A Função Social da Escola - Faculdade Unopar
Por: Tatianeborre • 28/10/2017 • Trabalho acadêmico • 1.811 Palavras (8 Páginas) • 316 Visualizações
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
2 DESENVOLVIMENTO 4
2.1 Que escola é está hoje? 4
2.1.1 Escola e o acesso a Cultura 5
3 CONCLUSÃO 7
REFERÊNCIAS 8
INTRODUÇÃO
A escola desenvolve um importante papel pautado na realidade, visando transformação dos indivíduos e da sociedade, pois compreende que a realidade não é algo pronto e acabado. Dentro desse contexto, a escola tem um incontestável papel social no desenvolvimento de processos educativos, na sistematização e socialização da cultura historicamente produzida pelos homens, levando a inclusão através da quebra de paradigmas e do ensino as diversas culturas e proporcionando um espaço de socialização que muitas vezes é negligenciando fora do contexto escolar.
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DESENVOLVIMENTO
Nossa história nem de longe foi bonita e sem maculas.
Nos primeiros anos do Brasil, a educação que predominava era extremamente exclusivista, onde descendentes de escravos e mulheres não tinham o direito a aprender e aos pobres restava algumas escolas que só ensinavam a ler, escrever e contar. Nesse contexto nasce um vislumbre distorcido da escola brasileira.
“Segundo o relatório de Liberato Barroso, apoiado em dados oficiais, em 1867, apenas 10% da população em idade escolar se matricularam nas escolas primárias” (ARANHA, 2008, p. 223)1.
Que escola é está hoje?
Em busca de uma escola para todos, em 1932, é escrito o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que defendia a educação gratuita, publica, obrigatória, laica, sem discriminação de cor, sexo, ou tipo de estudo, foi um grande passo para a nova educação brasileira. Em 1987, o marco se deu através do Manifesto a Nação, documento que exigia a garantia de alguns princípios, como educação sendo direito de todos e dever do Estado, sendo adotado pela Carta Magma em 1988.
Como continuação desse processo, o Brasil passou por muitos percalços na formação de sua identidade escolar e ainda continua na tentativa de oferecer um ensino de qualidade de forma inclusiva e social.
O rápido crescimento do acesso escolar, não permitiram que as adequações e medidas educacionais acompanhassem a necessidades imediatistas, e nesse processo negligenciou-se a qualidade do ensino oferecido. Definitivamente as salas superlotadas e o ensino generalizado promovido pela obrigatoriedade escolar, trouxeram a luz problemas que, ao longo dos anos, tem sido amplamente debatido.
No artigo Função social da Escola e organização do trabalho pedagógico, José Geraldo Silveira Bueno, descreve a contradição e os desafios enfrentados pela escola. De um lado a transformação, a promoção a autonomia e o incentivo a liberdade (Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica -2013 pg. 19)2 e do outro, a necessidade de uma sociedade capitalista de apenas replicar conhecimentos de forma a produzir indivíduos capazes de exercer suas atividades. Bueno, deixa claro que a “universalização do acesso ao ensino obrigatório”, causou grandes problemas para o sistema educacional.
Destacando o processo seletivo escolar, em forma de exclusão, onde indivíduos provenientes de estruturas desfavoráveis, com menos acesso à cultura, passavam por seleções que resultavam em baixo rendimento com consequente repetição e desistência escolar, enquanto outros com acesso à cultura, de uma realidade econômica mais favorecida, encontram maior facilidade em assimilar o ensino e continuavam seus currículos escolares sem nenhum problema. Esse fracasso escolar fez com que um novo modelo fosse implantado, onde o que prevalece é a continuidade do aluno no programa escolar, sem a preocupação com a absorção do ensino. A escola, sozinha, não é capaz de eliminar a desigualdade e a injustiça social, porem a escola é capaz de compensar as dificuldades individuais oferecendo uma educação de qualidade, considerando as diferenças de interesses, de ritmo, de cultura, de classes sociais, etc., que existem dentro de um ambiente escolar, com participação democrática, permitindo que se manifeste as diversidades e proporcionando a inclusão da comunidade. Cabe aqui ressaltar que a escola é um espaço de socialização que pode ou não desenvolver o indivíduo socialmente. Para tanto é necessário atravessar paradigmas, através de sua própria história, cultura local, ter participação ativa da comunidade e construir uma organização política pedagógica que promova uma inclusão genuína, proporcionando aos seus alunos um processo de socialização e de aprendizagem de qualidade.
Bueno, em seu artigo, apresenta uma concepção crítica da escola, trazendo em seu texto uma visão de transformação escolar, ressaltando que “a baixa qualidade de ensino no Brasil é fruto de políticas educacionais que, apesar do discurso democratizante, não privilegiaram a elevação da qualidade de ensino para todos, cujos problemas afetaram, de forma mais drástica, as escolas públicas que se voltaram ao atendimento de alunos oriundos das camadas populares. ”3 Na concepção critica a educação é vista como um fator de transformação social e sendo o ponto central para a construção das novas condições da vida humana, dando ao indivíduo, tanto a formação básica e a técnica, permitindo ao mesmo, escolher em qual papel melhor se enquadra na sociedade, divergindo da concepção positivista, onde o Estado é o responsável pela educação do indivíduo, levando-o a se adaptar e cumprir as regras estabelecidas, a fim de manter o status quo, para Bueno, “cada escola é uma instituição social ímpar, única, com características próprias, fruto de sua história e das relações sociais ali estabelecidas”, independente dos aspectos em comum que possuam, por pertencerem a um sistema de ensino, cada escola é única e isso reforça a concepção que cabe a essa escola o processo de se desenvolver a fim de se tornar um ambiente que estimule a formação do indivíduo como cidadão.
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