A Historia de Goias

História de Goiás

No ano de 1748, a distância da Capitania de São Vicente em relação as minas

de Guayazes fez com que se criasse a Capitania de Goiás, com sua vila principal

que era Vila Boa e arraias adjacentes. Em 1783, a população vilaboense era

composta em sua grande maioria por escravizados e pessoas não brancas livres,

região que era um dos principais centros de mineração, mas foi feito uma

hierarquização, e não somente pelo declínio da mineração que ocorreu, como é

apresentado no texto de Marcio Sousa Soares.

O número de mestiços, pretos e pardos livres na capitania fez com que a

administração orquestrasse formas de organização e controle na Vila e regiões.

Uma das formas mais conhecidas e que contribuiu para ascensão social era a

participação nas organizações militares, visto que dentro da política pombalina

além da defender o território, participava da expansão econômica e reorganizava

administrativa.

No contexto dessa política foi criado as organizações de Terços de Ordenanças

de Homens Pretos e Pardos na Capitania de Goiás. Juntamente as outras

organizações, eram subdivididos de acordo com o tamanho da região, e dessa

forma regiam de acordo com o que eram mandados. Os pontos das Ordenanças

eram feitos pela câmara municipal e indicações após aprovação, gerando assim

a distribuição de mercês em razões dos serviços prestados à coroa; marcando

também alianças entre as elites locais e autoridades metropolitanas relações

essas cheias de alianças, reciprocidade e conflitos, que se agravariam

futuramente por conta do interesse de centralização da monarquia portuguesa e

a rejeição das elites locais.

Com a chegada de Luís da Cunha Meneses, um nobre e com carreira militar que

recebeu da Coroa Portuguesa a função de governar a Capitania de Goiás,

quando a mesma já apresentava sinais de esgotamento. Ao assumir,

disponibilizou audiências públicas semanais que conquistou as classes baixas e

colidiu com os membros nobres locais, e logo ganhou fama de “protetor dos

desvalidos” entre a oposição.

Oriundo de carreira militar ao chegar a Capitania, Luís da Cunha transformou as

forças militares em suas principais ferramentas de governo, e de acordo com as

suas atitudes e decisões conseguiu uma serie de alianças e políticas. Como era

conhecido como protetor dos desvalidos, as posições que os pretos e pardos

conseguiram ocupar causava estranheza e muitas vezes ocorria denúncias a

coroa e as autoridades das metrópoles com discurso de “limpeza de pele” já

revogado pelo Marquês de Pombal, observando-se que os cargos militares

concedidos era uma impulso à posição social e a ascensão mulata nos cargos

importantes e de honrarias da república além da oscilação das fronteiras de

hierarquização dentro da sociedade goiana, a escassez de pessoas brancas na

capitania apresentava a porção