sedes do reino às satrapias.

O império se expandiu rapidamente, e para garantir o controle do império, Ciro II, o Grande, e seu filho Cambises adaptaram para uma maior escala as estruturas existentes dos impérios antecessores. Tais estruturas por sua vez determinaram a consolidação do sistema hierárquico das satrapias que se manteve essencialmente inalterado, provando ser um instrumento eficaz de administração ao longo de todo o período persa.

Quando, mais tarde, Alexandre, o Grande, conquistou o Império Persa, sua política de helenização o levou a manter o sistema administrativo dos persas, que seria preservado pelos estados que vieram posteriormente, até que o domínio árabe sobre o Irã estabeleceu novos métodos administrativos.

ECONOMIA

O apogeu do ambiente econômico da sociedade Persa aconteceu durante o período do reinado de Dario I, onde ele procurou estimular a agricultura e o comércio. Nesse mesmo período foi introduzido um modelo monetário padrão, que ficou conhecido como “dárico”, moeda em ouro e prata, com a imagem do rei. Devido a isso, o comércio interno progrediu notavelmente. Além do mais, foi construído uma estrada Real que expandia o tráfego para a Mesopotâmia, proporcionando assim, o desenvolvimento do comércio externo.

ARTE E ARQUITETURA

A arte persa recebeu grande contribuição dos estilos mesopotâmicos e egípcios, contudo conseguiu ter uma ótima originalidade e harmonia. Os persas eram grandes guerreiros, o que influenciou nas suas produções artísticas. Figuras imponentes de seres míticos, fantásticos e seres híbridos são exemplos das características da arte persa.

A arquitetura apresentou um estilo bem peculiar, os palácios, os templos religiosos e as tumbas manifestavam o poder do império, exaltando os grandes monarcas e os chefes persas. Teve dois grandes momentos: o primeiro corresponde à dinastia dos Aquemênidas (550 a 331 a.C.), à qual pertencia Ciro, o Grande. Deste período restam as ruínas de Pasárgada. As construções continham revestimento de ladrilhos com tonalidades vivas, gerando um efeito ornamental. Usavam bronze marchetado nas portas. O ouro e a prata também estiveram presentes nos detalhes.

Durante a dinastia Sassânida (226 d.C. até 641 d.C) com a chegada do Islã ao poder, que ocorreu um renascimento na arquitetura. Os principais sinais históricos desta época são as ruínas dos palácios de Ciro e de Dário, em Persépolis, e os de Firuzabad, Girra e Sarvestan e as amplas salas abóbadadas de Ctesifonte.

Na pintura destaca-se a arte dos artistas do Império Sassânida. Os milionários costumavam decorar as paredes dos palácios com pinturas de heróis. As peças decorativas eram vasos de ouro e prata além de joias trabalhadas. As artes decorativas, durante a primeira dinastia, eram usadas nos artigos de luxo, tais como vasilhas de ouro e prata e jóias trabalhadas.

RELIGIÃO E MITOLOGIA

A mitologia dos Persas é extremamente baseada no zoroastrismo, que foi desenvolvido por Zaratustra, por volta do século VI a.C. e se tornou predominante no Império. Caracterizado pelos ritos religiosos simples, o zoroastrismo afirma que Zaratustra viveu isolado durante muitos anos no deserto e que, aos 30 anos, teria recebido os sete ensinamentos do deus Ormuzd, o que o levou a iniciar a divulgação de uma religião baseada nos ideais de pureza e igualdade.

Os ensinamentos de Zaratustra afirmavam a existência de um deus supremo: Ormuzd, que seria a fonte de todo o bem, mestre e criador do mundo. Ele é soberano, onisciente, deus da ordem. O Sol é seu olho, o céu suas vestes bordadas de estrelas. Atar, o relâmpago, é seu cílio. Apô, as águas, são suas esposas. Enquanto Ariman seria a origem do mal, depois que se rebelou.

Os Devs são muito comuns no zoroastrismo e seus adeptos os consideravam seres sagrados. Somente após a reforma religiosa de Zaratustra o termo Dev foi associado com demônios. Mesmo assim alguns persas continuaram a adora-los.

Aos homens cabia cultuar Ormuzd, já que Ariman havia criado uma série de feras, plantas e répteis venenosos e tentava invadir o céu. Os dois deuses viviam em constante conflito e a supremacia do bem necessitava do apoio a Ormuzd. Esses conflitos entre o bem e o mal seriam constantes até o momento em que os adeptos de Ormuzd seriam vitoriosos e recompensados em um paraíso, condenando Ariman e os que o seguiam a uma espécie de inferno. Os justos encontrariam a recompensa em um paraíso, e os demais seriam castigados a viver em uma espécie de inferno.

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