A FUNÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE NA CONTEMPORANEIDADE: algumas considerações
Por: Julia Barbeta • 15/6/2017 • Resenha • 479 Palavras (2 Páginas) • 887 Visualizações
RESENHA CRÍTICA DE ARTIGO
Nome: Julia Barbosa Barbeta.
Tema ou Fragmento: DIAS, Leonor; PESSÔA, Leila. A FUNÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE NA CONTEMPORANEIDADE: algumas considerações. REP’s. v.7, n.1 (18. ed.), p.59-72, jan./maio 2016.
Data: 11/06/2017.
Por meio de seis capítulos, o artigo de Leonor Dias e Leila Pessôa sobre a função social da universidade na contemporaneidade torna-se indispensável para a compreensão do surgimento da universidade brasileira e seu papel no contexto de redemocratização do país. Para chegar ao seu objetivo, os executores dessa obra demonstram a situação das universidades desde o surgimento até no momento presente através de citações e comparações de outros autores.
No mundo, foi surgida na idade média e admitindo origem latina, era composta por grupos de mesmo interesse, outro sentido atribuído também a universidade seria que os alunos estivessem ligados a um mestre e por conseguinte o seguisse. Logo após, na idéia de um conhecimento guiado por sua própria lógica, surgiram os mosteiros e catedrais. Já na universidade moderna se estabeleceu como uma instituição republicana, à vista disso, pública e laica. A partir do século XIX, foi concedido a ela um caráter de pesquisa e ensino.
No Brasil, os primeiros responsáveis por influenciar o ensino superior foram os jesuítas, no inicio do século XIX. Após a proclamação da república, o desenvolvimento do ensino superior foi lento, pois seu modelo era a formação de profissionais liberais em organizações isoladas. Com a descentralização política, o ensino se adequou para a formação da elite e a capacitação do trabalho. Nos anos 50, a situação das universidades no Brasil estava precária, tornando-a uma formadora de profissionais sem visar à formação do conhecimento. Na ditadura militar, era responsável pela elaboração rápida de profissionais qualificados para o mercado de trabalho, além de atender a demanda da classe média.
Com a redemocratização brasileira as universidades exigiam uma nova abordagem, requerendo uma expansão e voltada para o conhecimento e posteriormente para o mercado de trabalho, já que não envolviam novamente apenas aspectos técnicos. Presentemente consta a universidade operacional, definida por normas e padrões alheios ao conhecimento e à formação intelectual, com a integração do tripé ensino, pesquisa e extensão.
O autor chega ao seu objetivo concluindo que os problemas da universidade brasileira são reflexos da sua trajetória, pautada numa visão ambígua do seu papel frente aos interesses econômicos e políticos. Em meio de uma crise atual a universidade oscila entre dois pólos, se deparando com uma contradição social. Com isso, constata-se que deverá haver mudanças sem que haja o abandono do tripé.
A obra é de grande importância para as pessoas que se interessam em saber como está a universidade na atualidade e o porquê dela estar assim. Percorrendo sua história desde o início e comparando com trechos de outros autores, o artigo demonstra a formação dos problemas atuais, para ao final gerar conclusões e induzir aos leitores a pensar sobre a função social da universidade na contemporaneidade.
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