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A Revolução Industrial e as Transformações nas formas de trabalho

Por:   •  14/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.217 Palavras (5 Páginas)  •  243 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA

DEPARTAMENTO DE HISTORIA

CEPAE – ESTÁGIO – 2008

Nome do estagiário: Larissa de Araújo Ribeiro

Escola: CEPAE

Turma: 2º ano B do Ensino Médio

Horário: Matutino

Professora da turma:

Professor de Estágio:

Data da aula:

Plano de aula – 01/07

I – Conteúdo

A Revolução Industrial e as Transformações nas formas de trabalho.

a – Tema da aula

O conceito de revolução industrial

II – objetivos

a – geral

        Analisar a Revolução Industrial e as mudanças no sistema de trabalho e na sociedade a partir da expansão da mecanização das fábricas.

b – específicos

  • Conceituar a Revolução Industrial;
  • Definir as visões sobre a Revolução industrial;
  • Analisar o texto: “Sobre a Revolução Industrial”;
  • Apontar os fatores econômicos, institucionais e sócio-culturais que explicam as transformações ocorridas na Inglaterra;

III – Metodologia

Começar explicando aos alunos qual o tema da aula e depois pergunta-los quais idéias lhes vem à cabeça quando eles ouvem falar de Revolução Industrial. Isto vai permitir identificar quais conhecimentos os alunos já possuem sobre o tema. As respostas serão transcritas no quadro-negro em forma de tópicos;

Após essa primeira reflexão sobre a revolução industrial iniciar a Leitura dialogada com a turma do texto: “Sobre a Revolução Industrial”. A leitura será feita por parte, sendo interrompida sempre que necessário para devidas explicações. Durante a leitura chamar a atenção para as partes do texto que demonstre a produção historiográfica em cima do tema. Para tanto dentro da leitura definiremos as diferentes correntes que tratam sobre o tema. Assim os alunos conseguirão perceber que não há uma verdade absoluta sobre o fato e sim construções historiográficas. Na leitura devemos identificar onde e quando ela ocorreu de acordo com cada corrente.

Ainda baseado na leitura do texto trabalhar como alunos de forma que eles percebam as diferenças entre as explicações, sobre os fatores que levaram ao pioneirismo inglês, dentro de cada corrente mencionada no texto;

IV – Recursos didáticos

  • Quadro-negro, giz, apagador;
  • Texto: “Sobre a Primeira Revolução Industrial”, baseado nos textos/ teses de David Landes e Eric Hobsbawm;

V – Avaliação

  • Por ser a primeira aula e uma introdução ao tema da revolução industria não haverá atividade avaliativa escrita;
  • Será avaliada a participação dos alunos na discussão em sala de aula;

VI – Bibliografia

HOBSBAWAM, Eric J. A era das revoluções – 1789 – 1948. Rio de janeiro: Paz e Terra, p.49 a 82.

LANDES, Davide S.. A riqueza e a pobreza das nações – por que algumas são tão ricas e outras tão pobres. 4º ed. Editora Campus, p. 206 a 256.


Anexos aula 01:

Sobre a Revolução Industrial

Podemos dizer que a Revolução Industrial foi um processo de transformações profundas e aceleradas nas técnicas e nas relações de produção que modificaram fundamentalmente as estruturas e a mentalidade da sociedade.

Para falarmos sobre a Revolução Industrial faze-se necessário assinalar os elementos fundamentais desse processo, e isso só pode ser feito como base em estudos historiográficos sobre o tema. Analisando a historiografia sobre o tema podemos identificar duas correntes, uma Liberal – representada pelo historiador David Landes – que busca explicá-la por meio de fatores culturais e sociais e a outra Marxista – representada pelo historiador Eric J. Hobsbawm – buscando explicá-la através de fatores econômicos e institucionais.

Comecemos por suas origens. Segunda historiografia atual, a Revolução Industrial foi um processo único especificamente inaugurado entre finais do século XVIII e meados do século XIX. Os historiadores das duas correntes estão convencidos de que ela só poderia ocorrer na Europa, mais precisamente na Inglaterra, contudo eles não estão de acordo enquanto sua datação, visto que, datar tal processo não pode ser considerado uma tarefa fácil. Segundo Landes, em seu livro “A Riqueza e a Pobreza das Nações”, “(...) a revolução industrial britânica percorreu em cerca de um século digamos, desde 1770 até 1870 (...)”. Já para o Hobsbawm em “A Era das Revoluções” “(...) este período de industrialização inicial [..] se ele começou com a ‘partida’ na década de 1780, pode-se dizer com certa acuidade que terminou com a construção das ferrovias e da indústria pesada na Grã-Bretanha na década de 1840.”. Sendo assim, enquanto para Landes todo o processo teve duração de 100 anos, para Hobsbawm o processo durou 60 anos.

Já sabemos onde e quando ela ocorreu, mas quais fatores explicam essas transformações terem ocorrido na Inglaterra e a partir do século XVIII, o que cada historiador apresenta sobre esse fato. Começaremos pela corrente liberal.

Landes, ainda em seu livro sobre a riqueza e a pobreza das nações, nos fala sobre as invenções e substituições que vão levar esse acontecimento enfatizando que elas não ocorreram da noite para o dia, que foram se aperfeiçoando de acordo com a necessidade da produção. A maquina a vapor que foi durante muito tempo símbolo desta revolução levou duzentos anos para se desenvolver, a tecnologia do aço, outro símbolo desta revolução também demorou anos para ser desenvolvida a ponto de revolucionar os transportes e a produção.

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