A Política na Grécia Antiga
Por: Caroline Thuler • 25/8/2018 • Dissertação • 954 Palavras (4 Páginas) • 264 Visualizações
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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio
Cursos de Licenciatura - UNIRIO / CEDERJ
Disciplina: História Antiga
Aluna: Caroline Thuler Barbeito – 17216090183
Polo: Cantagalo
A Política na Grécia Antiga
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O termo Antiguidade Clássica refere-se a um longo período da História da Europa que se estende aproximadamente do século VIII a.C., com o surgimento da poesia grega de Homero, à queda do Império romano do ocidente no século V d.C., mais precisamente no ano 476. Dentre todos os povos da antiguidade clássica, nenhum contribuiu tanto para o desenvolvimento e a compreensão em sua forma mais ampla da política, como o povo grego. Seus filósofos enxergavam e entendiam a política como uma ciência superior, fator predominante para qualquer organização social e formação de indivíduos.
Desse contexto surgiu a democracia, que tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, a soberania, o poder são exercidos pelo povo. Os principais “palcos” do desenvolvimento da política da Grécia Antiga, foram Atenas e Esparta.
Até o século VI, Atenas dividia-se politicamente em quatro tribos chamadas: Hoples, Geleôn, Aegicoros e Argadês. Cada uma delas era chefiada por um patriarca, o filobasileus, que mantinha uma relação de domínio sobre seus integrantes, favorecia os membros da nobreza, os quais integravam o sistema das tribos e exerciam sua autoridade baseada na tradição. Quando em 502 a.C., Clístenes, que foi considerado um dos pais da democracia, a fim de tirar o poder das mãos dos nobres e colocá-lo nas mãos do povo, promoveu uma intensa reforma política, e acabou com essa divisão em tribos, reestruturando as cidades.
A educação em Atenas era bastante diferente da adotada em Esparta. Os atenienses acreditavam que sua cidade-Estado seria mais forte se cada menino desenvolvesse integralmente suas melhores aptidões. O ensino não era gratuito nem obrigatório, ficando a cargo da iniciativa particular. Os garotos entravam para a escola aos 6 anos e interrompiam os estudos apenas nos dias de festas religiosas, e então, quando completavam 18 anos, eram recrutados pelo governo para treinamento militar, que durava cerca de dois anos. Já as mulheres, por sua vez, estavam reservadas apenas as funções domésticas, e deviam ser completamente dominadas por seus maridos, sem direito a dar opniões ou ao menos participar das assembléias.
Considerava-se cidadão qualquer ateniense maior de 18 anos, que tivesse prestado serviço militar e que fosse homem livre. Da reforma em diante, os homens da cidade não usariam mais o nome da família, mas sim, o do demos a que pertenciam. O objetivo do sistema era a participação de todos nos assuntos públicos, determinando que a representação popular se fizesse não por eleição, mas por sorteio.
Já em Esparta, o princípio fundamental da educação era formar bons soldados, para garantir a hegemonia do seu exército. Aos sete anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável, mas principalmente, para gerar filhos fortes para o exército.
A sociedade espartana era estamental, e dividida em camadas sociais, com pouco mobilidade social, composta da seguinte forma:
Esparcíatas: eram os cidadãos de Esparta. Filhos de mães e pais espartanos, haviam recebido a educação espartana. Esta camada social era composta por políticos, integrantes do exército e ricos proprietários de terras. Só os esparcíatas tinham direitos políticos.
Periecos: eram pequenos comerciantes e artesãos. Moravam na periferia da cidade e não possuíam direitos políticos. Não recebiam educação, porém tinham que combater no exército, quando convocados. Eram obrigados a pagar impostos.
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