A Imigração Japonesa no Brasil
Por: fernandaboschini • 29/9/2016 • Relatório de pesquisa • 3.416 Palavras (14 Páginas) • 367 Visualizações
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Imigração Japonesa no Brasil
Foi em 18 de julho de 1908 que chegou o navio kasato Maruao porto de santos, trazendo 165 famílias japonesas ao Brasil e é por este motivo que em 2008 comemoramos os 100 anos da imigração japonesa. A maioria dos imigrantes era formada por camponeses de regiões pobres do norte e sul do Japão, que vieram trabalhar nas fazendas de café do oeste de São Paulo.
Nos primeiros dez anos da imigração, aproximadamente quinze mil japoneses chegaram ao Brasil. Este número foi aumentou muito com o começo da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Desde 1918 até 1940, aproximadamente 160 mil japoneses vieram morar no Brasil. A maioria dos imigrantes preferiam o estado de São Paulo, pois nesta região já estavam formados bairros e até mesmo colônias com um grande número de japoneses. Porém, algumas famílias espalharam-se para outros cantos do Brasil como, por exemplo, agricultura no norte do Paraná, produção de borracha na Amazônia, plantações de pimenta no Pará, entre outras.
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O começo da imigração foi um período difícil, pois os japoneses se depararam com muitas dificuldades. A língua diferente, os costumes, a religião ,o clima, a alimentação e até mesmo o preconceito tornaram-se barreiras à integração deles aqui no Brasil. Muitas famílias tentavam retornar ao Japão, porém, eram impedidas pelos fazendeiros, que as obrigavam a cumprir o contrato de trabalho, que sempre era desfavorável aos japoneses. Mesmo assim, enfrentaram as dificuldades e venceram estes problemas. Embora a ideia inicial da maioria fosse retornar para a terra natal, muitos optaram por fazer a vida aqui no brasil obtendo grande sucesso.
Durante o período da Segunda Guerra Mundial, os japoneses enfrentaram muitos problemas. O Brasil declarou guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão)junto aos aliados. Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos governamentais prejudicaram os japoneses e seus descendentes. Na época o presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais dos mesmos foram consideradas atitudes criminosas.
Com o término da Segunda Guerra Mundial, as leis contrárias à imigração japonesas foram canceladas e o fluxo de imigrantes para o Brasil voltou a crescer. Neste período, além das lavouras, muitos japoneses buscavam as grandes cidades para trabalharem na indústria.
Para se aprofundar um pouco mais nessa cultura, vamos aprender uma receita tipicamente japonesa. RECEITA
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A Expulsão...A vida não era fácil para os imigrantes japoneses que viviam em São Paulo, mas havia trabalho, comida e moradia. Nos anos 20 e 30, eles já estavam integrados à vida da cidade. Havia jogos de beisebol nos fins de semana, as crianças podiam estudar em escolas de ensino do idioma japonês. Podia-se saborear comida japonesa nas pensões e ler publicações em japonês.
Em julho de 1941, o governo ordenou a suspensão da publicação dos jornais em língua japonesa. Com o início da guerra no Pacífico, em 1942, o governo de Getúlio Vargas rompeu relações diplomáticas com o Japão, fechando o Consulado Geral do Japão (fundado em 1915 na rua Augusta, 297). No dia 6 de setembro, o governo decretou a expulsão dos japoneses residentes nas ruas Conde de Sarzedas e Estudantes. Somente em 1945, após a rendição do Japão, é que a situação voltou à normalidade na região. ATIVIDADES
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Os Jornais Japoneses...Em 12 de outubro de 1946 foi fundado o jornal São Paulo Shimbun, o primeiro no pós-guerra entre os nikkeis. Em 1º de janeiro de 1947 foi a vez do Jornal Paulista. No mesmo ano foi inaugurada a Livraria Sol (Taiyodo), ainda hoje presente no bairro da Liberdade, que passa a importar livros japoneses através dos Estados Unidos. A agência de viagens Tunibra, inicia as atividades no mesmo ano.
Uma orquestra formada pelo professor Masahiko Maruyama faz o primeiro concerto do pós-guerra em março de 47, no auditório do Centro do Professorado Paulista, na Avenida Liberdade.
Observe um pouco mais... IMAGENS
O Cine Niterói...Em 23 de julho de 1953, Yoshikazu Tanaka inaugurou na rua Galvão Bueno um prédio de 5 andares, com salão, restaurante, hotel e uma grande sala de projeção no andar térreo, para 1.500 espectadores, batizado de Cine Niterói. Eram exibidos semanalmente filmes diferentes produzidos no Japão, para o entretenimento dos japoneses de São Paulo.
A rua Galvão Bueno passa a ser o centro do bairro japonês, crescendo ao redor do Cine Niterói, tendo recebido parte dos comerciantes expulsos da rua Conde de Sarzedas. Era ali que os japoneses podiam encontrar um cantinho do Japão e matar saudades da terra natal. Na sua época áurea, funcionavam na região os cines Niterói, Nippon (na rua Santa Luzia – atual sede da Associação Aichi Kenjin kai), Jóia (na praça Carlos Gomes – hoje igreja evangélica) e Tokyo (rua São Joaquim – também igreja).
Em abril de 1964 foi inaugurado o prédio da Associação Cultural Japonesa de São Paulo (Bunkyô) na esquina das ruas São Joaquim e Galvão Bueno.
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Nova Urbanização...O ano de 1968 representou o início das mudanças no bairro. A Diametral Leste-Oeste obrigou o cine Niterói, marco inicial da prosperidade do bairro, a se mudar para a esquina da avenida Liberdade com a rua Barão de Iguape (atualmente funciona no local o Hotel Barão Lu). A rua Conselheiro Furtado, que era estreita, foi alargada, diminuindo a força comercial do local. Além disso, com a construção da estação Liberdade do metrô, na década de 70, alguns pontos comerciais das ruas Galvão Bueno e na Avenida Liberdade desapareceram.
A Liberdade deixou de ser um reduto exclusivo dos japoneses. Muitos deixaram de residir na região, mantendo apenas seus estabelecimentos comerciais. Com isso, o bairro passou a ser procurado também por chineses e coreanos.
Além e lojas, restaurantes e bares orientais, o bairro passou a oferecer outros atrativos. A praça da Liberdade é utilizada como palco para manifestações culturais, como o bon odori, dança folclórica japonesa. Os palcos dos cinemas japoneses passaram a receber também artistas e cantores japoneses.
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Graças à iniciativa da Associação
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