A Magia das Pessoas Gerentes
Tese: A Magia das Pessoas Gerentes. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 528803 • 6/6/2014 • Tese • 1.437 Palavras (6 Páginas) • 277 Visualizações
A magia da gestão de pessoas
Encantar os talentos também faz parte do sucesso do Cirque du Soleil, diz Linda Gosselin
Linda, do Cirque: "A busca de talentos revela-se um desafio constante. Deparamo-nos com as mesmas realidades: envelhecimento da população e a raridade de certas atividades" Com a missão de mexer com o imaginário, os sentidos e a emoção das pessoas no mundo inteiro, o Cirque du Soleil virou sinônimo de sucesso universal. Com a mesma destreza, a companhia atrai e retém seus "cidadãos corporativos" sem limites de fronteiras. Para falar sobre seu modelo inovador de lidar com as pessoas, a vice-presidente de RH Linda Gosselin estará no CONARH 2008. "Continuar a maravilhar exige muita agilidade e abertura. Encontrar esses talentos em todos os níveis é um desafio real, e se torna uma luta cada vez maior para o Cirque. Não é suficiente, entretanto, reconhecer e atrair talentos. Desenvolvê-los e mantê-los é um ponto crítico", diz Linda, que fará a palestra A arte da gestão de pessoas: Reinventar, inovar e revolucionar.
O que as organizações podem aprender com o estilo Cirque du Soleil de administrar talentos?
O Cirque nasceu de um sonho: o de mudar o mundo e torná-lo melhor. O Cirque du Soleil tem, em sua essência, um enorme desejo de se distinguir constantemente não aceitando limites e recusando o status quo, animado por valores e por uma cultura fortes. Seus funcionários sentem-se estimulados e comprometidos, e se imbuem de orgulho diante da beleza e sucesso dos espetáculos, bem como do reconhecimento que recai sobre o Cirque, como empresa e na qualidade de cidadãos corporativos. Contribuem para o espetáculo e tem-se a impressão que uma parte deles está em cena.
A gestão da diversidade é uma das primeiras competências das organizações modernas. No Cirque, a diversidade cultural é a essência do negócio. Qual é a fórmula do sucesso?
Um dos cinco valores da empresa consiste em "extrair nossa inspiração das diversidades artísticas e culturais". Assim, é natural que tenha se desenvolvido uma preocupação com a universalidade. Aliás, a linguagem do Cirque du Soleil e as emoções que ele nos transmite ultrapassam todas as fronteiras. Ele é construído com a contribuição de todos os talentos, que provêm de todos os lugares. O respeito é o elemento-chave: os indivíduos são aceitos com suas diferenças. Tem-se por objetivo simplesmente maximizar suas forças e talentos. A universalidade de nossa criação é também uma das chaves de nossos sucessos internacionais.
E até que ponto a área de recursos humanos tem a ver com esse sucesso?
Desde seus tempos iniciais, o Cirque sempre colocou o humano, o humanismo, a humanidade no coração do espetáculo e o sucesso depende amplamente de toda uma equipe devotada e dedicada. Conseqüentemente, a contribuição da área de recursos humanos é fundamental para atrair, manter e desenvolver esses talentos. Facilitar a manifestação e a mobilidade das pessoas constitui um elemento crucial. O RH deve, também, contribuir, num contexto de crescimento, para a preservação e reforço dos traços essenciais da cultura da empresa.
Desde 1984, mais de 80 milhões de pessoas assistiram aos espetáculos da companhia. Quais foram os momentos críticos da evolução da gestão das pessoas na organização?
Desde seu nascimento, o Cirque jamais deixou de crescer. Mesmo com esse crescimento, jamais questionamos nossa missão e nossos valores, e a gestão das pessoas teve de evoluir, se reforçar, se desenvolver. No início dos anos 2000, a gestão das pessoas era essencialmente dependente de generalistas RH, apoiando os gestores de forma descentralizada sem um forte vínculo comum. Para fazer face ao seu crescimento e à complexidade crescente de suas atividades, o Cirque criou uma função de RH mais centralizada e forte, e desenvolveu um modelo em que encontramos especialistas e generalistas. Isso criou uma certa transferência de influência junto à empresa e aos gestores.
Atualmente, para enfrentar a evolução da companhia, faz-se necessário rever a organização da função RH. Devemos adotar um modelo em que especialistas e generalistas possam trabalhar de maneira unificada e unida, tendo no centro de suas preocupações as necessidades dos clientes do setor. Essas várias transformações da função RH revelam nossa constante preocupação em equipar da melhor forma possível nossos gestores em relação à gestão das pessoas. Também sentimos a necessidade de preservar e reforçar os nossos valores e os traços essenciais de nossa cultura. Então, recentemente, revisamos nosso programa de avaliação da contribuição para que ele sustente esse objetivo.
Quais grandes desafios a área de RH deve enfrentar?
Nossos grandes desafios provêm principalmente do forte crescimento do número de espetáculos que apresentamos. Esse crescimento repercute em vários aspectos: crescimento dos efetivos; multiplicação de tipos e gêneros de espetáculos; diversidade geográfica. Estaremos presentes com novos espetáculos fixos em Macau, Tóquio, Dubai, Los Angeles. Além de ter de preservar nossa cultura, nossa capacidade de sermos criativos e nossos valores, devemos assimilar novas culturas e integrar os empregados de culturas diferentes na organização. Será preciso, também, ser mais ágil para oferecer serviços adaptados às diferentes realidades nas quais se insere o Cirque.
As declarações de visão, missão e valores da companhia são a base de alinhamento de todos os integrantes? Eles se reconhecem nesses quesitos?
Inicialmente vamos lembrar a missão: invocar o imaginário,
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