A HISTÓRIA INDÍGENA EM SALA DE AULA
Ensaios: A HISTÓRIA INDÍGENA EM SALA DE AULA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: JORDANAEDIVALDO • 3/11/2014 • 1.747 Palavras (7 Páginas) • 188 Visualizações
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................. 5
3 CONCLUSÃO.......................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS ........................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO
Neste Portifólio Individual estarei abordando a importância e relevância do tema por mim escolhido para meu Projeto de Ensino do 7º semestre do curso de Licenciatura em Hostória, para o qual escolhi o tema “A HISTÓRIA INDÍGENA EM SALA DE AULA”.
Para a elaboração do supra citado escolhi dois grandes autores Mauro Cesar Coelho e Leila Mourão que buscam de alguma forma demonstrar a importância do indio em nosso país.
Neste sentido, esta breve justificativa apresenta os resultados parciais de um trabalho de pesquisa. A presente justificativa visa perceber a forma como os povos indígenas são representados nos livros didáticos de história voltados para o ensino fundamental e médio e como a temática indígena é ensinada em sala de aula. Esse é um projeto que se mostrou de grande importância, já que está voltado para o ambiente escolar onde as ideologias e as opiniões são formadas e idéias são veiculadas, e de onde a criança e o adolescente de hoje sai para se tornar o cidadão consciente de amanhã, é o que se espera.
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2 DESENVOLVIMENTO
Tema: A HISTÓRIA INDÍGENA EM SALA DE AULA
Diante da necessidade de se trabalhar nas aulas de história a importância do índio na formação cultural do povo brasileiro e perante o grande desconhecimento dos alunos e sociedade de forma geral sobre o assunto abordado, percebí durante o estágio obrigatório do 6º semestre a importância de se construir e formar na mentalidade dos discentes a pessoa do índio que vem perdendo espaço concreto no contexto do ambiente escolar. Assim, iniciei com as minhas pesquisas nos livros didáticos e internet quanto aos aspectos históricos, a elaboração do referido projeto mediante a lei 11.645/08 que obriga as escolas a trabalharem sobre o assunto, juntamente com os diversos textos / documentos que norteiam sobre o assunto. Para nossos alunos, os índios não tem significados para a sociedade atual, porque são vistos pela mídia como uma ameaça aos proprietários de terras que invadem e entram em confronto com frequência com as autoridades em busca dos seus direitos que não são explicados e informados pelos canais de comunicação. Na verdade, direitos em relação à posse e usufrutos de terras, melhores condições de vida, à educação e a saúde são direitos legítimos dos mesmos, nas quais são orientados e guiados pela FUNAI, órgão federal, que delimita, regulamenta e normatiza os direitos, deveres e obrigações dos povos indígenas no Brasil.
De acordo com Mauro Cesar Coelho (COELHO, 2008: 266), As populações indígenas no Brasil, notadamente no período colonial, foram de grande importância principalmente atuando como mão-de-obra. A figura do índio assume um significativo papel, uma vez que ele, passa a ser “as mãos e os pés da Colônia, realizando todas as tarefas que garantiam a reprodução da vida”.
Vale ressaltar o quão importante foi e é para o povo brasileiro a culinária indígena com suas variedades e adaptações ao longo da história para a caracterização do nosso alimentar nos dias de hoje.
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Leila Mourão (MOURÃO, 2009: pg. 77-80), cita entre outras coisas, que a culinária seria um grande referencial, fazendo parte dos “pratos típicos” paraense, como a maniçoba e própria farinha de mandioca e seus derivados (tucupi, farinha de tapioca). Na cultura a influência também se faria notar, principalmente nas manifestações culturais: na musica o Carimbó é um exemplo, que mistura tanto a influência indígena quanto africana. Estes são aspectos poucos – ou quase nunca – destacados nos livros didáticos, e em outros livros também.
Os livros didáticos do moneto não aponta sobre esta constatação, pois muitos autores não tratam da temática indígena nas suas páginas. Não abordam o tema referente à história indígena de forma mais ampla. Certamente podemos dizer que eles possuem suas parcelas de culpa. Porém, deve-se lembrar que isso também tem haver com a historiografia que se tem produzido sobre o assunto ao longo de décadas, uma vez que a própria historiografia brasileira de certa forma contribuiu para que se formasse uma visão de um índio por vezes desvalorizado, passivo e preguiçoso.
Podemos dizer que a abordagem em sala de aula passa por longos caminhos até se chegar ao ensino – aprendizagem do aluno. O MEC precisa rever os livros didáticos, a grade curricular das escolas, o currículo dos conteúdos programáticos e capacitar os docentes para imergirem aos fatos passados e presentes acerca do assunto, que é importante pela história desconhecida e pela conquista da obrigatoriedade da lei.
Estamos distantes da realidade, pelo aspecto físico, geográfico e humano, mas perto às informações que nos rodeiam sobre a questão indígena.
Mauro Cesar Coelho, autor supracitado, cita que o índio ocuparia um lugar de destaque na definição dos limites e dos sujeitos de uma historia do Brasil “verdadeiramente” nacional – como um herói romântico “ideal”, que se encarregaria de ser o “mito fundador” –, no período mais adiante, que estaria entre os séculos XIX e XX, haveria outra concepção em relação à figura do índio, principalmente devido ao advento das “teorias raciológicas” (COELHO, 2009: pp. 265). O índio passaria de
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herói
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